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24 janeiro, 2021 A última devassa que comi

Há pessoas que nasceram para isto

Não tenho nada contra as meninas de bem, muito pelo contrário, vocês são necessárias ao mundo pois sem vocês isto não ia para a frente pois garantem alguma estabilidade emocional e psicológica à pessoa com a qual partilham a vossa vida e espero que sejam todas muito felizes para toda a eternidade. Contudo, existem conas marcadas não por Deus, mas pelo Diabo. A chamada cona satânica que nos possui e nos mete a falar línguas mortas e a roda o pescoço. 

A última devassa que comi

Ainda me recordo da minha última cona luciferiana, mas para efeitos do que se pretende, vamos chamá-la de devassa (a gaja, não a cona). A devassa entrou na minha vida tal e qual todas as outras, ou seja, sem saber muito bem, nem quando, um dia conheci uma pessoa, trocámos umas mensagens e de repente estava com o caralho enfiado na boca da devassa. A devassa está para os caralhos tal como as gaivotas estão para o plástico no oceano, porque sem saberem como acabam a engasgar-se com tudo o que lhes aparece pela frente. Sim, isto foi uma piada fantástica sobre gaivotas e broches!

Como eu não gosto de comer onde cago, resolvi marcar um encontro com a devassa - aquele café da praxe - justamente ao pé do motel onde também marquei um quarto, o velho binómio do malandro da pila alegre. Assim que a devassa apareceu ao pé de mim, percebi logo o nível de devassidão da devassa, pois surgiu com dois totós como se estivesse a caminho do jardim-escola e fizesse uma paragem para mamar em duas ou oito pilas ao pequeno-almoço. Podia a devassidão ter ficado por aqui? Não. Diz-me a devassa:

- Pedi ao meu pai que me fizesse aos totós antes de sair de casa, ele perguntou-me onde ia e eu respondi que ia brincar.

Nesta altura, já estava com mais tusa que um estivador a cheirar uma caixa de cavala na lota de Setúbal, bebi o café como se fosse um shot de whisky, peguei na devassa pela mão e arrastei-a até ao motel. Visto de longe, parecia um pai zangado com a filha que estava a fazer birra. A devassa riu-se e disse-me que se eu tinha aquela energia toda era bom que lhe comesse também o cu porque - e passo a citar - "já não levo no cu como gosto há três anos". 

Já no dito quarto de motel, a devassa começa a exercer a sua arte com mestria e não vale a pena entrar em pormenores, certo? Todos já apanharam uma gaja que sabe mesmo foder, portanto, não vou estar aqui a ensinar a missa ao padre. No entanto, após umas quantas fodas, a devassa pede-me que lhe enfie os dedos. E eu enfiei... dois. E ela pede mais... e passou a três. E ela depois calou-se, mas notei pela linguagem corporal que ela estava a pedir mais... e enfiei quatro. Não contente, a devassa reagiu como se nada fosse e foi aqui eu me senti ofendido. Ai quatro não chegam? Então enfiei a mão toda até me sentir um ventríloquo e foi aí que consegui exorcizar a devassa por uns segundos, pois ela ascendeu aos céus. 

Bendita devassa. Estais limpa do pecado, minha filha.

Até quarta e boas fodas.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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