20 dezembro, 2018 Fantasias de Natal
Lembram-se do anúncio das Fantasias de Natal, em que a neta dizia ao avozinho: “Não, não, o coelhinho foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo”? Pois bem, esta história não tem nada a ver...
Fui casada 18 anos e quando me divorciei a minha vida mudou radicalmente. Ganhei uma nova liberdade, como se o mundo me desse uma segunda chance, e passei a ter tempo para mim, o que não acontecia praticamente desde o fim da adolescência.
Ciente da oportunidade que se me oferecia, decidi aproveitar esse tempo da melhor maneira e investi-lo no meu desenvolvimento pessoal. Esperava, no processo, reencontrar-me comigo mesma e, na medida do possível, melhorar a pessoa que tinha sido até então.
Foi nessa lógica que larguei o emprego que detestava e abri uma loja de plantas, que sempre fora o meu sonho, e em seguida me inscrevi numa associação voluntária de apoio a pessoas carenciadas. Depois de tantos anos “fechada” numa relação a dois, sentia necessidade de me dar, de me “multiplicar” pelo mundo, de transcender barreiras e limites.
A loja transformou-se rapidamente num sucesso, como acontece quase sempre que nos entregamos a um projecto por paixão. E, pelo mesmo motivo, porque poucas coisas são mais apaixonantes que as que fazemos por mero altruísmo, vi-me rapidamente integrada no espírito e nas tarefas da associação.
De repente, já não era aquela mulher para quem a vida era uma rotina, para quem o dia-a-dia era um esforço e para quem o casamento era uma obrigação. De repente, via-me como uma mulher emancipada e realizada nas minhas próprias ambições.
Apenas no plano sentimental, sobretudo no início, este novo “eu” encontrara algumas resistências. Mas, passados uns meses de adaptação, encontrei também uma forma de me realizar nesse campo: deixei de procurar relações e entreguei-me à aventura, cortei com as obrigações e fiquei só com o romance, desisti dos “namorados” e fiquei com os “amigos” – e “amigas”! – quanto mais coloridos melhor…
Este foi o outro lado importante do meu processo de transformação: a redescoberta da minha natureza sexual! E tenho que admitir que foi uma surpresa para mim perceber o quão liberta e apaixonada conseguia ser na cama. Era uma parte silenciada de mim, que sempre estivera comigo mas nunca encontrara espaço para se expressar…
Durante dois anos tudo correu muito bem, até ao dia em que os dois pontos que referi – a minha nova liberdade amorosa e o meu trabalho de âmbito social –, se cruzaram duma maneira imprevista e definitiva.
Entrávamos na segunda quinzena de Dezembro e, como vínhamos fazendo desde o início do mês, dedicávamo-nos a preparar o salão de festas da paróquia para a grande gala de Natal. À semelhança do ano anterior, esta teria o formato de um Baile de Máscaras, naturalmente subordinado ao tema natalício.
Estávamos precisamente a falar umas com as outras sobre as fantasias – eu considerava repetir a minha máscara de Coelhinha da Páscoa que, pela dissonância das quadras, fora um sucesso muito comentado – quando, diante de toda a gente e sem nada o fazer prever, me comunicaram que estava “despedida” da associação!
O acto traduzia vários níveis de humilhação. Humilhação profissional, pois acabava de ser demitida de um trabalho “voluntário”... Humilhação pública, pois não tinham tido a decência de mo comunicar discretamente, preferindo fazê-lo à vista de todos… E humilhação moral, pois os motivos que me apresentaram eram absolutamente nojentos! Vou transcrevê-los exactamente como me foram transmitidos pela Teresa Maria, a máxima responsável da organização:
– «Os comportamentos promíscuos que despudoradamente evidencia não são compatíveis com os valores familiares que a nossa associação, de cariz moral e religiosa, preconiza e trabalha para promover».
Trocado por miúdos, isto queria dizer que o facto de aparecer nas reuniões com vários namorados – e namoradas! – de ocasião, de idades e etnias diferentes, e de amiúde partilhar histórias sobre as minhas aventuras, era mal visto pelo grupo, maioritariamente constituído por mulheres e todas elas muito púdicas e beatas.
Escusado será dizer que fiquei furiosa! Uma das primeiras instruções que recebíamos, antes de sair para o trabalho de campo, era a de não fazer julgamentos de valor. Se as pessoas tinham vidas dissolutas era uma escolha ou uma condicionante delas. O nosso trabalho não era salvá-las, mudá-las ou convertê-las, mas sim apoiá-las nas necessidades básicas para que o seu universo familiar, sobretudo no que concernia às crianças, fosse um pouco mais saudável.
Mas eis que, contra todos os seus ensinamentos, o fundamentalismo das suas crenças e a ânsia julgadora que geralmente as acompanha, determinavam a minha expulsão de um trabalho ao qual dedicara muita energia e toda a paixão… Senti-me profundamente abatida, atraiçoada e, sobretudo, revoltada!
Num último acto de “bondade”, que recebi como uma espécie de extrema-unção para vivos, Teresa Maria e as cinco restantes beatas que integravam a direcção da associação – as Seis Marias, como lhes chamavam –, aproximaram-se de mim com sorrisos amarelos:
– Não queremos que pense mal de nós. Aqui gostamos todas muito de si e queremos o melhor para a sua vida. Quer um conselho?
Não queria conselho nenhum daquelas cadelas!
– Entregue-se ao conforto da oração, vai ver que começa a pensar nas coisas doutra maneira. E esperamos que um dia, quando se sentir preparada, volte para nós.
Tinha vontade de as mandar para o caralho, pois sentia-me maltratada e humilhada. Mas percebi que se o fizesse iria mostrar fraqueza e não lhes queria dar essa satisfação.
– Olhe, fazemos o seguinte… – continuou a estronça, com a boca toda amarela.
As outras cinco putas sorriam da mesma exacta maneira!
– …Pode parar de trabalhar (era uma ordem!), mas queremos que esteja presente no Baile. Afinal, trabalhou muito para ele. Apareça sem nenhum constrangimento para nos mostrar que não fica zangada connosco.
Não consegui dizer nada. Agarrei na mala e saí dali em alta velocidade.
O meu primeiro instinto foi mandá-las cagar: era óbvio que não voltaria a pôr os pés naquele pardieiro! Mas depois, lentamente, outro tipo de opções começaram a desenhar-se no meu espírito… E percebi que, pelo contrário, se queria ficar em paz comigo mesma, não me restava outra hipótese senão aparecer no Baile! Aparecer… e assegurar-me de que fosse memorável!
No último sábado antes do Natal, o salão abriu as suas portas para a grande noite, como sempre muito concorrida, mais não fosse pelos comes e bebes disponibilizados gratuitamente aos populares.
Como era costume, o espaço tinha sido delimitado em duas áreas. A primeira, mais ampla, para os utentes abrangidos pelo programa da associação; e a outra, mais pequena, reservada às suas voluntárias e dirigentes. Ali, as Seis Marias presidiam às celebrações numa mesa comprida, todas sentadas do mesmo lado, numa espécie de recriação sopeira da Última Ceia…
Diante delas, dispersas em grupinhos à volta das mesas ou a dançar músicas de Natal, havia mais umas 15 voluntárias, mascaradas de elfo, mãe-natal e outras fatiotas óbvias e banais.
Depois de observar atentamente o perímetro e os personagens, fiz sinal à minha escolta e entrámos directamente nesta última divisão. Aproximámo-nos da mesa das megeras e assinalei a minha chegada com um cumprimento casual, mas ao mesmo tempo provocante:
– Olá, colegas.
Se eu já ia por todas, mais decidida fiquei ao observar a fantasia que Teresa Maria levava vestida! Esta encarnação de freira mal fodida, que nunca teve uma ideia original na puta da vida, tinha copiado a minha máscara de Coelhinha do ano passado, ainda que numa versão bastante mais recatada que a minha. Foi nesses preparos, que lhe conferiam um ar de estupidez extra, que me recebeu com a sua habitual alegria falsa:
– Olhem quem ela é!! Estamos tão felizes que tenha vindo! Esperamos que não haja ressentimentos entre nós…
– Depois desta noite, tenho a certeza de que não haverá nenhum… – disse eu.
– Ora ainda bem que diz isso… E que linda fantasia! É o quê?
Eu ia de maiô, com umas meias de rede, uns bigodes desenhados, nariz preto, cauda e orelhas de peluche. Era mais que óbvio, mas ela teve que pensar.
– Deixe-me adivinhar… É uma gatinha!
– Assanhada… – acrescentei.
Riram-se da piada mesmo não percebendo o seu alcance.
– Tão fofinha! E quem são os seus amiguinhos? Um palhacinho e… o que é esse aí em quatro patas?
Senti-me enjoar naquele mar de diminutivos… Teresa Maria referia-se aos meus acompanhantes, um palhaço clássico e um equino gigante, de espécie indeterminada, vestido de peluche.
– Será um cavalinho…?
E deram todas mais risadinhas, como se fossem crianças a ver pela primeira vez uma espécie rara no Jardim Zoológico de Lilipute. Umas valentes liliputas era o que elas eram, com os seus sorrisos falsos e diminutivos raquíticos!
– Na verdade, não é um cavalo… – corrigi.
Ficaram com o sorriso descaído no meio da boca.
– Não adivinham? – perguntei, com propositada brusquidão.
Ao verem o meu ar maléfico, a expressão delas mudou abruptamente, como quem adivinha chuva mas teme tempestade. Os seus instintos estavam certos…
– É o burro do Presépio… e veio comigo para rebentar a cona a todas as vacas que encontrar! Burro, mostra às senhoras o que trouxeste para elas!
E à minha ordem, o quadrúpede empinou-se e revelou, entre as pernas, um bacamarte de meio metro (obviamente falso), teso como uma viga de aço!
A reacção do sexteto foi impagável! Ficaram automaticamente pálidas, estarrecidas de espanto e de medo! E piorou quando o burro começou a zurrar e a dar ao cu como se fodesse uma mula invisível…
– Quem vai ser a primeira voluntária a levar a foda do século deste garanhão? Tu, Coelhinha…? – desafiei, a olhar Teresa Maria directamente nos olhos.
Esta levou uns segundos a encaixar a cena, até que finalmente se levantou da cadeira, com as pernas e a voz a tremer, e tentando parecer ameaçadora, mas sem sucesso, disse:
– És uma meretriz ainda pior do que eu pensava!
– Meretriz? Porque é que não dizes logo “puta”? Eu digo-te, puta: porque tu és uma puta covarde! Todas vocês são covardes! Têm medo das palavras…? Têm muito mais medo do que elas querem dizer! São umas frustradas com medo da vida que, por vingança, castigam aqueles que têm coragem suficiente para se entregar à liberdade dos sentimentos humanos... Mas sabem o que é que eu acho? Que, no fundo, nenhuma de vocês é tão púdica como quer parecer! Em cada uma de vocês há uma devassa escondida, um cérebro cheio de perversões reprimidas! Vocês são piores que qualquer meretriz, como lhes chamas. Porque têm comichão na cona e passam o dia a sonhar com picha, mas não têm tomates para fazer o que é preciso! O vosso grande sonho, de todas vocês, é que apareça um trolha qualquer que não tenha nojo do vosso fedor a virtude e se ofereça para vos raspar as ramelas da cona!
– Tu vais direitinha para o Inferno!
– Ainda não percebeste, pois não, minha grande rata bafienta?! Esta noite, este baile, este momento específico da tua vida… É o Teu Inferno!! Estás enterrada nele até aos cabelos do cu! Percebes, “Coelhinha”?
– Não sei o que pretendes com esta rábula de mau gosto, mas a “Coelhinha” vai chamar a polícia!
Ri-me na cara dela e, com a voz mais infantil que consegui imitar, reproduzi a minha própria versão do velho anúncio televisivo:
– «Não, não, a Coelhinha fode o Pai Natal e o palhaço vai ao cu às cinco»!
Tudo o que se passou a seguir foi uma vertigem. Assim que estalei os dedos, uma série de Pais Natais “versão porno” entraram na sala e fecharam a porta com estrondo atrás de si. O pânico instalou-se imediatamente, as mulheres começaram a gritar cada uma para o seu lado, mas nada podiam fazer. Os Pais Natais baixaram as calças, desnudando impressionantes e gigantescos caralhos – eu escolhera-os a dedo! – e começaram a perseguir as elfas, as mães-natais, as minnies, as estrunfinas, as super-mulheres, enfim, toda e qualquer cona de fantasia que houvesse para despir e foder!
Assim que as apanhavam, rasgavam-lhe as roupas e enfiavam-se nelas no primeiro buraco à vista. Num instante, a sala transformou-se num palco de violação colectiva, uma orgia de gritos e gemidos, de fodas, broches e enrabanços forçados. Um cheiro a picha, a cona, a rego, a sovaco e a lágrimas, começou rapidamente a espalhar-se na atmosfera, como um incenso demoníaco.
Enquanto à nossa volta o teatro das fodas escalava, eu, o palhaço e quatro Pais Natais, mantínhamos cercada a mesa das Seis Marias. Queríamos que elas observassem bem o “espectáculo”, que acumulassem medo no seu cativeiro, que antecipassem os horrores e temessem pela sua sorte...! Quando começou a cheirar a bufas, percebemos que estavam no ponto de desespero máximo e os meus amigos despiram as calças, revelando os maiores caralhos da sala.
– Ho-Ho-Ho, suas javardas! Olhem as prendinhas que eu vos trouxe!
Qualquer deles era cacete para mais de 18 centímetros, grossos como um antebraço do Rocky Balboa!
– E agora, suas grande putas, porque a justiça tarda mas não falha, vamos tratar de vocês.
Agarrei Teresa Maria pelos cabelos e, muito perto dela, repeti:
– «A coelhinha fode o Pai Natal e o palhaço vai ao cu às cinco…» Mas sabes que mais? A tua parte não é verdade… Isso era muito pouco. A tua parte é no “plural”!
Larguei-lhe os cabelos e os quatro Pais Natais caíram-lhe imediatamente em cima. Despiram-lhe o traje como quem esfola um coelho, o que era apropriado, e sem preliminares ou gentilezas forçaram-na em todos os buracos: um caralho a furar-lhe a garganta, outro a violar-lhe a cona, outro a arrombar-lhe violentamente o cu, e o último guardado para que, quando um desse, outro se viesse.
No meio de todos aqueles garanhões, sem ânimo para se debater nem força para se libertar, Teresa Maria era pouco mais que um boneco de trapo nas mãos dos violadores. A sua expressão era de um terror irreal, como se não compreendesse o que se estava a passar, mas o seu corpo obrigava-a às expressões previsíveis: gritos de dor almofadados entre gemidos de uma sensação desconhecida, que não queria sentir mas que não tinha permissão para recusar. Tudo nela, naquele momento, funcionava num ciclo de contra-vontades, e isso incluía o próprio prazer que começava a experimentar.
Pela nossa parte, eu e o palhaço tratámos de dominar as cinco Marias restantes. Depois de uma luta breve, forçámo-las a debruçarem-se sobre a mesa, atámo-las umas às outras, alinhadas, e baixámos-lhes as cuecas. O vistoso resultado era uma “corrente” de várias gerações de cus – a idade das Marias variava entre os 25 e os 60 anos – prontos a serem penetrados.
– Ficas bem? – perguntei ao meu palhaço.
– Não estou a ver como é que poderia ficar melhor… – respondeu-me, com um enorme sorriso, quase tão grande como a verga que lhe crescera entre as pernas.
E começou a enrabar, uma a uma, as cinco peidas aprisionadas. Metia primeiro com força, para as fazer ganir, pois eram todas seguramente virgens naquela entrada. Depois, dava cinco ou seis estocadas brutas como se fosse um animal raivoso, o que as levava invariavelmente às lágrimas. Finalmente, saía de uma e reiniciava o processo na seguinte. Passados 10 minutos estava a foder as cinco ao mesmo tempo, como um enrabador em série numa linha de montagem de cus!
– Só saem daqui quando as ouvir gemer! Nem gritos nem choros… Só paro quando as ouvir dizer que adoram ter um caralho dentro desses cus porcos por onde cagam todos os dias!
Deixei-os entretidos e fui tratar de mim, pois toda a cena me estava a deixar com uma tesão monumental. Para meu benefício, tinha reservado a derradeira profanidade, e fazia questão de a partilhar com Teresa Maria. Ela estava num estado que as palavras não conseguem definir. Arfava, gemia, chorava, berrava… Quando me viu, fechou instintivamente os olhos, de vergonha. Vergonha da situação e de estar a sentir prazer com ela…
Para a trazer à realidade, apertei-lhe os mamilos com as unhas e gritei-lhe perto da cara:
– Olha para mim, vaca! Dá graças ao Natal, minha grande puta! Olha quem aqui está! O teu amor mais fiel… Estás a vê-lo? O teu mais que tudo…
Agarrei-lhe na cabeça e virei-lha para a imagem que queria que ela visse: um homem gigante, preto como o ébano, todo nu, vestido apenas com uma fralda branca à cintura e com uma auréola luminosa em cima da cabeça.
– O teu Menino Jesus! É ele que te vai salvar!
Esta grande besta, um autêntico viking negro, encostou o volume que tinha entre as pernas à cara da minha vítima, tirando depois a fralda e apresentando-lhe um caralho descomunal, um caralho que não podia ser deste mundo! Assemelhava-se a um comprido toro de madeira com a haste revestida a veios de mármore. E mesmo na posição murcha de descanso, parecia duro como a pedra!
Uma elfa em total abandono do seu êxtase, descortinando de longe aquela absurda maravilha, veio a correr e abocanhou-a como se quisesse engolir uma anaconda.
Rimo-nos às gargalhadas ao ver aquela prova cabal de que a pudicícia beata já não era ali vista nem achada! Todas aquelas rachas, tradicionalmente exclusivas para o encargo das faltas de jeito maritais, estavam agora abertas e disponíveis ao público para qualquer leiloeiro que as arrematasse. E o preço estava longe de ser impeditivo, pois víamo-las a darem-se de barato a uns e a outros, revezando-se insaciáveis. A cena remetia para os debochados universos de Calígula: era uma verdadeira revolução da cona largada!
O gigante afastou a dedicada espontânea com gentileza e voltou a concentrar o grande mastro, agora já meio teso e por isso ainda maior (!), na cara de Teresa Maria, que era o objectivo principal. Esfregou-lhe lentamente o nariz e os olhos, libertando pelo caminho doses industriais do seu visco transparente de caralho. Deixou-lhe a cara toda babada, como se uma centena de caracóis tivesse pastado em cima dela durante uma semana.
– Começa a rezar, cadela, porque este é o teu caralho redentor! – disse-lhe eu, em resposta à expressão de terror e asco que lia nos seus olhos. – Aquele que te vai fazer gritar nas ruas, como uma velha endoidecida, o quanto gostas de foder! Nem com uma camisa-de-forças te vão conseguir segurar, vais passar o resto da vida a meter as mãos na cona até aos cotovelos só para te conseguires lembrar um bocadinho da foda que vais levar!
Eu dizia-lhe todo o lixo que me ocorria e, mesmo aterrorizada, num estertor quase surreal, ela vinha-se abundantemente em cima das minhas palavras e em cima dos quatro caralhos, contorcendo-se com gritos animais e espirrando líquido da cona em todas as direcções. Vinha-se sem o querer. Vinha-se porque não conseguia não se vir, e isso era provavelmente o que mais lhe doía. Pelo menos, assim seria até experimentar a verga do meu Menino Jesus africano…
– Eu vou primeiro porque, graças a ti, se alguém aqui merece foder o Natal sou eu! Quando estiver satisfeita deixo-te ficar com os restos… Mas não perdes por esperar… Quando ele te enfiar este pilão monumental pelo cu acima só vai parar quando o sentires a bater nos dentes! E quando estiveres empalada como uma porca num espeto, vais-te lembrar de mim: a “promíscua despudorada” que te deu o melhor Natal da tua vida!
O preto começou a foder-me devagar, mas não demorei a pedir-lhe que parasse. Simplesmente não cabia, e eu gabo-me de ser bem flexível de rata. O “instrumento” da minha justiça saíra-me, pois, melhor que a encomenda: se era demasiado espesso para a minha cona elástica, que danos não faria no cu de Teresa Maria?!
Já tinha esperado o suficiente: era hora de acertarmos contas!
– Mete-lho no cu!
O meu pretão hesitou.
– Estás a gozar…!
– Ainda não, mas daqui a bocado espero estar a vir-me que nem uma porca!
Calhando em conversa, agarrei num Pai Natal que ia a passar, pus-me de gatas e ordenei:
– Fode-me!
Bem-mandado, o barbudo ajoelhou-se por trás de mim, desviou as barbas para o lado, puxou-me o rabo para cima com um esticão na cauda, e começou a bombar na minha cona. Geralmente demoro um bocado a entrar no ritmo, mas estava tão acesa que comecei logo a gemer!
– E tu – disse para o meu príncipe do ébano – chega de conversinha mansa! Fode-lhe esse rabo até lho meteres todo para dentro! Quero ver esse olho do cu nojento a sair-lhe pela boca!
E, resignado, ele encolheu os ombros e fodeu…
Nunca tinha ouvido uma mulher gritar assim.
A cena toda junta não levou mais de meia-hora e, tão depressa como começou, extinguiu-se como uma chama passageira. Bem orquestrados, saímos do local do crime como se nunca lá tivéssemos estado. Só o rasto de destruição anal e vaginal que deixámos pelo caminho, bem assim como o cheiro que ficou no ar e os litros de esporra depositados sobre a pele de Teresa Maria (pois ela recebera todas as doses de cada um dos caralhos em laboração!) podiam fazer prova de que toda a situação tinha realmente acontecido.
Mesmo com tantas evidências, eu sei que é difícil acreditar numa história assim… Mas garanto-vos que tudo o que aqui contei é a mais pura realidade!
Pelo menos, foi assim que tudo aconteceu no meu sonho de vingança…
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com