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14 agosto, 2020 Caixa de Pandora

Quase em tortura até começar a fazer mais pressão e fazê-la vir-se nas minhas mãos.

Tudo começou numa reunião de apresentação do hospital onde acabava de chegar. Éramos oito, recém saídos da faculdade, quatro rapazes e quatro raparigas, parecia propositadamente à conta. Troca de olhares nervosos, meias palavras, típico de um primeiro emprego, ouvíamos atentamente a apresentação do serviço pela enfermeira chefe. Mas eu… estava noutra onda, seguro ou convencido, difícil dizer qual deles era! Isto porque, estávamos sentados numa mesa redonda a dois lugares de distância, precisamente onde incidia a luz da janela, e fixei o meu olhar nela.

Caixa de Pandora

Estagiária também com cabelo preto comprido, olhos rasgados, já de farda vestida e era tudo o que sabia. Já a tinha visto desde que ambos cruzámos a mesma porta e desde aí que não lhe tirei os olhos de cima. Muito discretamente, pois fingi não querer saber. Mas no fundo só esperava saber mais, ouvir o nome, conhecer a sua voz.

“ Elisabete” disse. “Bety” para os amigos, enquanto sorria para todos e ninguém, sem saber para onde olhar. A partir daí… bem a partir daí…

Trabalhar com tanta gente tem destas coisas, éramos mais de 200 pessoas no hospital mas havia sempre desculpa para nos cruzarmos, afinal de contas trabalhávamos para o mesmo.

Aquele click inocente, avança para troca de números e foi um instante. Os dois divertidos, os dois atrevidos. Mensagens sem parar, segredos, aquele toque quando passávamos um pelo outro. Depressa percebemos que a tensão entre nós era demasiada. Ela era directa e não se continha, e eu, foda-se, eu nunca tive papas na língua.

Combinamos um café num bar poucos dias depois. Estava imenso barulho, queríamos exibir a nossa roupa "civil" um ao outro. Fora das fardas pela primeira vez. Agora sim, o glamour do salto alto, do calção de sarja preto bem curto, o top de renda branco e eu de t-shirt cinzenta, calças pretas e o perfume. Sim, o perfume não podia faltar. Sabia que ela era doida por CK, já mo tinha dito e não lhe queria facilitar a vida.

A bebida estava boa mas só queríamos sair para apanhar ar. Tínhamos chegado em carros separados, literalmente a primeira vez que nos víamos fora do hospital mas tivemos a sorte de encontrar lugares um ao lado do outro. Falávamos encostados ao carro dela… a olharmos fixamente e a medir cada pedaço do corpo um do outro. Sem qualquer tipo de pudor, sem meias medidas. O olhar dela dizia-me de cima a baixo que me queria e o meu estava perdido entre o decote e aquele triângulo de um calção justo.

Já não conseguíamos olhar nos olhos, a provocar um ao outro, até que o que estava para acontecer, aconteceu. Não dava para fugir. Um primeiro beijo daqueles que queres sentir os lábios, primeiro o de cima, depois o de baixo, bem molhado e lento mas intenso. Encostei-a ao carro e ficamos a beijar-nos naquela espaço de estacionamento, escuro, cheio de tantos outros carros.

Mãos perdidas, na cintura dela, atrás da cabeça, pescoço, estamos esquecidos do tempo e do espaço. Eu sabia que ela adorava sítios públicos, tal como eu, só não sabia até que ponto, nem quão longe estava disposta a ir. De repente virou-se de frente para a porta do carro e roçou-se em mim. A saber perfeitamente que o rabo dela era o meu ponto fraco. Tão depressa o fez como a seguir se virou outra vez. Fomos interrompidos por transeuntes que passavam no passeio. Nem o lampião apagado nos salvou, estávamos muito juntos da estrada, demasiado perto de tudo e de todos. Ela parou, eu parei. Mas não era nem de longe nem de perto a vontade que tinha. Só pensava em fodermos ali mesmo. Mais uma chamada de serviço e fomos obrigados a quebrar o momento. Dia acabava assim com a certeza de continuar.

Mais tarde por mensagem disse-lhe que por mim não teria parado. Sem receio do que ela fosse dizer, afinal de contas, não ia parar agora de a provocar. E a resposta dela?  A resposta dela matou-me:

“ Se não querias parar, não parasses ”.

No dia seguinte, no hospital, não sosseguei enquanto não nos cruzámos. E por azar ou sorte, foi logo pela manhã. Às 8h, ainda nem tinha bem aberto a pestana e que bela surpresa! Toco-lhe no pulso enquanto nos cruzámos e paro no seu ouvido, suficientemente perto para ser um segredo mas longe o suficiente para ninguém suspeitar. E só lhe disse:

- Anda ter comigo às escadas de serviço…

- Estás doido?! Quando?! – pergunta-me.

Afastei-me e disse-lhe só a mexer os lábios de forma que percebesse:

“A.G.O.RA!!”

Ela sorriu, olhou em volta e veio atrás de mim.

Subimos meio andar, para termos a certeza que estávamos mais seguros e foi instantâneo! Beijo desenfreado, agarro-lhe o rabo e encosto-a à parede, ela alça a perna e dobra-a para trás de mim. Encaixados, loucos de desejo, deslizo a minha mão para o rabo dela. Por dentro das calças, sem pensar duas vezes. Levanto a ponta das cuecas para passar o meu dedo e com dois dedos, separo o fio dental da sua pele. Ela suspira e reage, morde-me o lábio com força tanto que fiquei a sangrar. Os meus dedos deslizam para baixo, queria tocar-lhe, sentir como estava. Conseguia sentir o calor nos dedos… Mas não lhe queria tocar pela frente, queria fazer assim mesmo. E foi o que fiz, enquanto me dava beijos no pescoço, toquei-lhe, sentia-a molhada, tão molhada que os meus dedos nem pararam mais… Penetrei-a ali mesmo, com o meu dedo e depois dois! Alternava entrar e massajar-lhe o clitóris. Ela não queria saber de onde estávamos e eu muito menos. Parecíamos desligados, olhos fechados mas com os ouvidos bem atentos à porta.

A mão dela desceu e tocou-me. Estava duro, foda-se, se estava. Ela não baixou as calças, nem sequer me despiu. Só o ajeitou para cima e ele saía fora dos boxers. Ia fazendo círculos na pontinha molhada, até o agarrar com a mão toda. Disse-lhe ao ouvido:

- Quero te fazer vir aqui!

- Não pares… – Responde-me.

Continuámos grudados um no outro, sem descolar com toques desmedidos. Ela por momentos abrandou o ritmo e percebi que estava demasiado perto de se vir. Foi aí que fiz tudo o que queria, tê-la nas minhas mãos, toquei-lhe no clitóris, em movimentos de dois dedos, de esquerda para a direita, suavemente e com menos pressão, quase em tortura até começar a fazer mais pressão e fazê-la vir-se nas minhas mãos. A perna alçada já me apertava com vontade própria e foi nesse momento que a vi abrir os olhos e olhar-me de frente. Agarrou-o furiosamente e sem pena de mim. Tão rápido que mexia a querer fazer-me vir para onde fosse, não estávamos de todo preocupados mas devíamos, eu sei.

Vim-me a tentar fazer o menor barulho que conseguia. Apontou para a minha farda, não havia nada que pudesse fazer. Sorrimos tanto naquele momento. E ela ainda gozou comigo, pela minha farda e com o que acabou de fazer.

Lá me safei com uns lenços que tinha no bolso mas a mancha não saiu, tal como a lembrança daquelas escadas…

Alexa

Alexa

Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...

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