14 setembro, 2020 Uma perigosa tentação
O seu pénis era algo que nunca tinha experienciado...
Conhecemo-nos há precisamente sete meses atrás quando ele desembarcou no porto maritimo da minha ilha. Não me consigo esquecer da sua cara ao entrar no restaurante onde trabalho. Um homem sedutor com bastante classe.
Naquela altura, saímos ainda um par de vezes, conhecendo aos poucos um sobre o outro. O Sérgio partiu deixando no ar a dúvida se algum dia regressaria.
Fomentámos uma amizade, uma amizade quase colorida, contudo efémera, pois possivelmente, na minha vida inteira, eu me deslocaria até ao continente, tornando assim possível um reencontro.
Na última noite que estivemos juntos trocámos de contactos, tornando assim possível uma troca de mensagens rápidas. Queria receber notícias suas. O seu perfume ficou gravado na minha memória olfativa. Ficou de tal maneira gravado que não posso sentir aquele aroma, pois sinto-me de tal forma atraída, que dou por mim a olhar ao meu redor a ver se vejo o Sérgio pelas redondezas. Só trocamos de contactos na última noite, pois ele sabia onde me encontrar todas as noites – no Lo Sombrero.
O Sérgio ausentou-se durante dez meses. Durante esses meses íamos trocando mensagens, muito espaçadamente, e por vezes tinha dias em que tinha sorte, o Sérgio ligava-me.
- Sentia saudades de ouvir a tua voz. – dizia-me ao telefone.
Num tom de voz ternurento, o meu corpo reagia ao seu feitiço, os meus pêlos ficavam erriçados ao ouvi-lo pelo telefone. Os poucos minutos a que se resumia a nossa conversa parece que me escapavam, parecia-me sempre tão pouco tempo.
- Tenho que me despedir minha querida. Tenho que voltar ao serviço. – dizia-me ao despedir-se de mim.
Eu desligava aquela chamada sempre com um nó na garganta, mas também eu tinha que regressar ao serviço.
Estamos agora a meio do mês de Agosto e eu estou prestes a entrar de férias, estou bastante empolgada, pois combinei com umas amigas irmos a Cabo Verde. Seriam umas férias daquelas bem programadas e animadas!
Contudo, no dia seguinte, já durante o turno da noite, estou ao balcão do restaurante quando oiço uma voz familiar a entrar dentro do restaurante. Depois da voz, consigo sentir o seu perfume. Ao virar-me para ver quem tinha entrado, o meu coração pára e fico, por breves segundos, hipnotizada a olha-lo fixamente. Quando finalmente retorno a ter poder sobre o meu corpo começo a distribuir aos clientes as bebidas que tinha no tabuleiro, que o Renato me tinha preparado.
Continuo a trabalhar, não consegui receber o seu pedido, pois a minha colega Alice gosta muito de atender os marinheiros quando estes aparecem.
- Olá! Boa noite! – disse a Alice enquanto limpava a mesa – Eu serei a vossa empregada desta noite. Querem que vos indique as especialidades ou os senhores já têm ideia do que querem pedir?
- Para mim é uma cerveja para começar. – diz-lhe o Sérgio antes de se levantar e se encaminhar na direcção do balcão do restaurante.
A Alice continua de roda dos restantes marinheiros, andando de lá para cá toda emproada enquanto abanava as suas ancas rechonchudas bem à frente dos seus narizes.
O Sérgio surge ao meu lado e segurando-me no braço sussurra-me ao ouvido:
- Diz que vais fazer uma pausa.
- Agora não posso… – digo num tom quase inaudível.
- Gabi, por favor. – enterra o seu nariz nos meus cabelos e continua dizendo – Espero por ti lá fora. Tens trinta segundos para estares à minha frente.
Larga-me o braço e dirige-se para a parte de fora do estabelecimento. Vou rapidamente ter com o Renato.
- Posso-me ausentar durante um bocado?
- Agora?! – diz incrédulo – É a hora de maior movimento Gabriela!
- Eu sei que nem deveria estar a pedir isto, mas preciso mesmo de apanhar ar. Estou a sentir-me meio zonza, sabes? Acho que estou a chegar àquela altura do mês.
- Está bem... – suspira e depois continua dizendo – Vai lá. Tu também nunca pedes nada. Demora o tempo que achares necessário.
- Obrigada Renato. Eu já venho.
Corri em direcção ao exterior. Percorri o parque de estacionamento até que o vejo encostado ao seu carro. Ao chegar perto dele não me consigo controlar e abraço-me a ele. Ele corresponde ao meu abraço, sinto os seus braços apertarem-me contra o seu peito.
- Anda… – diz-me num tom carinhoso enquanto afasta o meu corpo do dele – Entra no carro.
- Onde me queres ir? Eu estou a trabalhar, só “vim apanhar ar” como disse ao meu chefe.
- Não faças perguntas e anda. Nós não nos demoramos. Prometo.
Saímos daquela área rapidamente, sem levantar muitas suspeitas.
Perto do meu local de trabalho havia um motel e o Sérgio tinha ficado com a ideia de ir experimentar desde a última vez que estivemos juntos.
- Não consigo esperar muito mais. – diz assim que estaciona o carro na garagem correspondente ao nosso quarto.
Sai do carro e não me dá oportunidade de sair, vem ao meu encontro, pega-me ao colo e leva-me até ao quarto. Não há maneira de fugir à tesão. Assim que me pousa no chão encosta-me contra a parede e de uma forma atrapalhada e desastrosa, fomo-nos libertando das nossas roupas.
Ele vagueava pela minha pele desenfreadamente lambuzando-me, beijando-me, mordendo-me. Tanto a minha temperatura corporal como a temperatura daquele quarto foi aumentando.
Ele eleva-me cada vez mais até que já livres daquelas roupas incomodativas ele se mete dentro de mim. Uma primeira penetração forte e profunda, intensa, enquanto enrola a sua língua na minha. Crava as suas mãos nas minhas nádegas e penetra-me novamente. Deixo escapar um gemido. Outra penetração e eu sinto a temperatura do meu corpo a aumentar novamente. Outra penetração. Cravo as minhas unhas ao longo das suas costas enquanto lhe mordo o pescoço.
- Leva-me para a cama… – digo entre gemidos.
Sem se desviar do seu objetivo, pega-me com vigor e sem cessar as penetrações transfere-me da parede para a cama. Deita-se sobre mim, abrindo-me as pernas de tal maneira que ele conseguia enfiar o seu longo e grosso pénis ainda mais fundo.
O seu pénis era algo que nunca tinha experienciado mas pelo menos apanhei um que sabe o que está a fazer.
Uma hora se passou e o calor que se instaurou naquele quarto era capaz de fazer inveja a qualquer Deus. Esgotámos o nosso desejo, a nossa tesão que ficou enjaulada durante meses.
Com a cabeça sobre o seu peito ele diz-me suavemente enquanto me desvia uns fios de cabelos da cara:
- Querida, continuamos quando acabares de trabalhar?
Voltei à realidade. Deixei-me levar pelo desejo que sentia e esqueci-me plenamente que estava em horário de trabalho.
- Temos que ir. Rápido!
- Sim, claro.
Apressadamente nos colocamos novamente no Lo Sombrero.
- Estava a ver que te tinha acontecido alguma coisa rapariga! – diz-me o Renato quando me vê entrar pela porta da cozinha.
- Já estou de volta. Do que precisas? – pergunto-lhe.
Enquanto eu voltava ao serviço o Sérgio regressava, também ele tardiamente, ao seu grupo. A Alice continuava com um sorriso de meter nojo, mas depois do exercício todo que acabara de ter e ainda com as pernas meio entorpecidas as atitudes despropositadas da Alice não me incomodavam.
Olhava de relance na direcção da mesa do Sérgio, para o observar, mas mais depressa me apanhava ele a olhar do que eu a ele. Corava que nem uma miúda tonta por pensar que estava a ficar apaixonada. Um sorriso parvo surgia no meu rosto à medida que os minutos iam passando e eu só conseguia pensar na continuação do nosso encontro.
O resto da noite seria só eu e ele na minha cama. Ficar com o seu cheiro presente nos meus lençóis, dormir nos seus braços.
Estes meses foram uma tortura, mas agora serei bem recompensada.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...