16 novembro, 2023 4x4 - Capítulo 4
Encontros e desencontros...
Demorou algum tempo até alguém começar a implementar as novas regras. Suponho que fosse tudo demasiado novo, demasiado inesperado. Sentíamos todos, julgo, uma certa inaptidão, porque nunca nenhum de nós tinha feito nada parecido com aquilo.
Isso sim, mantivemos a prerrogativa de foder os quatro, sempre juntos, sempre e quando possível trocados.
Eu estava fascinado pela transgressão e, confesso, pela boca e cona da Júlia, e a Elsa dizia que ficava louca a olhar para mim. A panca dela era mais voyeurística, embora continuasse a dar os buracos todos, enquanto a minha era mais “na perspectiva do consumidor”.
Acho que também por aí a troca fazia sentido, uma vez que a Júlia se vinha com facilidade quando lhe entalava o pau, e o Júlio estava sempre a olhar para os lados e a rir-se. Se o nosso match era perfeito nas nossas vidas regulares, cada qual com a sua companheira de viagem, definitivamente também o era quando trocávamos de casal.
Fui eu que dei o passo para que pudéssemos usufruir de todas as possibilidades que tínhamos discutido na primeira noite, e que logo na teoria nos tinham dado erecções descomunais, tanto de picha como de grelo.
Cada um terá as suas histórias, o seu protagonismo. Um dia, talvez eles queiram contar as deles, eu vou contar as que inicialmente aconteceram comigo e que eu próprio provoquei...
É um domingo e tenho tudo combinado com o Júlio. Tinha que começar por esta ordem, para o seduzir para a próxima. A Elsa, claro, não sabe de nada.
Em vez de irmos até ao jardim, como é normal aos fins-de-semana, vou-me a ela e proponho-lhe uma tarde alternativa:
– Olha, e se em vez de hoje irmos para o parque cheio de gente, apreciar naturezas mortas, fôssemos para a cama e eu te pregasse uma daquelas fodas que tu adoras?
Digo-o enquanto lhe arranco descaradamente o soutien e lhe ponho as mamas para fora. Vi-lhe logo os mamilos a encher.
Devo ter feito alguma coisa bem porque daí a nada tinha-a de cu para o ar, a escorrer toda e a levar com ele na cona como uma devota do deus Caralho.
Consegui aplicar o ritmo que idealizava, o que nem sempre as minhas pernas permitiam, pois sabia que assim a fazia vir com certeza. E também sabia que se conseguisse manter, como foi o caso, ela entrava num transe de orgasmos múltiplos que, à mínima, fazia com que se esporrasse por todos os lados.
As horas no ginásio compensaram e ao fim de uns 20 minutos de fodenga, em ritmo acelerado, ela estava encharcada e meia morta, mas sempre a pedir mais.
Depois de também eu me esporrar dentro dela, entalei-lhe o vibrador na cona, já o tinha posto ali à mão para isso, e disse-lhe que não se mexesse, que eu já voltava.
Saí de pau pingado, enfiei um roupão e fiz entrar o Júlio, que estava à porta à espera, pronto para tomar o meu lugar.
Tirou logo o pau para fora e começou a esgalhar uma. A tesão já lhe vinha da expectativa e agora que a confirmava, até lhe desapareceu o sorriso da cara. Percebeu que agora era a sério.
Claro que, se lhe ofereci primeiro a minha gaja, foi para que depois ele me oferecesse a dele. Era um plano egoísta, mas isso não interessava, qualquer um de nós teria feito o mesmo, se tivesse tomates ou ovários para isso. O que interessava era desbloquear a “situação” e ela aí estava, totalmente desbloqueada, de cu para o ar, com um dildo enfiado na cona...
Fiz sinal ao Júlio para avançar e a verdade é que, ao início, a Elsa nem percebeu que não era eu.
O sexo oferece uma dormência, misturada de demência, que mais não é que a noção de que nesse momento nada mais interessa, não interessa qual é o pau, não faz diferença quem o leva, é completamente indiferente, desde que o pau lá esteja, a fazer o que deve. E, nesse momento, estava a fazer a Elsa pingar de gozo, antes mesmo de lhe tocar...
Obviamente, soube que não era o meu mal ele lhe entrou pelas bordas, maior que o costume, digo sem rancor. Alargava-a duma maneira que nunca tinha visto e parecia tocar-lhe em sítios de resposta incontrolável.
Nunca tinha visto aquela expressão à minha gaja, embora lhe tivesse visto muitas outras. Aceitei com certa desilusão que o caralho do meu amigo fazia feliz a minha mulher, e só sosseguei com a ideia de que o meu próprio pau fazia coisas à mulher dele que nunca lhe tinham sido feitas, nem pelo próprio namorado. Desse modo, estávamos quites.
Significava isto também que, evidentemente, todos gostávamos de nos foder uns aos outros, e isso era superior aos eventuais problemas de consciência que cada um pudesse ter. A transgressão é sempre um desafio, nunca nada nos é dado...
Esclarecido por este pensamento, despi o roupão, deitei-me ao lado deles e comecei a bater uma.
A Elsa já me tinha cheirado de longe e olhou para mim sem espanto quando apareci ao lado dela, de certeza com cara de tarado, ou de maluco.
Agarrei-me à pila e fiquei a vê-la ser fodida à missionário, com as pernas atrás das orelhas, enquanto o Júlio a furava pelo meio, tresloucado. Ela não gemia, eu diria que “gania” de gozo. Ele parecia um martelo cheio de pressa. Eu só me queria esporrar...
Não aguentei mais e avisei o Júlio que ia entrar. Então, ele agarrou na Elsa e enfiou-se nela de pé, e eu fui rapidamente metê-lo por trás. Parecia um número de circo. Nunca tínhamos feito nada daquilo, mas saiu como uma coreografia perfeita em noite de ensaio geral.
A cara da Elsa era impagável. Entalada pelos dois lados, até os mamilos parecia que lhe queriam furar as mamas, bater asas e voar.
Que eu soubesse, nunca tinha sido penetrada pelos dois lados. Eu ia-lhe ao cu de vez em quando, mas em dias especiais e nunca era ela que se lembrava. Mas ali estava ela agora, toda aberta, nunca a tinha imaginado tão aberta. Nem a boca conseguia fechar...
Acabou, como a circunstância pedia, com os dois caralhos na boca, a mamar à vez até deixarmos tudo lá dentro. Não me lembro duma esporradela assim, bombava e bombava e continuava a despejar. Depois, o Júlio também se veio e a Elsa recebeu tudo com gozo.
No fim, o que não engoliu ficou-lhe agarrado ao corpo, em volta da face, nos sítios mais imagináveis. Não me lembro de sentir mais tesão por ela do que naquele instante, quando a vi a pingar esporra do nariz...
Bebemos umas garrafas só os três, nessa noite. Sentimos todos que aprendemos qualquer coisa. Agora era trazer a Júlia para a o baile.
Eu deixara-a propositadamente para o fim dos planos, por me parecer a mais fácil de todas. Mas já tinha decidido: a próxima tinha que ser com ela e com a minha namorada. Para variar o jogo. O Júlio que ficasse em casa a bater punhetas. Em vez de dois paus, eu agora queria duas damas de copas...
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com