16 abril, 2018 Crónicas de uma sonhadora
A cada penetração conseguia sentir o seu pulsante e urgente pénis dentro de mim...
Não sabia o que esperar. Nunca me tinha deparado com uma situação daquelas antes. Não sabia o que sentir, mas as minhas entranhas diziam-me para seguir em frente. Era por isto que tanto esperava.
Era sexta- feira à noite e lá estava eu por Lisboa como já era habitual. Todas as semanas, pelo menos no último dia, na véspera de folga, depois do expediente ficava por ali. Era o meu ritual. Assistir ao magnífico espectáculo que é o pôr-do-sol junto às margens do nosso Rio Tejo, acompanhada de uma bela e fresca cerveja. Por vezes a diversão continua noite dentro, outras vezes, simplesmente, não.
Naquela noite havia uma comemoração e mantive-me por ali. A minha amiga Melga estava cá e ia fazer anos. Não faltava muito tempo, cerca de 3 semanas, mais ou menos, e a comemoração tinha que ser especial. Seria o último ano que comemoraria solteira. A Melga ia casar-se. Queria que tivesse um aniversário em grande estilo. Conhecemo-nos desde crianças e somos as melhores amigas. Por isso, e como boa BFF que sou, já tinha imensos planos para a ocasião, mas claro,os seus outros amigos e BFF's também tinham uma palavra a dizer e foi então por esse motivo que nos decidimos juntar. Tínhamos ideias a discutir.
Aviso-vos que não me recordo de metade. Foi uma noite intensa para todos, se é que me faço entender. Mas adiante.
Todos nós sabemos que os locais mais porreiros para frequentar estão todos à distância de uma longa subida. Por mais fascinantes que as ruas da cidade de Lisboa possam ser, apenas quando estou alcoolizada é que as subo alegremente, com um sorriso estampado no rosto e sem praguejar. Em certas circunstâncias do nosso dia revelam-se um obstáculo realmente inconveniente e exaustivo. Como por exemplo, naqueles dias de nortadas fortes, a cada passo que dou recuo três para trás. O percurso que deveria ter percorrido em dez minutos, demora-se o triplo ou o quádruplo do tempo. Uma massada, mas o povo lisboeta já está habituado, “é o pão nosso de cada dia”.
Mas a malta quis e teve que ser. Não ia dar parte fraca.
Após uma longa e cansativa subida consegui cortar a meta. Bem! Quase que me esfalfava, não fosse o José, o tipo que me deu uma mãozinha. Grande Zé! Balançava por todos os lados, bêbeda como um cacho. Não sei como é que aquela cerveja resistiu na minha mão. Na verdade já nem sabia como tinha vindo cá parar.
Chegámos ao bar que umas das amigas da Melga tinha sugerido, a Jéssica, uma outra BFF. A música era porreira! House Music! Felizmente que tinha uma companhia para a noite inteira e a verdade é que depois daquela minha apresentação precisava mesmo. Tenho que aprender a controlar este meu outro lado que tem por hábito vir à rua pelo menos à sexta-feira. Só me faz passar vergonhas, mas já estava! Agora já não conseguia controlar. E aquela música? Já a sentia em todos os movimentos e o meu corpo só me pedia que continuasse naquele shake-shake. Acho que pelos menos as mulheres conseguem entender o que é! É uma cena muito nossa!
Raptei o meu companheiro de guerra. Obriguei-o a sair da sua zona de conforto e a juntar-se a mim naquele círculo de gente doida que de uma forma muito desajeitada só mexia os membros sem qualquer jeito sexy.
Olho para ele e rio-me perdidamente. Sinto que tenho novamente dezoito anos. Sem preocupações, problemas, responsabilidades, absolutamente nada. Apenas penso em desfrutar do momento e divertir-me!
Eis que do nada o tipo agarra-me e beija-me!
Whaaat??? Nunca senti nada por ele. Tesão? Sim, até lá ia. Mas... também lá ia com o giraço que tinha visto passar-me ao lado há 3 minutos atrás! Era simplesmente isso, mas já se sabe como é, um copo leva a outro, um beijo também e ele ia-me levando a mim. Quando dei por isso era um verdadeiro espetáculo de carnificina. Devorávamo-nos como se não houvesse amanhã. Aquilo sim foram beijos! Que beijos! As nossas bocas pareciam conhecer exactamente o caminho uma da outra, a perfeita conexão, sem emoções ternas, apenas carnais, o que nos dava ainda mais vontade.
"Anda! Vamos embora! Vem passar a noite comigo!" - dizia enquanto me beijava.
Sem que pudesse parar, questionei-o: "Então e a Melga?" - e continuo - "A tua amiga é a minha melhor amiga. Ela mata-me se me vou embora!"
Olhámos ambos para onde ela se encontrava. Rodeada pelos nossos amigos lá estava ela, feliz e agradecida pelo momento proporcionado especialmente para si.
Numa troca de olhares apenas, entre mim e o Zé, despedimo-nos de todos, sem qualquer alarido ou sinal do que aquilo significaria. Parecia que nos conhecíamos há bastante tempo. A nossa telepatia era fantástica.
Despedi-me da minha amiga. "Minha Melguinha sabes que trabalhei o dia inteiro e estas noitadas dão-me cabo do coiro. Perdoas-me? Tenho mesmo que ir!". Ela é uma querida e compreende-me como ninguém. Piscou-me o olho e disse-me com aquela cara de gozo: "Claro que sim fofinha! Garante-me só que "gozas" desse sono como ninguém!”. Ai como a minha Melga é tão perspicaz!
Fui ter com o José ao carro, como combinado.
"Já te disseram que estás muito bonita?" - interpelou-me mal entrei no carro.
"Não vou perder tempo com essa conversa." - respondo-lhe muito rápido e continuo - "Vais-me comer ou... essa vontade e confiança toda que tinhas até há instantes atrás não passava de conversa fiada?"
Não lhe dou tempo para me responder, pois já estou em cima dele. Beijava aqueles lábios carnudos e envolvia a minha língua na sua como se de uma corrida entre o gato e o rato se tratasse. Já não o largava. Mordiscava-o aos poucos. Entrava em êxtase e afastei-me. Vi naqueles olhos verdes, tórridos e maliciosos, que me queria mais. Eu respirava fundo, para acalmar a minha leoa, enquanto me sentia cada vez mais molhada.
Não há nada como a tesão entre dois corpos. Uma simples respiração ao nosso ouvido pode perfeitamente ser equivalente a três dedos bem fundos dentro da nossa vagina.
Sentia que a cada instante que passava ele ficava com mais gana. Queria ter-me sob o seu controlo. O momento foi devastador, arrebatador, desafiante. Aqueci apenas com a maneira com que me encarava. Olhava para os meus pormenores. Agarrou-me no seio, através dos tecidos das roupas que ainda tinha vestida. Senti a sua ânsia, a sua fome; com a outra mão segurou na minha e encaminhou-a com determinação para o alto que era já evidente a sobressair nas suas calças. Obrigou-me a senti-lo através das suas roupas.
Não nos encaramos, os nossos olhos estão mais interessados em seguir os movimentos dos nossos corpos, apenas dos nossos corpos. Não é medo ou receio, mas vontade de apreciar aquele corpo que está à nossa frente e que mais tarde será possuído. Estamo-nos a deixar levar pelo impulso, pelo lado selvagem, pelo animal que vive dentro de nós. Se era essa a intenção dele, para esta noite... estaria prestes a conseguir.
Ligou o carro e seguimos até ao seu apartamento.
Sinto calor. Tanto calor. Não consigo controlar a minha vontade e com a ajuda do álcool as minhas mãos serpenteiam ao longo dos meus membros até que coloco as minhas mãos malandras entre as minhas pernas. Tenho as coxas a ferver. Sinto que transpiro. Estou colada aos estofos. Não aguento mais esta sensação. Sinto-me presa, tenho que me libertar rapidamente. Decido brincar comigo e com ele. Dispo as minhas calças, desvio as cuecas e com as costas encostadas à porta e de pernas dobradas, abro-me para ele e permito-lhe uma visão que se tornava tão dolorosa de suportar, pois não podia tirar as mãos do volante, tinha de continuar a conduzir. Deixo que veja como lentamente encaminho os meus dedos até ao meu sexo com movimentos suaves de vai-vem. Toco-me.
" Vês como estou húmida?... Sente!"- passando os meus dedos molhados sobre a sua boca. "Ela está ansiosa por te ter!" - continuei a provocá-lo. Chego-me mais perto dele, colocando o seu braço entre os meus seios permitindo-lhe que os sentisse, encosto a minha boca ao seu ouvido e sussurro-lhe: "Anda...Mostra-me o que és capaz de fazer...”
Depois de uma tortuosa viagem, encontramo-nos agora dentro da garagem do seu prédio. O meu corpo sente neste momento uma mistura de sentimentos.
Os meus pensamentos são interrompidos ao aperceber-me que o José desligou o carro. Abruptamente, coloca a sua cara junto do meu sexo. Com a ponta da língua atravessa os meus lábios vaginais até encontrar o meu clítoris. Estimula-o vagarosamente. Passa a ponta dos seus dedos ao longo do meu sexo. Demora nos seus movimentos. Leva os dedos à minha boca e sussurra-me, enquanto os coloca lentamente dentro da minha boca, envolvendo-os na minha língua: “Como gostei do teu sabor...”
Com um ar autoritário diz-me: “Anda. Agora vou-te mostrar do que sou capaz...”. Ao ouvir estas palavras o meu coração que já estava descontrolado ainda mais ficou. “Onde me vim meter? Que tipo de fera soltei eu??” - questionava no meu interior.
Segui-o até estancar perto da porta da divisão da casa que ele queria que eu entrasse. Mirei-a. Aproximei-me dela, receosa, porém ao mesmo tempo curiosa por não saber o que me esparava do outro lado daquela porta.
Nada de mais, pensava eu. Apenas um quarto de hóspedes aparentemente normal, até que sinto uma mão a segurar-me com firmeza na cintura, que me coloca frente a frente com um olhar ardente. Devora os meus lábios. Percorre-os com a ponta da língua. Coloco-lhe um dedo sobre a sua boca e beijo-o. O meu dedo desliza para dentro da sua boca, enrola-se na sua língua, sente-a. Que momento aterrador. Ardia, ansiava. A minha vagina já palpitava sedenta por sentir aquele pau dentro mim.
Já em cima da cama com a nossa pele colada uma à outra, ansiando por tê-lo dentro de mim. Ele levanta-se e caminha na direção de um armário, que desde o início despertou a minha curiosidade. Suspiro olhando para o tecto e questiono-me ao ver-me refletida num espelho que ainda não tinha visto: “Uau! O álcool ainda não passou...”
Depois de um momento de divagação volto ao momento em que estou e observo-o. Ainda se encontra junto daquele armário, agora aberto, que dispunha de vários tipos de instrumentos. Ele admirava-os, com um olhar interrogativo do género: “O que utilizar primeiro?”
Escolhe umas cordas. Com um olhar determinado vem até junto de mim, deposita um beijo possuidor enquanto me agarra nas mãos e as começa a amarrar subtilmente. Eleva-me os braços de forma a amarrar-me àquela cama de ferros. Solta-me. Com outras duas cordas prende-me as pernas a cada extremidade da cama. Afasta-se. Vai novamente ao armário. Abre uma das suas gavetas. Levanto a cabeça na tentativa de conseguir ver o que ele fazia naquele momento. Vejo que trás dois vibradores. Caminha até mim. Beija-me, calmamente, o corpo, do pé até aos lábios, enquanto numa das mãos já tinha um vibrador, pronto para mim. Percorre todo o meu corpo com a sua língua e suspende o seu percurso nos meus pontos mais fracos.
Estimula o meu clítoris com um vibrador, enquanto que o outro se encontra entre os meus seios, percorrendo-os alternadamente. Amordaça-me. Quer-me calada ao mesmo tempo que me quer ver salivar.
Aquele vibrador que estava dentro de mim, levava-me à loucura. Mil sensações... uma mistura de calores e tremores por todo o meu corpo. Já não sabia o que fazia. O meu corpo agia sozinho. A minha mente está a ser levada pelas sensações, só queria mais... mais! Quando sem aviso, ele eleva a minha cintura, retira-me o vibrador e coloca-o no meu ânus enquanto que com a outra mão ia introduzindo o seu pénis, bem fundo dentro de mim... Gritei de prazer. Aquela primeira estocada foi demasiado prazerosa. Levou-me até Plutão e regressei assim que me dava mais uma e outra estocada. Estava desvairada. Ele tocava-me e usava-me.
A cada penetração conseguia sentir o seu pulsante e urgente pénis dentro de mim, que era apenas separado por uma fina barreira que me permitia sentir a vibração no meu interior. Aquele vibrador cheio de saliências e bolinhas e que fazia rodopios dentro de mim, fazia verdadeiros milagres.
Desprende as cordas que me ligam à cama, sai de dentro mim sem querer saber se eu estava ou não a atingir o orgasmo. Manipula-me como se eu fosse uma boneca. Coloca-me de quatro em cima daquela cama e com o vibrador ainda dentro de mim torna a penetrar-me. Agora com mais emoção e com tanta força que parece que sinto a minha carne a rasgar a cada pancada que ele me dá. Grito ao sentir o toque do seu dedo no meu clítoris que estava tão quente e palpitante. Como o meu corpo estremece...
Não me reconheço! Algo novo foi descoberto.
Após voltas e baldrocas naquela cama tão suave e reconfortante viemo-nos num único som. Encostou-se a mim. Sentíamos os nossos corpos colados por tanta tesão sentida nessa noite.
Extasiados. Saciados. O álcool, já lá vai... Repouso a minha cabeça sobre o seu peito enquanto passo a minha mão ao longo do seu tronco suado com a respiração ainda descontrolada.
Que noite!
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...