11 maio, 2020 Porque eu quis...
Comprovou a sua maestria levando-me até aos sete céus!
Estou sozinha em casa e sem nada para fazer. Olho para as horas e ainda é bastante cedo. “Ainda a noite é uma criança”, pensei. Percorro a minha lista de contactos e procuro alguém que me alicie o apetite que tenho, até que me detenho ao ver a minha presa. “É mesmo este. Já estás!”, pensei.
Envio mensagem ao Rodrigo. Um homem charmoso e educado, socialmente, mas um bruto mal educado com mau feitio dentro de quatro paredes, tal como eu gosto. O seu cheiro era penetrante, memorável, o seu toque sensível e a sua voz aveludada que me deixava hipnotizada.
O meu corpo estremece ao enviar-lhe uma mensagem a perguntar a sua disponibilidade.
O relacionamento que mantenho com o Rodrigo já se mantém há algum tempo. Procuramos apenas a companhia um do outro quando estamos desejosos, nada mais. Não procuramos nada para além de saciar o nosso corpo.
Estou prestes a fazer trinta e cinco anos e o Rodrigo uns gloriosos trinta e nove. Há anos que nos conhecíamos. Mesmo estando a namorar continuávamos a manter a conversa em dia, o prazer carnal vinha apenas quando ambos estávamos solteiros. O nosso desejo mantém-se há anos, mas mais nada para além disso, pois já tentamos por diversas vezes, mas só funcionamos bem em equipa dentro de quatro paredes.
O Rodrigo responde sem demoras à minha mensagem e pergunta-me a que horas pretendo que ele apareça em minha casa. Respondo-lhe num piscar de olhos:
“Agora.”
Vejo as três bolinhas, incomodativas, do chat ao vê-lo a escrever e a apagar... E no entanto nada de resposta. Os minutos passam e nada. Olho para o relógio no ecrã do telemóvel e penso:
“Hora de me servir um copo de vinho!”
Quando penso que o Rodrigo me deu uma tampa, verifico muito rápido o meu telefone e vejo que tenho uma mensagem recebida há coisa de segundos:
“Abre a porta deusa.”
Fico sem palavras e ao mesmo tempo em pulgas. Dou um gole no copo de vinho e dou pequenos saltos enquanto me encaminho para a porta. Assim que abro a porta de casa encontro-o ali. As minhas bochechas aquecem, mas ambos estamos a pensar no mesmo. Atacamo-nos que nem dois doidos. Desajeitadamente tento fechar a porta atrás de nós. Encosta-me à parede.
Tanto as nossas línguas como os nossos corpos tentavam procurar o máximo contacto possível. Estávamos loucos, possuídos em concretizar o único desejo que no nos movia naquele momento, o que tínhamos em mente naquele momento nada mais para além disso - satisfazer a nossa luxúria.
Não fomos muito longe. A cinco passos da porta estava o meu sofá. Caímos desajeitadamente sobre o mesmo.
Começamos a tirar a roupa de uma forma bastante bárbara, mas com as nossas línguas sempre bem entrelaçadas e destemidas. Colocou-se entre as minhas pernas e, mais uma vez, comprovou a sua maestria levando-me até aos sete céus. Aquela língua, aquelas mãos, aqueles dedos... aquela visão que ele me fornecia enquanto me lambuzava.
- Como estás molhada... Olha-me só para estas coxas.
Lambe-me o interior de cada coxa, sentindo a humidade que me tinha escorrido das pernas.
Aquela visão com a sua voz à mistura, deixou-me alucinada. Fechei as pernas à frente do seu nariz. Levantei-me do sofá e fiz com que se deitasse sobre ele.
- Vamos mas é ao que interessa.
Coloquei-o rapidamente dentro de mim e cavalguei sobre ele que nem uma leoa esfomeada. Ele pega-me nas ancas e força cada penetração que dou. Sinto a sua fúria, a sua ânsia, o seu desejo.
Quando estou prestes a atingir o orgasmo o Rodrigo eleva o troco e diz-me:
- Senta-te e cruza as pernas atrás de mim.
- Que estás a pensar fazer?
- Já vês...
Faço o que me pede e num piscar de olhos tenho-o por cima de mim, com as minhas pernas bem apertas. Os seus testículos estimulam o meu ânus a cada pancada que me fornecia sem piedade. Cada penetração que me dá é mais profunda e intensa que a anterior. O seu pénis era abismal, preenchia-me de uma maneira que eu não conseguia encontrar de mais nenhuma forma.
Aquele sofá sofreu um bom bocado até ele se vir a primeira vez.
- Um copo de vinho?
Pergunto-lhe depois de ele rebolar por cima de mim para cair sobre o sofá, tentando recuperar o fôlego.
Passa um bom bocado até que ele me responde:
- Prefiro descansar um bocado, posso? Recuperar um pouco o fôlego?
Quando o Rodrigo acaba de falar, eu termino de beber o meu copo que estava a meio.
- Mais uma volta? - pergunto-lhe sem lhe dar hipótese de fumar o seu tão desejoso cigarro.
A noite foi um desgaste. Desgastamos as nossas energias e os nossos corpos, contudo saciamos o nosso desejo, o nosso próprio inferno.
- Fico à espera que me digas algo. - diz-me enquanto lhe fecho a porta de entrada.
Ficámos assim saciados por mais uns meses.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...