09 março, 2024 Trabalho remoto é o futuro ou o passado?
O que se diz futuro, não o é! Há anos que isto acontece...
Fala-se muito em trabalho a partir de casa como algo que irá fazer parte do futuro. Este método ganhou mais proporções durante a pandemia, e muitas empresas apostaram nisso.
Muitas das grandes empresas têm o seu apoio ao cliente através do trabalho a partir de casa. Por vezes até chega a ser evidente, pois ouvem-se crianças durante os telefonemas e é claro que aquela pessoa que está connosco ao telefone está na sua casa!
Para os trabalhadores é cómodo, pois não têm despesas em transportes e nem o stress diário de ir e vir para o trabalho.
Para as empresas também é lucrativo porque não têm gastos com escritórios, redes telefónicas de call center, luz, água, material de escritório, móveis de escritório... Parecendo que não, isso tudo encarece muito as despesas de uma empresa que tem sempre de ter a contabilidade organizada obrigatória, IVA, IES, IRC, TSU, pagamentos especiais por conta...
Mas será que é o futuro ou estamos a voltar ao passado?
Vamos dar uma vista de olhos ao passado...
Existiu e ainda existem restaurantes que são em vivendas, onde os donos moram no primeiro andar e o restaurante é em baixo. Ainda há muitos cafés que ficam por baixo da residência dos donos.
As mercearias eram no anexo à casa do dos donos.
O cabeleireiro era, muitas vezes, em casa das próprias cabeleireiras.
O sapateiro tinha a loja por baixo da sua residência, assim como o barbeiro.
As pessoas iam a casa das esteticistas fazer as unhas.
E até os padres viviam num espaço anexo às Igrejas.
Basta dar uma volta às terrinhas de Portugal e ver que ainda existe este tipo de coisas.
Por isso, o que se diz futuro, não o é!
Há anos que isto acontece, há anos que faz parte do passado, mas como é tudo mais tecnológico, pensa-se que é o futuro. Na verdade, estamos a voltar ao passado, e é OK!
Grandes empresas entenderam que o passado estava certo e que é por aqui o caminho de menos despesas, mais liberdade, mais suavidade na relação trabalhador-patrão-empresa.
Para uns é bom, para outros não tanto, para outros é mais ou menos!
Eu já achei perfeito, mas hoje em dia, dou por mim a lembrar-me da loucura que era estar com as minhas ex-colegas durante o dia! Estou a ter muitas saudades dessa dinâmica, das gargalhadas, das brincadeiras, de meter toda a gente a rir, dos jantares, da ajuda no trabalho para cumprir objetivos, do dinheiro que se ganhava.
Diz-se por aí que no Trabalho Sexual ganha-se dinheiro. Ora, para quem chegou a ganhar o ordenado mínimo, talvez seja verdade, mas para quem já teve trabalhos como vendedora sabe que é mentira.
A única ilusão aqui é que o Trabalho Sexual é pago ao dia, em dinheiro ou MB Way, então, tem-se aquela ilusão de que se ganha bem!
Nas vendas, o dinheiro é pago ao final do mês, mas quando chega o dia, é o triplo do que se ganha em qualquer atividade sexual, já para não falar dos benefícios fiscais que isso origina, da imagem e estatuto perante os Bancos devido ao grande IRS que se apresenta!
Junta-se o útil ao agradável, convive-se com colegas, com outras conversas, ganha-se dinheiro, por isso, deixou de ser atrativo o trabalho a partir de casa. No meu caso, eu preciso de pessoas à minha volta, preciso de sentir o frio e o calor a bater na cara, preciso de ser livre novamente!
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Um blog abesbílico, de alguma escrita ideográfica, sobre tudo e sobre nada.