30 julho, 2020 A minha vizinha da frente
Ou de como tanto me provocou que acabou com ele entalado nas nalgas!
A minha vizinha da frente
Era imponente, bojuda e arejada.
Punha-se à varanda descarada
Largando piropos à garotada
Expondo fortes seios e cona rente
Tudo isto eu via em estado ardente
Com a piça e os colhões à marretada:
O breve roupão que apenas revelava
As soltas carnes emergindo à desgarrada
Que eu comeria fosse à unha fosse ao dente.
Até que um dia me fez sair do sério
E meio homem-aranha, meio espingarda
Disparei a trepar pela fachada
Disposto a enfiar-me qual espetada
Nos entrefolhos dos seus doces ministérios
Encara-me a desdita de ar demente
Quem julgo eu que sou para a assaltar
Logo a ela, tão apenas de enfeitar…
Mas foi assim que a pus de cu para o ar
E fui por trás à minha vizinha da frente!
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com