15 fevereiro, 2024 Aventura no ginásio
Ele acabava os seus exercícios, entrava no balneário, despia-se e ficava ali com o pénis alerta...
Todos temos os nossos rituais e a nossa forma de agir, com as quais ficamos confortáveis. No meu caso, quando acabava a minha sessão no ginásio, voltava para o balneário, sentava-me num banco à espera duma aberta para tomar o meu duche sozinha e depois vestia-me, peça a peça, com a toalha enrolada à volta do corpo.
Só largava a toalha quando tinha roupa suficiente no corpo para me sentir a salvo de olhares enviesados, que é como quem diz abusadores, que não eram tão pouco comuns como isso.
Não é que me considere púdica, pelo menos não demasiado, mas para mim, é uma questão de discrição e privacidade num local público. Infelizmente (ou felizmente), não pensamos todos assim...
Ele acabava os seus exercícios, entrava no balneário e começava por tirar a camisola, com a qual secava os sovacos. Tinha os braços grossos e os peitorais bem desenhados, que destoavam um pouco da barriguinha pronunciada da cerveja – ou da idade. Devia andar pelos 45 anos e “via-se” que era uma pessoa muito “livre”.
Depois da camisola, indiferente a quem o pudesse observar, homem ou mulher, despia os calções. Não usava roupa interior e o pénis, sem estar erecto, também não estava murcho. Estava ali entre o curioso e o distraído, não particularmente interessado em nada, mas alerta para qualquer coisa que aparecesse.
O exercício físico devia excitá-lo, como acontece a algumas pessoas, pois parecia disparar testosterona por todos os poros...
Mas mais perturbante do que desnudar-se assim à frente de terceiros, era a sua atitude depois de o fazer. Não revelava nenhum tipo de pudor, era como se continuasse vestido, com um fato invisível que só ele sabia existir, mas que lhe dava máxima segurança e nenhum desconforto.
Várias vezes nos encontrámos naquela hora (ele também aproveitava o intervalo do almoço para queimar calorias em vez de as ingerir) e fazia sempre questão de me cumprimentar e meter conversa, nada provocante, mera cortesia. Mas claro, sempre nu como viera ao mundo...
– Ainda não percebi se gosto ou não deste ginásio. Quer dizer, por um lado sim, mas por outro... E tu, já vens cá há muito tempo?
Ele nunca se sentava, parecia estar sempre de baterias carregadas, andava dum lado para o outro, a meter e a tirar coisas do saco e, às vezes, a falar sozinho, como se aproveitasse aquele momento de paz para organizar notas mentais para o resto do dia.
Como eu continuava sentada, envergonhada pela situação, praticamente sem me conseguir mexer, às vezes, ele aproximava-se de mim e ficava com o badalo a balançar à altura dos meus olhos, a menos de 30 centímetros da minha cara. Tinha muitas dificuldades em organizar as minhas próprias ideias...
– Não sei... Há uns meses, acho.
As características do membro flutuavam de momento para momento, umas vezes mais empinado e contentinho, outras mais apagado e descaído. Mas via-se com clareza que era de tipo mais grosso que comprido - salvo alguma surpresa, às vezes acontece.
Fosse como fosse, não era coisa que o preocupasse, era como se ele não tivesse quaisquer responsabilidades sobre a aparência ou os humores do seu amiguinho de baixo.
Enquanto não entrava no duche, ia usando a camisola para limpar o suor do corpo, em toda a extensão nua da pele.
Quando cruzava a t-shirt no rego e começava, com as duas mãos esticadas, a passajar as virilhas, o pénis cabeceava-lhe como um ponta de lança esquizofrénico. Fazia sempre aquilo e aquela visão arrepiava-me. Mas para ele era a coisa mais natural do mundo.
– Trabalhas aqui perto, não é? Já me disseste...
Eu, encolhida no meu banco:
– No escritório de advogados...
– ... Do outro lado da rua! É isso, já me tinhas dito. Desculpa, é que falo com tanta gente aqui...
De facto, outros homens e mulheres ia passando e ele entabulava conversa com todos, ou quase todos, sem se preocupar minimamente com a figura, com aquele dongo às marradas na atmosfera cada vez que fazia um gesto mais brusco. Quando se ria, parecia que o caralho dele se ria também.
Parecia não fazer confusão à maioria, ou pelo menos, não se desmascaravam, mas a mim afligia-me, punha-me nervosa, talvez por há muito tempo me sentir privada de um dongo qualquer, assim cheínho e pestanudo, que me fizesse sentir “coisas”...
Mas era tão irreal, quer dizer, o que poderia acontecer quando ele se apresentava logo daquela maneira, sem nada a esconder, com máxima familiaridade? Com certeza, se me quisesse cortejar, ocultaria um pouco as intenções, pelo menos até saber mais, até saber se valia a pena investir, até discernir se eu era suficientemente interessante para querer decifrar os meus mistérios, os enigmas que todas nós, mulheres, temos em abundância...
Não, aquilo para ele não era sexual, era apenas natural, como se o balneário fosse um santuário que lhe permitia agir livremente, como em nenhum outro lugar da cidade, ou mesmo da sociedade. Um lugar onde podia dar largas à sua confiança desinteressada, como um caminhante preocupado apenas com o seu próprio caminho pela beira duma praia de nudismo... Só que sem areia, sem mar e sem salva-vidas.
E sem outras pessoas nuas, porque basicamente só ele andava por ali assim. A mim dava-me repulsa, talvez até um certo nojo, mas, por outro lado, não conseguia tirar os olhos dele, sobretudo do amiguinho de baixo, que era um personagem à parte. Queria saber o que iria fazer a seguir, as cenas dos próximos capítulos...
A sua forma descontraída de agir desarmava-me sobre tudo o resto. Ele não se acanhava em nenhum tipo de gesto ou movimento, nem parecia importar-se com o que podia revelar quando, por exemplo, se agachava para apanhar uma peça de roupa do chão. Ou era imune à vergonha ou orgulhava-se muito do que tinha, nunca cheguei a saber.
Até que um dia ele estava alegremente a falar comigo sobre... Sinceramente, não me lembro sobre o que era, o assunto que me interessava estava ali mesmo à minha frente, não mais do que a um palmo do meu nariz...
Eu ainda mantinha a toalha enrolada à volta do corpo depois de sair do chuveiro. Ele, claro, totalmente exposto como de costume, o amiguinho de baixo a piscar-me o olho na sua postura tradicional, nem erecto nem murcho.
Ele dizia não sei o quê, mas era como se os dois falassem comigo, cada um com a sua voz. Eu queria que os dois se calassem, mas só me interessava calar um... Então, sem pensar (ou se pensei, não me lembro de o fazer), sem dizer nada, dei um pequeno pulo sem me levantar do banco e, logo à primeira tentativa, consegui metê-lo todo na boca!
Senti logo o amiguinho a colaborar, mas ele, o seu tutor, o pai do pau, ficou muito surpreso, pois nada o fizera antecipar aquilo. Verdade seja dita, nem a mim...
Quando mais tarde contei à minha amiga, ela não conseguiu entender porque o tinha feito. E eu não consegui explicar melhor do que:
– Não sei, estava ali...
Ele era de facto grosso, muito grosso. Senti-o crescer na boca como uma imensa bola de carne. Há muito tempo, desde o meu divórcio há anos, que não sentia um tal preenchimento dentro de mim. Chupei como se o quisesse engolir, mas, realmente, o que me apetecia era mastigá-lo.
Comecei a ouvi-lo gemer e, um pouco atarantado, colocou a mão sobre a minha cabeça. Poderia ser um gesto mecânico, há homens que gostam de conduzir o ritmo, mas não foi o caso. Ele pôs-me a mão na cabeça, mas deixou que fosse eu a “fazer”, sem cair na tentação de me guiar.
Registei com os meus olhinhos periféricos que não havia ninguém à nossa volta e baixei um pouco a toalha, para que ele tivesse livre acesso aos meus seios. Ele percebeu logo, trocando a mão que se agarrava à minha cabecinha basculante e começando a acariciar-me as maminhas e os mamilos.
Enquanto isso, eu chupava e ele ia crescendo de volume e de comprimento, chegando agora às proximidades da minha garganta. Não era enorme, mas também não era tão pequeno como de início suspeitara. Era um belo pau, de excelente tamanho, que sabia a pau e a suor e talvez um bocadinho a rabo, que estava ali tão perto.
Levei a mão em concha às suas grandes bolas e acariciei-as, seguindo daí para o seu rego peludo e acabando a brincar um pouco com o buraquinho do ânus, que palpitou sem uma queixa.
Deixei cair definitivamente a toalha e abri um pouco as pernas, para que ele me pudesse ver lá em baixo.
Ele era rápido, não era preciso ensiná-lo. Rapidamente colocou a mão no meu papinho, os dedos a explorar a minha fenda que já devia estar bastante molhada, a julgar pelos vapores que me chegavam às narinas.
Nessa altura, eu estava muito excitada e cheguei a sonhar que ele me possuísse ali mesmo, mas acabou por vencer o meu pudor - alguém poderia entrar...
Então, acelerei os movimentos com a boca e ele largou tudo. Tentava controlar os gemidos para não dar espectáculo, mas agarrou-se-me aos cabelos e puxou-os com as duas mãos, magoando-me.
Eu mamava a toda a velocidade e previ que ele ia chegar ao seu destino. Não gosto quando o homem me avisa, embora a maior parte das vezes dê para perceber pela respiração. Ele não avisou...
As primeiras três golfadas, imensas, quase me tiraram a respiração. Aguentei e os esguichos que se seguiram já eram menos espessos, mas igualmente quentes.
Esteve à volta de um minuto a vir-se na minha boca, parecia que não ia acabar...
Finalmente, começou a acariciar-me a face lentamente, como se usasse para isso o resto das suas forças, tirou o amiguinho, gentilmente, da minha cavidade oral e caiu desamparado ao meu lado, com o caralho ainda aos soluços.
Foi a primeira vez que o vi sentado.
Depois de um bocado a tentar acalmar a respiração, começou a rir e acabámos os dois às gargalhadas.
No final, trocámos números de telefone, mas ele disse-me estar numa situação complicada, pois tinha uma companheira. Confessou que não estava nada à espera daquilo, mas que fora impossível resistir.
Claro que eu percebi - afinal, foi ele que me provocou os sentidos, mas fui eu que provoquei os actos. E sentia-me vagamente orgulhosa por ter sido capaz de os fazer.
Não houve mais conversa, vestimo-nos de costas viradas, despedimo-nos com um beijinho e voltei para o escritório com o sabor da esporra dele na boca...
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com