08 janeiro, 2016 Marta e o pinho
Sentava a cona arreganhada na trave arredondada da cama...
Via-se pelo espelho que repousava no canto do quarto e queria ser homem para se foder. Ter uma piça grossa para enterrar no canal faminto de que só os seus dedos conheciam os segredos...
Vendia bilhetes numa estação de comboio. Os passageiros que circulavam pelo seu guichet não perdiam tempo a olhar para ela e se sequer a recordassem não lhe lembrariam o rosto atrás do vidro-cela.
Uma prisão, era o que aquele trabalho era, espartilhando-lhe o corpo com um uniforme que não deixava os fartos seios respirarem no peso natural da carne.
Nunca usava roupa interior e os mamilos encarniçados eram muitas vezes visíveis por baixo do casaco verde apertado.
Entre as pernas, a mata púbica mantinha o calor que lhe vinha do túnel sempre encharcado de tesão - apertava as coxas contra os lábios salientes prolongando-o e esfregando a cona na cadeira.
Eram duas pregas grandes, mais escuras do que a cor castanho-rosada da boca larga, caídas como dois folhos dependurados que ficavam apertadas e doridas nas cuecas brancas.
Sempre que ia à casa de banho masturbava-se. Arregaçava a saia e sentava-se sobre a tampa da sanita. Repuxava os lábios e arreganhava o clitóris tão inchado que parecia uma pequena piça em erecção.
Mordia os beiços grossos e esfregava o caroço por cima da pele externa como se movesse o cursor no computador portátil. Era uma carícia leve que ela demorava ou apressava conforme o tempo de que dispunha.
Às vezes, deixava os dedos escorregarem ao longo das pregas abertas, espalhando os lismos que a cona cuspia, soltando o tesão a latejar na mini-piça eriçada e controlando o grau dos espasmos mentalmente.
Fechava os olhos e tinha conas abertas a esfregarem-se-lhe na boca e piças grossas a esporrarem-se-lhe nas mamas, mas ainda não se deixava gozar.
Esperava que alguma colega aparecesse para usar a casa de banho ao lado e, enquanto ouvia a chuva dourada a cair na sanita e imaginava as nádegas ao léu e a cona escancarada, deixava-se vir lenta e longamente. Prendia o grito que transbordava pelas duas bocas e trincava a polpa da palma da mão.
Ao fim do dia, quando tomava duche no seu pequeno T0, sentia o clitóris dorido como se tivesse sido fodida por um batalhão de homens, ideia que lhe reconfortava a vida solitária.
Deitava-se nua em cima da cama e ficava a sentir as pregas de gordura repousadas acariciadas pelo ar.
O seu felpudo gato preto encostava-se aos peitos caídos no adormecimento, ronronando no eterno sono dos felinos. Passava-lhe a mão pelo pêlo e esperava que ele lambesse os mamilos à procura de pequenas gotas de leite.
Imaginava-o um grande gato-homem, humanizado da cintura para baixo e com uma desumana piça imensa entre as pernas. Escarranchava a cona e deixava o gato comer com a língua os lismos esbranquiçados.
Levantava-se e sentava a cona arreganhada na trave arredondada da cama. Esfregava a carne esponjosa e deixava deslizar o pinho lentamente para dentro do buraco encharcado.
Via-se pelo espelho que repousava no canto do quarto e queria ser homem para se foder. Ter uma piça grossa para enterrar no canal faminto de que só os seus dedos conheciam os segredos.
Desejava-se tanto desejando lamber-se nas pregas que se esfregavam no pinho e prender com os beiços o tesão da mini-piça que esporrava o delírio pelo corpo todo.
Vinha-se com a bola de madeira toda enfiada dentro, berrando desvairadamente e sentindo-se a mais puta das mulheres.
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