18 maio, 2023 O Dia da Espiga
Como este passou a ser o meu feriado favorito do ano...
Todos os anos desço até ao Alentejo no Dia da Espiga. Não por qualquer tipo de crença, apenas pela tradição do reencontro familiar e pelo gosto que mantenho desde sempre de regressar às origens.
O Dia da Espiga celebra-se na quinta-feira da Ascensão e usualmente envolve um passeio matinal em que se colhem espigas de vários cereais, flores campestres e ramos de oliveira. Reza a tradição que o ramo se coloca nesse dia atrás da porta, no interior da casa, e só será substituído por novo ramo no mesmo dia do ano seguinte. Segundo a crendice popular, o pequeno buquê funcionará como uma espécie de amuleto, que tanto protege das agruras da vida como convoca a fortuna divina.
Depois de inúmeras peregrinações semelhantes ao longo da vida, ganhei o direito de diplomaticamente me negar a este passeio e geralmente passo a manhã no café, à espera que o grupo volte da sua romaria e ali se junte para o almoço.
No entanto, não sei exactamente porquê (um qualquer instinto milagroso), este ano decidi acompanhar a comitiva. E em boa hora o fiz, porque entre os convivas se encontrava, inesperadamente, a Mariazinha, uma antiga paixão da minha juventude que não via há mais de uma década, altura em que emigrara para o Canadá. Naturalmente, passámos o tempo todo juntos, a pôr anos de conversa em dia...
Quando meninos, começáramos por ser amigos, até a amizade resvalar para uma espécie de namoro inocente que, bem vistas as coisas, não terá sido tão inocente assim. No jogo costumeiro das infâncias campestres, foi a primeira menina a mostrar-me o pipi, em troca, claro, de lhe mostrar o pirilau. Mais do que isso, apenas uns beijinhos e umas festinhas ingénuas e muitos sonhos de uma vida futura e comum, que obviamente nunca se concretizaram.
Os anos tinham sido generosos com ela. O seu rosto, agora adulto, tornara-se mais belo do que fora em jovem, e as formas do corpo acompanhavam condizentemente o resto. Boas mamas de tamanho médio e um cu largo e firme do qual era difícil descolar os olhos.
Julgo que ela reparou que a olhava lascivamente e de certa forma reciprocou, analisando-me de alto a baixo e mantendo uma conversação atrevida que me surpreendeu positivamente.
Boa parte das nossas conversas ao longo da manhã redundaram num flirt fácil e descomprometido, que deixava em aberto possibilidades sugestivas para o resto da tarde. Isso pensava eu. Afinal, revelou-se que Mariazinha tinha ideias mais “urgentes”...
O Dia da Espiga, para quem não sabe, é também conhecido pelo “dia da hora”, o dia mais santo do ano. Supostamente ninguém trabalha, porque há uma hora em particular, no caso o meio-dia, em que tudo pára, a começar pela natureza.
Apesar de não vir a Portugal há uma boa dúzia de anos, a Mariazinha mostrava-se bem mais informada que eu sobre as especificidades desta crença. A sua percepção do tema não podia ser mais nítida ou provocante:
– Que horas são?
– Quase meio-dia.
– A sério, já? Passou rápido a manhã… Meio-dia... “As águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda, as folhas não se cruzam…” E o pior de tudo, não há ninguém que me meta a mão entre as pernas e me esfregue o grelo!
Mal ela o disse, senti uma indisfarçável “ascensão” dentro das cuecas…
Olhei-a nos olhos para perceber se ela estava a falar a sério ou se era apenas mais um capítulo do nosso flirt nostálgico. Mas ela não estava a olhar para mim, aliás, estava mas não para os meus olhos. A sua atenção estava plasmada na zona da minha cintura, onde o meu caralho crescia visivelmente dentro das calças.
– Estás a falar do mesmo que eu estou a pensar? – perguntei, ainda hesitante.
– Cheguei há duas semanas e até agora… nada. É este calor, sabes? Deixa-me cheia de comichões… Além do mais, temos umas contas a ajustar com o passado, não achas? O que é que dizes? Eu mostro-te a minha se me mostrares a tua...
Não pude deixar de rir. Por esta altura, já tínhamos deixado o grupo avançar uns bons 50 metros, víamo-los ao longe dobrados de cu para o ar a arrancar ervas do chão. Mariazinha puxou-me para trás de um sobreiro que eu nem sequer tinha notado e que tinha um tronco largo, suficiente para nos esconder a ambos de olhares indiscretos.
Aí chegados, não esteve com mais merdas, ajoelhou-se à minha frente, tirou-me a “espiga” para fora e começou a mamá-la!
Foi tudo tão rápido e inesperado que pensei que me ia esporrar logo na boca dela. Consegui distrair-me observando um rebanho de ovelhas a pastar ali ao pé, o bastante para aguentar até ela me largar o pau, levantar a saia e baixar as cuecas.
Não obstante o seu ar sofisticado e moderno, fiquei feliz por constatar que em certos departamentos continuava a mesma rapariga à antiga, pois ostentava uma fértil e abundante pintelheira negra.
Ela própria, segurando a saia, se encostou de rabo nu ao tronco da árvore e abriu as pernas, mostrando-me a racha já semi-aberta pela tesão.
Teso e a pingar também já estava eu, portanto avancei de frente para ela e penetrei-a. Entrei devagar mas não parei e quando bati no fundo ouvi-a gemer, talvez mais alto do que devia. Instintivamente tapei-lhe a boca com a mão e comecei a estocá-la desvairadamente contra o sobreiro.
Sentia que ela estava muito molhada, também devido ao calor que nos fazia suar a ambos por todos os lados. Mas notei uma brisa fresca na zona das virilhas, o que significava que o sumo que lhe saía da cona se estava a transferir para mim.
Fodemos como bichos nessa posição até que ela se desprendeu de mim e voluntariamente se virou ao contrário, exibindo-me o rabo cheio de veios avermelhados, das marcas da casca da árvore. Pensei que queria que lho metesse no mesmo sítio, mas ela apressou-se a rectificar a posição:
– Não, mete em cima.
– No cu?
– A não ser que não gostes. Tens nojo?
– Estás a gozar? Sem espiga! – garanti, cheio de entusiasmo.
Decididamente, estava a ser o melhor Dia da Espiga de sempre!
Com todo o jeitinho que fui capaz, tendo em conta o estado de aceleração em que me encontrava, enfiei-lhe o pau no buraquinho traseiro. Fui mais devagar que anteriormente, mas voltei a parar somente quando o senti todo enterrado. Deixei-o estagiar uns bons 2 minutos lá dentro, até sentir que ela relaxava, e aí comecei o vai e vem.
Ainda não estava a enrabá-la há 30 segundos quando a senti escorrer pelas pernas abaixo. Então, saculejou um bocadinho o cu e veio-se, desta feita tapando ela própria a boca para se impedir de gritar.
Então, eu estava tão ligado ao momento que parecia que podia ficar horas naquilo. Não foi tanto assim, mas continuei a ir-lhe ao cu durante pelo menos mais um quarto de hora, agora com dois dedos enfiados na rata e o polegar a coçar-lhe o grelo, o que a fez atingir um segundo orgasmo.
Quando senti que o seu corpo disparava como uma corrente eléctrica, aí não aguentei mais e esporrei-me abundantemente dentro do cu dela.
Quando puxei o nabo para fora, ainda teso, vi a nhanha bolsar dela como uma bisnaga de iogurte. Eu próprio lhe limpei o cu com os dedos, enfiando-lhos depois na boca.
Depois disto, rindo como dois adolescentes, ajeitámo-nos e fomos procurar o grupo, que a estas horas já não se via em parte nenhuma. Pelo caminho fomo-nos provocando, beliscando, brincando...
A dada altura, Mariazinha decidiu tirar o vestido e correu nua pela planície, rebelde e indiferente a quem pudesse vê-la. Volta e meia virava-se para mim e abria os lábios da cona com os dedos, o que me fazia querer atirar-me a ela, mas ela fugia para céu aberto, saboreando o efeito que tinha em mim naquele jogo de tentações.
Finalmente chegámos ao café, onde o grupo já se preparava para atacar o almoço. Sentámo-nos juntos e recordámos tempos idos durante a refeição e, quando chegou a hora de regressar a casa, convidei-a a vir comigo. Na verdade, sentia que ainda não tinha tido tudo o que queria dela, precisava de mais...
Depois de verificar que não havia nenhuma razão válida para recusar, pois encontrava-se de férias e sem ligações emocionais, aceitou o meu convite.
Agora mesmo, enquanto acabo de escrever este relato, Mariazinha está a dormir no quarto ao lado, na minha cama, saciada depois de mais uma boa sessão de broches, fodas e enrabadelas.
Raramente encontrei uma mulher com um gosto e uma predisposição tão naturais pelo sexo. De tal forma que eu, que nunca acreditei nos efeitos benfazejos da espiga, me vi obrigado a mudar de opinião...
A partir de agora, sem dúvida nenhuma, o Dia da Espiga será o meu feriado favorito do ano!
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com