27 maio, 2019 Anda cá...
Ele endoidece-me...
Ele queria uma noite daquelas e por fim tive que ceder. O João estava a ser muito implicante ao dizer que eu já tinha tido noites mais picantes com antigos namorados do que com ele.
O meu relacionamento com o João é feito de altos e baixos, como uma montanha-russa, porém só nos momentos altos é que nos divertimos realmente.
O melhor deste relacionamento é que deixámos, desde o início, tudo em panos limpos. Ele contou-me a história dele como eu contei a minha, e juntamente com ela levou as minhas aventuras sexuais.
O sexo com o João é claro, transparente. Nada a ser escondido. Tanto que ele sabe que eu não desfruto do sexo da mesma forma como ele, dessa forma ele no fim de cada sessão desfruta do meu néctar, até eu ficar sem forças para gritar mais. Ele endoidece-me.
Fartamo-nos de discutir, porém conseguimos passar por cima das nossas divergências. Uma das discussões mais parvas que tive com ele numa noite em que fui dormir com ele, onde me disse:
- “Nunca me vendaste, nunca me mostraste realmente como desfrutas do sexo.”
- “Não preciso. Já sei que não gostas. É o suficiente.”
- “Mas eu quero sentir como tu sentes.”
A conversa ficou por ali, pois eu já não tinha mais nada a acrescentar àquele tema.
Passadas semanas, estando eu com uma fome descomunal, pensei “Que se lixe”. Pior decisão possível.
Sexta-feira à hora de almoço envio-lhe uma mensagem:
- “Depois de saíres do trabalho vai ter à minha casa.”
Passados minutos responde-me:
“Depois do Benfica vou lá ter.”
Aquela mensagem fez-me arder. “Que lata”, pensei.
- “Claro. A que horas acaba o jogo?”
- “Às dez e um quarto devo estar despachado, se não for para prolongamento.”
Peguei fogo!
Aquela resposta deixou-me mais que furiosa. Ele iria ter, mesmo, o castigo certo.
Eram onze e meia quando bateu à porta de casa.
- “Abre a porta idiota!”, envio-lhe por mensagem.
Ele tendo a cópia da minha chave, não percebo porque não abriu logo a porta.
- “Onde estás?”, pergunta-me do corredor.
- “Onde achas que estou a esta hora?”
Ele pára junto da porta a cambalear e de boca aberta, ao ver-me de lingerie e com meias de ligas, tendo uma venda na mão.
- “Estava à sua espera.”
Vou até junto dele e dou-lhe um beijo profundo, quente.
- “Estiveste a beber seu cabrão. Não bastava o Benfica..”
- “O Joel disse que era só uma depois do jogo, desculpa bebé.”
Avança na minha direção para me dar beijos.
- “Guarda esses beijos para outra altura. Despe-te. Rapidamente.”
Assim que ele fica como veio ao mundo à minha frente, eu atiro-o para cima da cama.
- “Deita-te.”
Vendei-lhe os olhos.
- “Dia perfeito! O Benfica ganha e agora isto! A minha mulher a surpreender-me!”, diz com um sorriso na cara.
- “Cale-se, que ninguém lhe pediu nada.”
O sorriso glorioso que estava na sua cara rapidamente desapareceu. Pela sua disposição corporal entendi que ele tinha perdido a vontade de ter aquele momento.
Algemei-lhe as mãos à cama.
- “Isto não estava no plano.” Diz-me enquanto se debate com as algemas.
- “Não querias que eu te mostrasse?”
- “Mas … Isto não… ”
- “Cale-se!” E tapo-lhe a boca.
Ele remexe-se em cima da cama. Sem fazer um único som, fico a vê-lo naquela pequena agonia. Passado algum tempo, coloco-me por cima dele e roço o meu corpo nu sobre a sua pele. O seu pénis parece ganhar vida, aos poucos vai endurecendo.
Beijo e mordisco-lhe o pescoço e os lóbulos das orelhas. A respiração dele começa a ser mais pesada. Começo a descer. Dando beijos ao de leve sobre a sua pele.
Demoro-me nos seus mamilos. Enquanto lambo, chupo e mordisco um mamilo uma das minhas mãos aperta e rodopia o outro mamilo. Deixa escapar o primeiro gemido.
Aos poucos a ponta da minha língua vai-me indicando o caminho até ao pénis, erétil, duro e urgente que estava à minha espera.
Ao chegar ao pénis, coloco-o de uma só vez na boca. Até ao fundo. Preenchendo-me a boca toda e a garganta também. A minha língua rodopia sobre aquele pedaço de carne suculenta que tenho dentro da boca. O seu sabor é de outro mundo.
Delicio-me com o seu sabor. Lambuzei todos os seus recantos. As minhas mãos percorrem o seu corpo enquanto as unhas vão deixando um rasto vermelho à sua passagem. Ele debate-se, não quer que as minhas mãos cheguem ao seu ânus. Mas depois de um dedo bem lambuzado andar ali a rondar é a vez da língua. Ele deixa escapar um grito.
Afasto-me um pouco do seu corpo, mas com uma mão no seu pénis a estimula-lo enquanto vou apanhar o vibrador.
Começo por passar o vibrador sobre a sua pele… Enquanto isso, levo a sua mão ao meu sexo. Ele solta um gemido. Passo o vibrador sobre a minha vagina húmida, passo-o depois à volta do seu pénis, descendo depois pelos seus testículos chegando ao seu ânus. Exposto. Comecei a inseri-lo devagar. Ele geme. Fecha as pernas, abana o corpo, grita. Debate-se que nem uma louca.
Insiro apenas o início do vibrador, mas ao entender que ele não estava a aceitar de bom grado a experiência, parei. O pénis dele esmoreceu. Começo por recomeçar com carícias e lambidelas, mas o dito cujo não há meio de voltar a ter vida.
Destapo-lhe a boca. Está com a boca trancada. “Isto não é bom”, pensei. Destapo-lhe os olhos. Uns olhos inquisidores.
- “Estás contente?”, pergunta-me.
- “Mas tu só fazes merda atrás de merda e hoje foi por demais. Então pensei: dois em um. Um castigo e uma experiência nova. Não gostaste?”
- “Não vês que não?”.
Levantou-se da cama, abriu-a, deitou-se e disse:
- “Vamos dormir que amanhã é dia de trabalho.”
- “Não queres falar, ou ao menos tentar acabar o assunto?”
- “Não. Já é tarde.”
Dá-me um beijo na bochecha e diz-me:
- “Dorme bem.”
Fiquei aparvalhada a olhar para ele enroscado nos lençóis. Não sabia bem como lidar com aquela informação toda. Decidi ir tomar um duche e tratei de saciar a minha fome, sozinha.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...