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18 abril, 2024 A história de Andreia – Capítulo 2

Continuação da história de Andreia, relatada pelas suas próprias palavras...

"Em minha casa, não se falava de sexo, mas desde que me lembro, ouvia os meus pais a fazerem amor. Tive a sorte de nascer e crescer num lar funcional, os meus pais adoravam-se e fodiam muito."

A história de Andreia – Capítulo 2

"A primeira vez que ouvi a minha mãe a ter um orgasmo pensei que estava doente, e do quarto ao lado gritei a perguntar se ela estava bem.

Eles tentavam abafar os ruídos, por minha causa. Não eram como as mulheres do filme, que exprimiam livremente o seu prazer.

Pensei muitos vezes em fazê-lo, mas nunca me atrevi a espreitá-los. Podia tê-lo feito e acabado assim com aquela angústia. Muitas vezes, estive perto, inclusive um dia quase tive que me amarrar à cama por pensar que não conseguia resistir. Consegui, mas isso só aumentou a minha vontade.

Continuava a minha maratona de punhetas. Era como uma menina com uma boneca nova, só que a boneca era eu... Nunca largava o brinquedo."

ASarilhos A historia de Andreia P2 1

"Agora que já tinha visto a acção reproduzida em filme, precisava da realidade. Sonhava em ver um caralho vivo e pulsante a penetrar uma cona encharcada. Queria ver línguas e mãos entrelaçadas. Mamas espremidas, mamilos apertados, testículos torcidos, dedos enfiados... Tudo a redundar em grandes descargas de líquido, sumo, creme e compota seminal...

Desejava imensamente ouvir um verdadeiro gemido de prazer, um gemido livre, sem constrangimentos. Mas não seria capaz de o idealizar imaginando como protagonistas o meu pai e a minha mãe, isso para mim não era uma opção."

ASarilhos A historia de Andreia P2 2

"Então, por uma vez, os deuses alinharam-se em meu favor. Um sócio do meu pai divorciou-se –  segundo me lembro, traía a mulher e ela descobriu. Então, pediu guarida temporária ao meu pai, até arranjar outra casa para morar.

A minha mãe torceu o nariz, percebi depois que era porque conhecia a peça. Mas o meu pai não tinha desculpa para negar o pedido ao sócio e ele lá ficou, durante 15 dias, em nossa casa. Essa foi a minha verdadeira escola!

Todos os conhecimentos que procurava sobre o sexo desfilaram à frente dos meus olhos, pelo buraco cirúrgico da fechadura, onde me ajoelhava todas as noites, assim que o velho fechava a porta do quarto com a eleita da noite.

Mal me posicionava, baixava as cuecas e começava a esfregar a cona até espirrar. Levava sempre um dildo (com o tempo amealhei vários, de diversos tamanhos) para brincar com o olhinho do cu."

ASarilhos A historia de Andreia P2 3

"O sócio do meu pai era um putanheiro, um ser imundo... Ele é que merecia que a mulher lhe pusesse os cornos todos os dias. Seria preciso vê-lo para perceber, era abjecto... Alto e flácido, de barriga grande descaída, sem um único pêlo no corpo, parecia um réptil... Ainda por cima, tinha um cheiro repelente, do tabaco barato que fumava e lhe deixava os dedos amarelos.

Era asqueroso e dizia coisas asquerosas. E, no entanto, eu delirava com as javardices todas a que era capaz de sujeitar as mulheres. Enfiava-lhes coisas pelos buracos todos, passava-as duns para os outros...

Dava-lhes chapadas no rabo e nas mamas, dizia-lhes frases porcas, exigia-lhes que lhe metessem a língua no cu, enrabava-as e logo a seguir obrigava-as a chupá-lo e esporrava-se na boca delas, com o pau cheio de merda, e, no fim, beijava-as... E todo aquele degredo só me deixava mais e mais enlouquecida de tesão!"

ASarilhos A historia de Andreia P2 4

"As mulheres que ele escolhia não passavam de pobres diabos. Ou eram prostitutas da madrugada – aliás, os restos das prostitutas da madrugada, bêbadas, que não tinham conseguido melhor do que aquele velho nojento para passarem a noite – ou raparigas jovens, pouco mais velhas do que eu, que devia encontrar nos circuitos da droga, a julgar pelas caras encardidas e corpos escanzelados.

Ele costumava chegar entre as três e as quatro da manhã, sempre acompanhado, e aí eu assistia à primeira sessão, que durava a madrugada toda, até ouvir os primeiros movimentos dos meus pais. O putanheiro era insaciável e mesmo quando elas adormeciam, continuava a judiá-las e a fodê-las, como se estivessem mortas ou desmaiadas.

Os meus pais levantavam-se às oito, iam para o trabalho às nove e só regressavam a casa por volta das oito da noite. Quando eles saíam de manhã, eu fingia que tinha acabado de me levantar e estava a preparar-me para a escola, mas mal eles batiam a porta, pousava os livros e voltava para o meu posto de vigia.

Muitas vezes, apanhava os degenerados a dormir, mas não arredava pé. Ficava ali à espera, com a mão dentro das cuecas, à espera que acordassem e seguissem com o programa."

ASarilhos A historia de Andreia P2 5

"Até saírem, por volta das seis da tarde, iam alternando o sono com fodas e eu assistia a tudo, bebia tudo, com os dedos enfiados na cona e o mel a escorrer-me pelas pernas.

Vinha-me uma vez atrás da outra, no maior dos silêncios, o que era todo um desafio.

Deixava uma poça no chão à frente da porta do quarto, e, mais de uma vez, ele me apanhou de esfregona na mão a desfazer-me das provas. Via perfeitamente os seus olhares libidinosos na minha direcção, e apesar de saber que era um um porco, aquilo excitava-me por completo.

Só muito mais tarde considerei a hipótese de algum deles precisar, por exemplo, de ir à casa de banho... Apanhavam-me de certeza em flagrante, pois não teria tempo de escapar. Felizmente, nunca aconteceu."

ASarilhos A historia de Andreia P2 6

"Quando o sócio do meu pai, finalmente, arranjou casa e percebi que ia ficar sem o meu espectáculo diário, vi-me na contingência de ter que dar o próximo passo. Não podia esperar mais.

Há uma hora para tudo e tinha chegado a minha: já não me satisfazia nem a pornografia nem o voyeurismo, precisava de mais, precisava de foder, precisava de ser fodida! E tive que me fazer à vida...

Desde nova que ajudava na loja dos meus pais. Ia à tarde, depois das aulas, até à hora do jantar. Eles pagavam-me um valor simbólico, mas com os anos, foi-se amontoando. Então, decidi usar esse dinheiro e investir nos meus “projectos”.

Ainda era muito fechada e continuava sem saber como dirigir-me aos rapazes. De forma que tive que ser criativa.

Primeiro, aluguei um quarto barato, à hora, numa pensão de prostitutas. Depois, pus um anúncio num jornal:

“Menina inexperiente, tímida e carente, muito jovem, deseja ter aventuras com homens de qualquer idade. Morada X, das 15 às 19h."

Já tinha lido bastantes anúncios, em jornais e revistas, para imaginar o que podia seduzir os homens. Todas as palavras tinham sido escolhidas com a precisão de um relojoeiro.

Antecipava os piores personagens, os mais tarados, os mais viciosos, os mais vis e empenhados em manipular e corromper uma jovem inocente que pouco ou nada sabia da vida... E escolhi assim porque queria saber tudo. Não ansiava o amor, nem as meiguices. Apenas queria caralho, foda, orgasmos e esporra!

No primeiro dia, entrei no quarto, abri as janelas para aliviar o cheiro a mofo, queimei um pau de incenso e tomei um banho prolongado, pois, como sempre, tinha a cona cheia da nhanha que eu própria produzia."

ASarilhos A historia de Andreia P2 7

"Então, olhei-me ao espelho e vi exactamente o personagem que pretendia encarnar e com o qual me identificava tanto, desde logo por ser real e verdadeiro: era a imagem duma virgem!

Uma virgem que queria deixar de o ser...

Deitei-me na cama toda nua, abri as pernas e deixei-me estar a brincar com a racha, antecipando o que aí vinha.

Depois, foi só esperar..."

ASarilhos A historia de Andreia P2 8

A história de Andreia – Capítulo 3

A história de Andreia – Capítulo 1

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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