10 novembro, 2022 Mulher Quente
Quando fresca lhe davam os calores
Não se deixava ficar por meros favores
Dava fodas que cansavam os extintores
Chegou mesmo a queimar os cobertores
Jamais se vira cona mais ardente
Só admitia caralho condizente
E no final, se permanecia carente
Lavava-se por baixo com aguardente
Os seus dias eram tórrido lamento
A snaita em sobreaquecimento
As mamas esbraseadas num tormento
O cu a assar postas de cimento
Bem se despia e fugia do sol
Mas a racha fritava qual rissol
Os mamilos derretiam comó brinhol
Estiraçada empapava o lençol
Enfim levaram-na ao doutor
A ver se lhe passava o calor
Mas a receita de pomadas e tisanas
Só lhe atiçou ainda mais as ganas
Quanto mais esfregava mais lhe ardia
A cona e a limítrofe freguesia
De tal ordem que entrando em combustão
Tiveram que chamar a corporação
Apagado o fogo intenso inicial
Veio o bombeiro-chefe ver o estrago
Renasceu ela das cinzas nupcial
Baixou-lhe as calças e abocanhou-lhe o nabo
Comeu-o ali mesmo sem batatas
Só o largou ao deitar fumo da paxaxa
Mas o bombeiro não dava parte fraca
A sua mangueira era mais uma matraca
No broche arrancou-lhe a dentadura
No cu tatuou-lhe uma assadura
Finalmente esguichou farto na ranhura
E assim lhe pôs água na fervura
Dizem agora que ela é tesa
Que mais calma ficou ainda mais bela
Não quer dizer que não ande sempre acesa
Pois só refresca à base de esporradela
Benefício nosso
O problema dela!
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com