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16 setembro, 2019 À distância de um telefonema...

Ele apenas tem a minha respiração como resposta...

Sinto-me carente. O Cláudio partiu para o Porto faz agora sete semanas e eu preciso tanto de sentir o seu toque sobre a minha pele. O meu vício partiu mas sei que é apenas uma situação provisória.

À distância de um telefonema...

Estou no escritório a poucos minutos de sair da minha hora de expediente e eu só consigo olhar para o telemóvel à espera de uma mensagem do Cláudio.

Chega a hora que me permite tirar as algemas que me mantêm aprisionada àquela secretária e corro para o meu carro. Estou cansada, exausta e necessitada por um contacto físico.

Assim que me sinto confortável no assento do carro busco pelo meu telemóvel para ver se tenho alguma notícia do Cláudio. Nada.

“Que andarás tu a fazer?”, pensei.

Encaminho-me para casa, um banho prolongado parecia-me uma óptima ideia para dar início a mais um fim-de-semana afastada do meu homem.

Tenho tudo pronto: água quente a encher a banheira com montanhas de borbulhas, copo de vinho e garrafa perto da banheira e uma música ambiente bem calma para me ajudar a relaxar. Após estar tudo em ordem só me faltava entrar naquela água cheia de espuma. Ao entrar naquela água quente o meu corpo relaxou e deixei-me ficar.

Antes de terminar o primeiro copo de vinho dei por mim a brincar com a espuma do banho, a assoprar para as bolhas, parecia uma adolescente; mas assim que terminei o segundo copo as minhas mão percorriam calmamente o meu corpo.

Os meus dedos a passarem sobre os meus seios e depois a tocarem ao de leve sobre os mamilos, que rapidamente endureceram ainda mais. As minhas mãos desciam calmamente sobre a minha barriga quando de súbito fui interrompida ao ouvir o telemóvel começar a tocar.

Debato-me com os meus pensamentos sobre se devo ou não continuar a satisfazer os meus desejos, mas acabo por deixar o coração falar mais alto a pensar que era algo importante.

Ao agarrar no telemóvel vejo que era a minha mãe que me estava a ligar. Antes de retornar a chamada à minha mãe decido enviar uma mensagem ao Cláudio:

“Só faltas tu aqui, nesta banheira.”

Mensagem enviada e lá vou eu aturar a minha mãe ao telefone.

Depois de vinte minutos a ouvi-la falar sobre as vizinhas e sobre os filhos do meu irmão, finalmente me pergunta como é que eu estou. Já é a habitual conversa da tanga, mas todos havemos de chegar àquela idade e ainda seremos pior.

Por fim, consigo desenvencilhar-me daquele longo telefonema e quando penso em colocar-me novamente na banheira, a água já estava fria.

“Que treta!... Obrigadinha mãe!...”, penso.

Antes de começar a arrumar aquela trapalhada, verifiquei novamente o telemóvel para ver se tinha algo, mas não.

Após ter arrumado a casa-de-banho penso que mereço mais um copo de vinho, dessa maneira fui até à cozinha e enchi mais um copo de vinho tinto. Estou a meio do copo quando oiço o meu telefone a tocar. Finalmente um telefonema do Cláudio.

- Olá forasteiro! - respondo ao atender o telefone.
- Olá fofa. Como passaste o dia?

Uma questão que não iria levar a lado nenhum, pois em menos de um minuto ele diz-me:

- Cheguei há pouco a casa e a tua voz deixa-me louco! Estou a ficar quente no meio das minhas pernas Raquel.
- Ai estás?! Como quer tratar disso? - respondo em tom irónico.
- Fazemos uma vídeo chamada?
- Mas não é você que ficou tesudo só de me ouvir?
- Sim, mas...
- Então... - interrompo-o - Ficámo-nos apenas pela voz hoje.

Naquele momento pensei mesmo que tinha regressado aos tempos de faculdade.

A conversa fluía entre desejos, ordens e suposições sobre como me iria possuir na próxima vez que estivessemos juntos.

- Alguém está um pouco para o mandona hoje não? - diz-me enquanto o oiço a rir-se do outro lado.
- Quero ouvir-te... Gosto dos teus suspiros... Da tua voz meio rouca ao meu ouvido. Não sabes como colocas o meu corpo.
- Onde te estás a tocas? - pergunta-me ao ouvir um longo suspiro.
- Estou a passar o copo sobre o meu ombro, depois ao longo do braço e terminando no mamilo que endurece ao sentir o vidro frio sobre ele.
- Aperta-o Raquel.

Ele apenas tem a minha respiração como resposta. Como passo um pouco de tempo sem dizer uma palavra ele continua.

- Desce essa mão, Raquel. Quero que coloques a tua mão sobre a tua vagina. Abre-a e coloca os teus dedos sobre ela. Como é que ela está?

Respiro fundo. O meu corpo fica cada vez mais quente.

- Raquel?
- Hmmmm... - respiro fundo.
- Tens que falar comigo senão eu não consigo ajudar-te.
- Está quente. Húmida. Escorregadia.
- Mete um dedo.
- Só um? - digo em tom desafiador e tentador.
- Dois. - faz uma pequena pausa e depois recomeça – Três. Usa-os Raquel. Deixa-me ouvir-te.

Limito-me a ouvi-lo. Oiço as suas ordens e faço tal como ele me pede. Imaginando-o no meio das minhas pernas. Estou concentrada na sua voz, na sua respiração cada vez mais profunda e nos sons que produz enquanto, igualmente, se toca.

- Estou tão quente, Raquel. Gostava de to enfiar na boca e te-lo na tua boca e sentir os teus gemidos no meu pénis, neste meu mastro, como tu lhe chamas...
- E que mastro... - escapa-me um gemido.
- Está a ficar descontrolada?
- Sim... Muito...
- Quero meter o meu pénis no meio das tuas mamas. Quero morder esse rabão...
- Quero que venhas para casa... Tenho saudades tuas... do teu calor...do teu sabor...

Aquela conversa foi tão desconcertante que nos deixámos estar ao telefone até conseguirmos o que ambos estávamos à procura – um pouco de prazer à distância.

Ele terminou o telefonema assim que atingiu o orgasmo, pois como ele disse:

“Tenho que ir tomar banho que tenho um jantar da empresa daqui a pouco princesa.”

E eu ? Bem... Como mulher independente que sou, saí do parapeito da janela e deitei-me sobre a cama, puxei do vibrador e acabei com o que ficou a meio.

Contudo, o momento com o vibrador cor-de-rosa soube a pouco, decidi encher novamente a banheira e divertir-me mais um pouco.

Ao terminar o meu momento de diversão deixo escapar uma boa lufada de ar enquanto me encosto novamente na banheira. Pego no copo de vinho que levei comigo e enquanto dou um gole nele penso:

“Talvez se eu tivesse ficado com o Daniel...”

Alexa

Alexa

Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...

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