06 dezembro, 2018 Reunião de pais
Numa segunda-feira de manhã, recebi uma chamada da minha mulher...
Considero-me um homem liberal no que ao sexo diz respeito, sempre aberto a novas experiências. Mas tenho que confessar que a vida raramente me presenteou com oportunidades menos “tradicionais” nesse campo.
Não estou a falar de pouca quantidade ou de relações menos picantes. Vejo o sexo como um processo continuado de aprendizagem e libertação de tabus, e sempre que tenho oportunidade de o praticar faço por que seja o mais escaldante possível.
Estou a referir-me àquelas experiências inusitadas que nos acontecem quando menos esperamos e nos deixam de cabeça a andar à roda. Aqueles happenings que entram de imediato para a galeria das “histórias” que os homens gostam de trocar, com exageros de pescador, quando se juntam no bar a apreciar rabos e beber cervejas.
Até há pouco tempo, do meu reportório não constava mais que um par de situações desta índole: certa vez uma desconhecida fez-me um broche no vão de escada de um edifício público; e na faculdade cumpri a fantasia de foder com duas raparigas ao mesmo tempo, uma delas asiática.
Um pobre registo, eu sei. De modo que, quando eu e a minha mulher conhecemos os pais da Mariza, a namorada do meu filho, eu era pouco mais que virgem no que a esse tipo de sexo “extracurricular” dizia respeito.
Apesar de a miúda andar sempre lá por casa, ainda não tínhamos sido apresentados aos respectivos progenitores. Tal aconteceu há cerca de três semanas, nas circunstâncias que passo a relatar.
Numa segunda-feira de manhã, ainda mal tinha pegado no trabalho quando recebi uma chamada da minha mulher:
– Sim, Carla. Diz...
– Fomos chamados à escola do Bruno. Querem-nos lá o mais rápido possível.
– Porque…?
– Nada de grave. Quer dizer, não teve nenhum acidente nem nada disso. Está em detenção.
– Em detenção? Mas porquê?
– Não disseram. Alguma merda há-de ter feito.
Fiquei furioso. Como era possível?! Pouco passava das 9h30 e o puto já se tinha metido em sarilhos!
Quando cheguei à sala da directora de turma, a Carla e o Bruno já estavam lá dentro. Com eles estava outro casal na casa dos 40 anos – da nossa idade, portanto –, e Mariza. Percebi que estava tudo à minha espera, por isso desculpei-me com o trânsito e sentei-me, observando com a discrição possível as pessoas que não conhecia.
Coube à directora abrir as hostilidades – um termo que assentava bem aos seus ares de severidade. Era uma mulher de uns 55 anos, sem outro atributo particular que a má cara e o facto de vestir roupa civil mas ter na cabeça um capuz de freira (ainda hoje me faz espécie por que razão a Carla insistiu tanto para meter o puto numa escola católica, para mais sendo eu um ateu do piorio…).
– Agradeço a vossa presença aqui tão em cima da hora – iniciou. – Mas antes de começarmos, deixem-me só apresentar toda a gente.
Apontou primeiro para nós:
– O João e a Carla são os pais do Bruno…
E depois para o outro casal:
– O Rui e a Cláudia são os pais da Mariza.
– Prazer – dissemos todos, sem sabermos ainda o quão premonitório esse mero cumprimento seria no nosso futuro.
– Como sabem, estamos numa instituição católica e temos regras bastante rígidas relativamente às práticas intercambiais dos nossos formandos. Essas regras foram quebradas hoje às 9 horas e 7 minutos, no anexo oriental da nossa Capela.
A religiosa assumiu um ar grave e pesaroso e olhou para nós como se esperasse uma reacção proporcional. Pareceu desiludida por não a obter.
– Desculpe, mas… O que se passou “concretamente”? – perguntei, visto que mais ninguém parecia inclinado a fazê-lo.
– Como assim? Acabo de lhes dizer o que se passou “concretamente”.
Tive logo vontade de a mandar para o caralho.
– Desculpe, mas não nos disse porr… coisa nenhuma. Essa vossa arte secular de maquilhar os factos com palavras sorrateiras pode ser útil para angariar alminhas incautas, sobretudo tendo em conta o produto ficcional que vocês vendem. Eu percebo isso, mas para o caso não tem grande serventia. Chamou-nos aqui de urgência, mas só nos diz coisas vagas… Sugeria que nos deixássemos de rodeios e fossemos directo ao assunto. É que, os outros não sei, mas eu tenho mais que fazer.
Sempre sentira um prazer sacrílego em contestar as manhas e artimanhas do clero, e estava a ficar irritado, o que só aumentava mais o gozo de as desafiar abertamente.
Surpreendida pela minha postura, a mulher deitou-me uns olhos diabólicos e respondeu, cheia de hesitações e tiques na garganta, procurando as palavras como quem folheia um dicionário:
– Muito bem! Se é assim que quer, dir-vos-ei tudo em bom português, e que deus nosso senhor me perdoe! Os vossos filhos foram encontrados com… hum… as vestes… hum… desalinhadas… na prática de… hum… actos… promíscuos… hum… e corruptos. Foi isso que se passou.
E benzeu-se três vezes.
– Ainda bem que explicou tudo em bom português – disse eu, com evidente ironia, antes de repetir as suas palavras – Na prática de actos promíscuos e corruptos… Não me diga que estavam a subornar o padre para os casar? Nem precisavam, visto que são ambos maiores de idade.
Ouvi uns risinhos do outro lado da sala e só então reparei na expressão dos meus parceiros de reunião: a minha mulher tapava a cara com as mãos, tentando encobrir a vergonha e a vontade de rir. A miúda estava mais ou menos na mesma, e os pais sorriam abertamente, sem nenhum tipo de constrangimento. O Bruno, não sei a quem terá saído o raio do puto, estava como se não fosse nada com ele. Já a expressão da freira denunciava claramente que os seus humores estavam cada vez menos católicos:
– Aflige-me a leviandade com que encaram a situação. Não me parece, de todo, o melhor exemplo a passar aos vossos filhos!
– Peço desculpa, o problema será meu – cortei. – Sabe, eu nasci parvo e provavelmente vou morrer parvo. Mas pode explicar-me, duma vez por todas, com palavras que eu e toda a gente entenda, o que é que esses palermas fizeram?!
E pela primeira vez ouvi a voz rouca de Cláudia:
– Ó homem, foram apanhados a foder na sacristia!
Foi um grupo silencioso de pais e filhos o que saiu da sala e atravessou os corredores da escola. Cada passo foi dado a olhar sempre em frente, esforçando-nos todos ao máximo para manter a compostura. Só ultrapassado o portão da saída nos sentimos a salvo para libertar a tensão acumulada. Então, desmanchámo-nos todos a rir!
Rimo-nos durante quase cinco minutos sem parar, literalmente agarrados uns aos outros.
– Os sacanas dos miúdos! – desabafou finalmente o Rui.
– Vocês sabiam? – a minha mulher olhava para a Cláudia.
– Que eles se andam a comer? Claro, a Mariza conta-nos tudo. O que é que se pode esperar de miúdos de 18 anos!
– O que eu acho mais espantoso – disse eu – é esta malta ter tesão logo às 9 da manhã!
Rimo-nos todos outra vez.
– Até parece que não eras assim quando tinhas a idade dele… Deitavas-te com ele teso e acordavas com ele teso! – respondeu-me a Cláudia, como se me conhecesse desde sempre.
O seu comentário era a mera elocução do clássico boys will be boys, mas a estranha familiaridade com que o fez foi suficiente para deixar a minha mulher agitada. Ainda assim, não parecia uma agitação no mau sentido.
Galhofámos nesse registo durante mais uns minutos e, como todos tínhamos um trabalho à espera, combinámos beber um copo à noite, na casa deles, para nos conhecermos melhor.
Ao acompanhar a Carla ao carro, e achando-a demasiado quieta, perguntei:
– Está tudo bem?
– Tu viste a maneira como ela fala?
– Vi. Sem papas na língua... Incomoda-te?
– Bem… Sim… Não… Um bocado… Não sei.
Olhou-me nos olhos e decidiu-se:
– Acho que me deixou excitada!
Na minha cabeça começaram a tocar sinos natalícios. Olhei em volta e, constatando que a costa estava livre, encostei-a contra o carro, levantei-lhe ligeiramente o vestido e meti-lhe a mão na cona.
– Queres ir até ao campo dar uma rapidinha no carro? Ao tempo que não fazemos isso... – sugeri, já meio a salivar.
Ela deu um gemido imediato, assinalando estar pronta para as festividades. Mas outros valores se levantavam ao mesmo tempo que o meu caralho.
– Não posso, já estou muito atrasada. Mas logo fodemos!
Depois de jantar, como combinado, apresentámo-nos na casa dos nossos “compadres”. Os miúdos foram imediatamente para o andar de cima “ver televisão”.
Nós, os chatos dos adultos, retomámos rapidamente as piadas da manhã, que foram aumentando de tom sob os efeitos do whisky
velho que o Rui ia servindo.
Eram pessoas de trato fácil, extremamente abertas, talvez até demais. Durante o serão, vi a Carla corar por mais que uma vez. Mas o vermelho só lhe subiu definitivamente às faces quando começámos a ouvir os ruídos que vinham do primeiro andar. Calámo-nos todos a olhar para o tecto, estupefactos com a ousadia dos putos. O som não enganava: era uma cama a ranger!
– Será pirraça dos malandros para ver se nos apanham? – interrogou-se a Cláudia.
– Seja lá o que for, lembra-me de passar um pouco de óleo nas juntas da cama! – matou o Rui, às gargalhadas.
A ligeireza com que encaravam a situação era desarmante e percebi pelo canto do olho que a Carla se sentia cada vez mais afectada. Conhecia bem aquela expressão: estava com o desejo a escalar!
– Vou lá acima ver o que se passa – decidiu a Cláudia.
E não pude deixar de a observar a subir delicadamente as escadas, como se fosse uma pena a levitar mas sem deixar de bandear as nádegas para benefício dos espectadores. Até a Carla ficou impressionada.
Cláudia era pequena, com pouco mais de um metro e meio. Tinha as pernas curtas e bem desenhadas, que mal cobria com uma mini-saia, tão mini que numa mulher de tamanho médio seria classificada como um cachecol. Dentro desse fiapo, habitavam duas circunferências perfeitamente delineadas, que deixavam adivinhar carnes fortes e ao mesmo tempo macias, como se quer. Senti vontade de a seguir e cheirar aquele rabo como um rafeiro a abanar a cauda…
Entretanto, o Rui levantou-se, pegou no balde de gelo que já era quase só água e começou a dirigir-se para a cozinha.
Aproveitando a “aberta”, Carla pôs-me a mão entre as pernas e segredou-me ao ouvido:
– Vamos para casa! Estou cheia de tesão!
Depois de o dizer, olhou-me espantada por sentir o meu pau duro. Não sei se pela atmosfera da conversa, se pela mini-saia da Cláudia, eu tinha ficado teso mesmo sem dar por isso.
Ouvimos a porta da frente a bater e, segundos depois, a mini-mãe da namorada do nosso filho voltou a entrar na sala:
– Era meio pirraça, mas mais tarde ou mais cedo ia deixar de ser. Mandei-os para vossa casa. Há problema se a Mariza dormir lá?
A cara de Carla parecia perguntar: “Mas quem é esta gente?”. E de facto, era como se estivéssemos a travar conhecimento com a família feliz de um filme porno!
Fosse como fosse, o plano de irmos para casa esfodaçar como dois adolescentes estava fora de questão, pois o nosso lugar estava prestes a ser tomado pelos verdadeiros adolescentes…
– Não se preocupem. É tudo natural e mais vale assim do que andarem a fazer coisas às escondidas. – continuou a Cláudia. – A Mariza sabe tudo sobre profilaxia. E, para além disso, assim ficamos mais à vontade.
Quase não tivemos tempo de reagir ao nosso próprio desconforto, pois nesse momento o Rui voltou à sala com uma grande travessa de sapateiras já cozinhadas.
– Lembrei-me que tinha cá este pitéu. É bom para cortar um bocado o
whisky
. Já volto com as tábuas e os martelos.
Demorou-se um bocado e quando voltou com os apetrechos já vinha de avental posto. Quando digo de avental posto, quero dizer que “só” tinha o avental sobre a pele. De resto, estava completamente nu!
Com a maior das naturalidades, distribuiu aventais por toda a gente. Sem querer, deixou cair o da Carla e quando se baixou para o apanhar quase enfiou o olho do cu no nariz da minha mulher.
A Cláudia começou logo a despir-se também, sem se preocupar minimamente connosco.
– Eu não sei como vocês costumam fazer, mas cá em casa gostamos de ficar à vontade para nos lambuzarmos todos.
Eu estava atónito com tudo aquilo – como vos disse no início, este é o género de coisas que nunca me acontece!
Senti-me embaraçado e não sabia se havia de olhar ou desviar os olhos do strip da Cláudia. Finalmente, porque Carla a fixava por sua vez, achei que seria falta de educação armar-me em púdico. A visada apanhou-nos a olhar e sorriu:
– Cada vez dá mais trabalho, mas acho que ainda estou em boa forma. Não acham?
Eu achei logo que sim, mas estava demasiado embasbacado para dizer alguma coisa. Mas a minha mulher confirmou:
– Tens um corpo lindo.
E tinha mesmo. O cu mais redondinho que alguma vez vi, ancas fabulosas e umas mamas pequenas, quase de teenie, mas perfeitas e bicudas.
– Obrigada, querida. Tenho a certeza que vou retribuir o elogio. Vista daqui, pareces-me muito bem…
Carla engoliu em seco, sem saber o que fazer com aquela sugestão encapotada para se despir ela também.
Indiferente às nossas hesitações, a nossa anfitriã ia papagueando sem o mínimo complexo:
– O Rui é que não quer saber de nada. Diz que a barriguinha é sexy, mas só se for para ele. A mim só me dá jeito para encostar a cabeça quando o chupo.
“Sem papas na língua”, pensei.
Meio atordoado, vi que Carla começava a tirar a roupa, mas mantendo as cuecas e o soutien e vestindo o avental por cima. Guiado por ela, fiz o mesmo, mas como senti que ia ficar mais protegido, despi também as cuecas. Nenhum dos nossos anfitriões teceu qualquer comentário aos nossos gestos.
Sentados à mesa, começámos a martelar como se não houvesse amanhã. Cláudia meteu uma pata na boca e começou a chupar o suco de carne da sapateira.
– Isso parece-me familiar, querida! – disse-lhe o marido.
E riram ambos daquela referência íntima. Nós íamos sorrindo e comendo, chupando com timidez e observando. A dada altura, um pedaço de marisco resvalou para dentro do decote de Cláudia, que sinalizou o evento com um gritinho. Sem meias medidas, o Rui puxou-lhe o avental e começou a lamber-lhe o intervalo entre as mamas. Ela reagia com gemidos marotos:
– Hummmmm…
Quando ele acabou de a lamber, deixou-lhe uma mama de fora e depois beijaram-se com a boca cheia de sapateira, apalpando-se com as mãos todas untadas.
Carla olhou para mim e eu olhei para ela. Estava com aquela cara que nunca me enganava, nem essa era a intenção. Com a mão, desviou-me o avental na zona da cintura para avaliar o grau do meu entusiasmo. O meu caralho parecia o tridente do Neptuno: duro e imortal!
Então, com uma decisão que ainda hoje nos surpreende a ambos, levantou-se, baixou as cuecas, virou a minha cadeira para ela e disse para quem a quis ouvir:
– Vocês desculpem, mas…
E sentou-se sobre as minhas pernas, de frente para mim, enterrando a cona encharcada na minha picha dura.
Assim que entrou, começou logo a agitar as nádegas, num ritmo pouco usual nos nossos inícios. Ocorreu-me que assim não iria aguentar muito e ela deve ter percebido a minha aflição, porque baixou imediatamente a cadência. Subia e descia agora com vagar, enterrando-se bem até ao fundo e elevando-se quase até a ponta sair.
– Espero que não levem a mal… – disse, com a voz gemida, voltando o olhar semicerrado na direcção dos nossos amigos. – É que desde manhã que estava a precisar disto…
Fechava os olhos e abanava a cabeça aos repentes, com uma tesão que me inundava as pernas de líquido morno.
– Não te preocupes connosco, querida. Aliás… – disse Cláudia, levantando-se rapidamente da cadeira. – Espero que não leves tu a mal se eu…
Aproximou-se por trás e enfiou um dedo no rabo da minha mulher.
– …te foder o cuzinho com o meu dedo lambuzado.
Carla deu um pequeno grito e deixou cair a cabeça sobre o meu ombro, aproveitando para o morder com demasiada força. Não reclamei.
– Gostas, querida? Gostas que eu te foda o cuzinho com o meu dedo lambuzado?
– Gosto… Gosto… Gosto…
Sincronizava a resposta com os sacões que dava às ancas em cima do meu caralho.
Vendo a mulher ligeiramente dobrada, foi a vez de o Rui chegar por trás dela e lhe enfiar a pila num buraco, não posso precisar exactamente qual. Fê-lo com brusquidão, conjurando uma leve queixa da perfurada:
– Devagar, querido! Ai, é tão bruto, este homem…
Mas ele não acalmou, continuou a dar-lhe com a mesma força. Ouviu-se logo o flap flap das virilhas dele a estalarem no rabo dela, que por sua vez gemia harmonicamente sobre o compasso daquela percussão.
– Ai, foda-se, fodes-me bem… Fode-me querido, fode!! Vou meter só mais um, querida – disse, avisando a minha mulher que lhe ia aumentar a dose de dígitos no buraco do cu.
Percebi pelo seu gemido a altura exacta em que foi novamente penetrada, agora com reforço.
– Ah, porra, que isso é bom! – foi a resposta da Carla.
– Vou fazer devagarinho, antes que o bom faça bom-bom!
E rimo-nos todos daquela conversa de merda.
Cláudia assumira com naturalidade o papel de directora de operações. Todos tínhamos a nossa dose de devaneio, isso era inquestionável, mas a mini-mãe era uma verdadeira maxi-loba. E partilhava o seu apetite sexual com generosidade.
– Querido, tens que experimentar este marisco – disse para o marido. – Prova para ver se gostas.
E, tirando os dedos do cu da minha mulher, meteu-lhos na boca. O homem sorveu-os com gula, e replicou:
– Delicioso, querida! Achas que ela quer provar o meu?
E Cláudia de novo para a Carla:
– O que dizes, meu amor? Deixas o meu homem enfiar-te a pila no rabinho? Está bem aberto e molhadinho, não vai fazer dói-dói.
Ela tinha esta forma de falar, misturava na conversa as coisas mais nojentas com as expressões mais infantis. Dava piada e tusa ao mesmo tempo!
Com a Carla a cavalgar cada vez com mais força em cima de mim, eu era pouco mais que um refém da situação.
Nada do que eu fizesse ou dissesse teria o poder de permitir ou impedir o que quer que fosse naquele teatro de volúpia. Por isso, abstive-me de objectar quando, com total desfaçatez, se propuseram enrabar, à minha frente, a mãe dos meus filhos. Para dizer a verdade, desejava que ela dissesse que sim para a ver ainda mais desvaiarada do que já estava.
Não sei muito bem o que se passou a seguir, mas quando dei por mim tinha a cona rapada da Cláudia à frente da minha boca. Com um contorcionismo digno de uma Nadia Comăneci
, tinha-se empoleirado na cadeira de maneira a ficar com as pernas abertas à frente do meu nariz e com o rabo aberto virado para a minha mulher.
– Chupem-me tudo, meus amores. Lambam-me esse cu e essa cona, chupem-me os buracos todos!
Eu ia começar a fazer isso mesmo quando ouvi a Carla libertar um guincho lancinante. Era o Rui a espetar-lhe o caralho muito lentamente nas traseiras.
Em cuidado, perguntei:
– Estás bem, Carla?
Ela começou a rir-se.
– Espera um bocado, já te digo… Foda-se, temos que fazer isto mais vezes. Foda-se, que é tão bom!!
Depois de um bocado naquele mata-mata, Cláudia acabou por nos arrastar para o quarto, onde tínhamos mais espaço de manobra. Aí, foi uma festa de broches, minetes, fodas e enrabanços, até que, não vou dizer que nos viemos todos ao mesmo tempo, mas viemo-nos todos, cada um no seu momento. Eu espirrei como um bútio, mas acho que a minha mulher bateu todos os recordes do espalhafato orgásmico. Nunca a tinha visto a vir-se daquela maneira!
Não sei se por educação ou deboche, tanto eu como o Rui tirámos as pilas para fora e ejaculámos para onde estávamos virados. Resultado: acabou tudo cheio de esporra e mel de cona, sem saber a quem pertencia qual pincelada e se era de macho ou de fêmea.
Estivemos quase duas horas naquilo até que, esgotados, demos por finalizada a nossa “reunião de pais” e agendámos a retoma dos trabalhos para o dia seguinte.
A partir de então, duas coisas se alteraram na minha vida: primeiro, o meu portfólio de experiências sexuais avolumou-se consideravelmente; segundo, aprendi a dar muito mais liberdade ao meu filho. Afinal, o que é que se pode esperar de miúdos de 18 anos? É apenas natural...
Assim, quando eles estão numa casa, nós estamos na outra, cada parte ocupada nas suas distintas “práticas intercambiais”. Eles vêem televisão, nós fazemos mariscadas, e quase todos os dias dizemos esta mentira inocente uns aos outros. Sabemos que mentir é pecado, mas que se foda. Nós até somos ateus…
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com