05 agosto, 2019 Que negócio...
O sexo foi algo irreal...
Uma viagem de negócios foi o que me bastou para ter um momento alienado. Foi na minha última noite, no hotel Tangla Hotel Brussels, que tudo aconteceu. Tive três noites naquele hotel, mas atrevi-me a pedir uma quarta noite - queria estar com a Sónia durante mais algum tempo.
Era a minha última noite naquele hotel quando após ter bebido o meu whisky, merecido, respirei fundo e fui ter com ela. Durante duas noites observei-a. À terceira não a podia deixar partir.
Sentei-me à sua frente, uma atitude audaz que me poderia correr mal.
- Boa noite - digo assim que me sento.
Ela não diz uma palavra e continua a olhar pela janela do bar do hotel. Ignorou-me.
- Vi que te sentasste aqui estas últimas noites...
Continuo sem resposta, por isso continuo:
- Pensei em vir até aqui e perguntar-te pessoalmente se te posso pagar um copo.
Ela ri-se.
“Será deveria ter falado em inglês para ela me entender melhor?”, pensei.
Depois de rodar o gelo com a palhinha no daiquiri que estava a beber, enquanto se deixava rir, disse-me:
- Nem te incomodaste em mudar o dialeto. E se eu fosse eslava? Ou marroquina? Português, a sério?
Fico sem palavras ao ouvi-la e só me consegui rir.
- Desculpa... Por breves momentos esqueci-me de onde estava. Mas, já agora posso ficar a saber o seu nome?
- Sónia. Prazer – diz enquanto me estica a mão.
- O prazer é todo meu Sónia. - Dou-lhe um beijo na mão.
Ela cora depois da minha acção.
Foi o início de uma bela noite.
Fomos aumentando o número de copos enquanto a conversa fluía livremente entre nós. Deixámos muitas dúvidas no ar, sem qualquer troca de contactos, mas sem dúvida uma excelente noite.
Conforme a conversa fluía o tempo nos escapa entre os dedos. Ao olhar para o relógio vemos que já são perto das três da manhã. O álcool deixou-me corajoso e atirei para o ar:
- Subimos até ao meu quarto?
- Seu maroto... - de seguida deu um gole no gin com Martini e ao terminar acrescentou – Vamos?
Não perdi tempo e levantei-me logo depois da Sónia. Peguei na sua mão e seguimos até ao meu quarto. Ao chegarmos à porta ela não perdeu tempo e atirou-se ao meu colarinho e começou a desapertar-me a gravata.
- Deixe-me abrir a porta. - digo entre risos enquanto a Sónia me devora o pescoço.
- Despache-se... Não aguento mais... Só me apetece mordê-lo todo. - diz-me ao ouvido intervalando com umas respirações bem profundas.
A Sónia era uma mulher arrebatadora. Uma pele morena tal como o chocolate de leite, uns olhos tão azuis como o mar nas Caraíbas e um corpo de deixar qualquer homem a dar com a cabeça na parede. Que mulher!
Ao entrarmos no quarto fomos direitos para a cama. Desfizemo-nos rapidamente daquelas roupas que só estavam a estorvar e assim que ela retirou os seus boxers rendados pretos, ataquei o meio das suas pernas. Ela agarrou-se ao meu cabelo com uma mão enquanto que com a outra cravava as unhas ao longo das minhas costas. Sentia as minhas costas a arder. Ela gemia e agarrava-se a tudo o que conseguia alcançar.
- Não te cales – digo-lhe ao ver que ela está a morder a almofada – deixa-me ouvir-te... Liberta-te...
Ela deixa-se levar pelo momento e sinto-a mais liberta, mais livre nos movimentos que fazia, não eram tão mecânicos como no início.
Foi um sexo selvagem mas ao mesmo carinhoso. Não fodia assim há imenso tempo. Como me deliciei com o meio das suas pernas. Ao ouvi-la gritar ainda mais alto entendi que tinha atingido o clímax. Não perdi tempo e enquanto ela ainda gritava e estremecia as pernas penetrei-a, com as forças que tinha. O sexo foi algo irreal.
Quando estava prestes a atingir o orgasmo retirei o meu pénis de dentro da sua vagina quente e húmida para o colocar na sua boca. Queria vir-me na sua boca.
- No meu peito... - diz ofegante.
Não protesto e faço o que ela me pede depois de ela me dar prazer com a sua língua. A sua língua esfomeada.
Avisei-a quando estava prestes a atingir o orgasmo, retirei-o da sua boca e comecei a esfregá-lo ao longo do seu peito. Os seus mamilos duros, tesos sobre a minha pele foi o desatino.
Ela gemia enquanto sentia a minha ejaculação quente cair sobre a sua pele.
- Mais?.... - perguntou-me com um olhar desafiador enquanto mordia o dedo indicador.
Já não tinha idade para as andanças da Sónia. Estava mesmo a ficar velho e destreinado. Após ter-me vindo sobre a Sónia, levei-a até à banheira para lhe dar um banho.
Tomamos um banho quente juntos, relaxantes. Tocamo-nos de forma sedutora, mas estávamos ambos arrebentados. O prazer que conseguimos atingir foi demasiado desequilibrante para ambos.
Logo após o banho, repousamos sobre a cama até que acabámos por adormecer. Enroscados um no outro. Não a queria largar.
Na manhã seguinte, fomos acordados pela recepção.
- Senhor Silva – dizem do outro lado do telefone – Já passa um pouco do meio-dia, vamos ter que lhe cobrar mais esta estadia. Contamos consigo para o pequeno-almoço de amanhã?
- Sim, desculpe não ter avisado – respondo enquanto coço o olho e tento perceber o que se passa à minha volta – Passo cá mais um dia, sairei amanhã.
- Ok. Obrigada, senhor Silva.
Voltei-me a reencostar-me na almofada. Estico-me ao longo da cama, mas pouco tempo depois agarro-me ao mulherão que tenho ao meu lado e sussurro ao seu ouvido:
- Bom dia mulher mais jeitosa do mundo!
Entre murmúrios vejo que está a resmungar comigo, mas sem qualquer palavra audível.
- Vamos tomar o pequeno-almoço? - digo-lhe enquanto lhe beijo o ombro.
- Humm... Isso era bom... - encarando-me com um sorriso rasgado.
Beijo-a que nem um palerma cheio de tesão. Beijei cada recanto do seu corpo, até chegar à sua vagina.
- Que fazes?... - diz-me enquanto me vê colocar beijos ao longo do seu corpo.
- Vou-lhe dar o pequeno-almoço madame. E começamos com pequenos bombons. - dando pequenos beijos ao redor do seu umbigo.
Demorei-me, pois não havia qualquer pressa para a comer que nem um louco. Devorei-a ao longo daquele dia, bem calmamente.
Se aquela cama falasse...
A Sónia foi o meu pecado em Bruxelas e que pedaço de pecado!
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...