10 outubro, 2024 Natinha, a papa natas
De natas, Natinha, ou Natércia, entendia melhor do que ninguém...
De natas, Natinha, ou Natércia
Entendia melhor do que ninguém
Aprendera as belas artes na Pérsia
A mamar vergas num harém
Desde logo se viu ter boa boca
E mãos que acompanhavam a preceito
Chupava como uma vaca louca
Esgalhava o torto e o direito
Logo a sua fama se espalhou
Vinham aos magotes com tesão
A quase todos ela ordenhou
Poucos ficaram de calças na mão
Não havia nabo que não espremesse
Nem barrote que não ordenhasse
Natinha, ou Natércia amava leite
E não havia galão que desdenhasse
Mas histórias tão perfeitas nunca duram
Tanto mamou que o corpo ficou farto
Atou as mãos e a boca a uma ligadura
E trancou-se a sete chaves no seu quarto
Muitos que a procuraram não a viram
Tão gorda que a si mesma desconhecia
Consequência das natas que engolira
Centenas de milhares de calorias
Sete luas e sete sois foram precisos
Para Natércia acordar de boca seca
Levantou-se e saiu nua para a rua
À procura de broche ou de punheta
Nunca mais a boca de Natinha
Se fartou de natas gordas ou maisena
É vê-la a trabalhar hoje magrinha
Chupando da maior à mais pequena
Tem hoje justa estátua no Chiado
Em mármore português e ofegante
Onde se vê Natinha a dar ao rabo
Ajoelhada a mamar pau a um gigante...
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com