21 outubro, 2019 Negócios de colegas
Ele era intenso nas suas investidas, controlador, dominador...
Trabalhávamos no mesmo espaço e nunca tínhamos olhado um para o outro até à data, ou pelo menos eu nunca teria olhado. Cobiçado por umas, desejado por outras, talvez isso me tivesse feito nunca olhar para ele, mas a verdade é que bastou termo-nos aproximado, simplesmente porque sim, para que aquele mau feitio me deixasse de quatro e ele também.
Trocámos números de telefone, deitamos conversa fora, dias e dias, de forma discreta para que nunca ninguém percebesse o que estava a acontecer. Começaram a ser cada vez mais intensas e fogosas, as nossas deixas e a nossa vontade, o nosso desejo de mergulhar um no outro sem quaisquer barreiras. Queríamo-nos para ontem.
Um dia, no primeiro deste ano, disse-me:
- “Ouvi dizer que um beijo hoje são 7 anos de sorte!"
Como eu sou supersticiosa e não gosto de correr quaisquer riscos respondi-lhe:
- “Vamos então até ao armazém? Vai à frente que eu vou a seguir.”
E foi lá, o nosso primeiro, de muitos beijos, cheios de vontade de não parar. Mãos que desapertavam as calças, que puxavam os cabelos, que me apertavam contra a parede. Tanta vontade que tinha de ser consumida e consumir de forma feroz aquela boca, aquele pescoço, apertar aqueles braços que me agarravam com tanta gana.
Daí a marcarmos um encontro foi um piscar de olhos. Deixámo-nos consumir pelo desejo e já não queríamos saber do controlo para nada. O que poderia ser apenas piada passou a ser uma exigência.
Combinámos numa rua perto da minha casa. Ele foi ter comigo a uma outra morada para que ninguém nos visse. A adrenalina subia-me.
“O que estou a fazer?”, perguntava-me.
Mas nem um segundo demorava para que esse pensamento voasse com a chegada do prazer que sabia que aguardava por mim.
Ele chegou e parou o carro. Eu entrei. Estava em êxtase, embora me tentasse controlar. Tenho a capacidade de guardar para mim até as sensações que estejam mais à flor da pele, mas, porque há sempre um mas, ele reparou em algo.
Enquanto conduzia até um lugar em que pudéssemos estar mais à vontade, abordava todos os seus reparos a meu respeito. Eis que quando chegámos me diz:
- “Não estejas nervosa que eu não te faço mal...”
A típica frase feita. Somos simples e rudes no nosso trato.
- “Nervosa? Sim!”
Finta-me e acrescenta:
- “A constante forma como engoles a saliva e esse jogo de língua e lábios dizem-me que estás nervosa! E ainda te digo mais, que estás cheia de vontade de me beijar”.
Foi uma análise básica, eu sei, mas aquela forma tão direta de me dizer “Eu sei que me queres comer!” como se fosse ele o lobo mau, com aquela cara de sacana e com aquele sorrisinho peculiar de filho da mãe, só aumentou a minha tesão de cem para dez mil. Eu tinha literalmente o Mediterrânico entre as minhas pernas. Estava tão quente e tão molhada. Como é que este tipo ousava mexer assim comigo?!
Não lhe podia dar mais tempo para continuar com aquela conversa fiada e por vontade dos dois deixámo-nos de tretas e partimos em busca daquilo que realmente queríamos.
Coloca-me diante de si, cara a cara puxando-me pela camisola. Provoca-me. Cada vez mais perto começa, somente, por passar os lábios e a língua na minha boca. Queria perceber até onde é que me aguentava. Estava paralisada! Tentava resistir àquelas investidas para não dar a minha parte fraca, mas eis que a tentação assiste e nos beijámos de forma tão quente, fugaz, interminável e louca.
Colados à face um do outro enquanto o fazíamos, ofegando ao seu ouvido sento-me em cima dele e num movimento de «vai-vem» sinto o seu pau. Estava tão duro. Ele tirava-me a camisola e enquanto me puxava o cabelo devorava-me o pescoço da forma mais ousada e inteligente que poderia. Ele era intenso nas suas investidas, controlador, dominador. Descia a sua língua pelo meu pescoço até ao meu peito, brincava com os meus mamilos e ali perdia-se um pouco mais enquanto me deixava ainda mais sem forças para aguentar a tensão. Queria tudo e já não sabia mais como pedir. Só conseguia ofegar mais e mais, beijá-lo de forma descontrolada, puxar-lhe o cabelo e roçar-me em si, enquanto ele não me permitia mais avanços. Só me queria entregar de uma vez e sentir aquela boca, aquelas mãos e aquele pau consumirem-me por completo, sem dó nem piedade e nem desculpas. Naquele momento sentia que endoidecia e só tinha vontade de rasgar a sua roupa. Não haviam quaisquer regras. Estávamos descontrolados e a única certeza que tínhamos em comum era o prazer que queríamos dar e receber. Só queríamos sentir os nossos corpos tocarem-se. Estávamos tão ofegantes. Aqueles amassos davam-nos a expectativa do que estava para vir. Lembro-me da minha ansiedade de tê-lo dentro de mim, nas minhas mãos, na minha boca, brincar com ele como ele brincava com o meu desejo, mas não queria admitir-lhe.
Sem dizer nada, num só movimento obriga-me a ir para o banco de trás dizendo “vais sofrer!”. Mal sabia ele com quem se metia. A dor e o sofrimento causam-me ainda mais prazer, mas fiz-me de “menina em apuros” e resisti. Resisti como se estivesse à procura de uma escapatória. No fundo só queria sentir a sua força contra o meu corpo a querer obrigar-me a sexo. Isso sim dá-me tanto prazer. Sou fascinada pela submissão.
Deitados um sobre o outro, ainda com alguma roupa e enquanto aquela boca me fazia revirar os olhos abria-me cada vez mais para si. Ansiava que ele me tirasse as calças, mas não queria pedir, e tal como ele me teria dito, ainda me queria fazer sofrer.
Olha-me nos olhos e mete os seus dedos na minha boca. Imaginava que seria aquele o momento, em que ele me iria sentir um pouco mais e só pensava:
“É agora que os vais por!”
Chupei-os com a minha saliva quente fitando-o com aquele olhar de quem deseja senti-lo, como se aqueles dedos fossem o seu pau e sem que desse por isso ele penetra-me com eles tão fundo. Fez-me soltar um primeiro e longo suspiro. A forma como os mexia e os remexia dentro de mim deixou-me desesperada por mais. Eu própria me movimentava, pois não queria que parasse nem eu conseguia parar. Não aguentou mais. Pouco depois de levar a sua boca até ao meu sexo, de me lamber, fazer gemer e me beijar ao mesmo tempo, acaba por colocar aquele pau cheio de vigor dentro de mim.
No primeiro segundo só pensei:
“Tens as medidas certas, meu cabrão!”
Ao segundo:
“Deixas-me louca como ninguém!”
E ao terceiro:
“Hmmm, mexes-te tão bem!”
A tesão aumentava a cada estucada. Movimentava-se como um louco. Éramos dois loucos, na verdade. Ele puxava-me contra ele, colocava as minhas pernas sobre os seus ombros para que pudesse foder-me mais fundo. Apertava-me o rabo com tanta maestria enquanto me mordia o pescoço com tanta força. Não fazia ideia de como isso me tirava tão fora de mim. Não conseguia controlar-me e arranhava-o com tanta força, como se fosse a única coisa que pudesse fazer para expressar o quanto eu estava a ter prazer. Tanto que nem dava conta que o fazia.
Estávamos sempre a trocar de posições, só não queríamos parar. Parávamos apenas quando ele me queria chupar um pouco mais, mas ainda assim não passava um segundo sem me sentir, ainda que com os seus dedos! E que dedos!
Tínhamos a sintonia perfeita. Sabíamos o que queríamos e o que procurávamos! Foram gemidos, gritos, puxões, amarrações, chapadas. Sempre sem nunca pedir nada. Emanávamos vontade pelos poros e os nossos olhares suplicavam!
A necessidade de sentir tudo o que ele tinha parecia nunca acabar. Era uma noite de prazer como há tanto tempo eu não tinha. Sentia tanto tesão como há tanto tempo não sentia. Não conseguia parar de desejá-lo mais e mais e sempre mais. Parámos apenas quando se acabaram os preservativos e até mesmo depois disso não nos deixamos ficar por aí. Chupava-o com tanta gana e ele lambia-me com tanta sabedoria e assim foi até ao fim da noite.
E assim ainda o é … até aos dias de hoje!
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...