31 março, 2022 O patrão e a empregada - Parte XIV
A verdade de Vera...
Fui-lhe ao cu com energia crescente, até que Aurora começou a suspirar. No entanto, no preciso momento que o começou a fazer, ouvi um eco vindo das minhas costas, como se a minha amante tivesse aprendido a gemer em estereofonia. Surpreendido, virei a cabeça e vi a última coisa que esperava ver: Vera, deitada na cama por trás de mim, vestida mas sem cuecas, batia uma punheta enquanto nos observava. Nem tinha dado por ela se deitar connosco…
O meu espanto não foi acompanhado por nenhuma palavra ou expressão, pois estava pura e simplesmente atarantado com aquela visão. Vera tinha uma cona de lábios espessos e carnudos e os seus dedos acariciavam-na como se lessem um romance em braille.
Olhou para mim com a boca meio aberta e os olhos meio fechados, a gemer em silêncio, e não tive outro remédio senão continuar a olhar para ela enquanto enrabava Aurora.
Via-me agora num dilema: continuar a foder a minha futura mulher, que não fazia ideia do que estava a acontecer nas suas costas, ou virar-me para o novo espécime e saltar-lhe para cima como o tigre da Malásia? O que diria Aurora se o tentasse?
Afinal, esta era a mulher mais importante da sua vida, como me tinha dito, embora na altura ainda não soubesse as razões. Queria mesmo, na ausência da sua mãe na cerimónia, que Vera a conduzisse ao altar imaginário do nosso amor. Ora isto queria dizer, pelo menos, que não era uma qualquer. E isso, apesar de toda a nossa abertura, deixava-me hesitante.
Sentia uma esfera de esporra a formar-se nos tomates, preparada para despejar uns belos hectolitros, e só queria partilhá-los pelo mundo. Não é preciso ser crente para ter o instinto de ajudar os mais necessitados, certo?
Pois eu só conseguia ver isso em Vera (ver e ouvir, porque continuava a não gemer mas arfava baixinho nos compassos sexuais típicos da punheta): uma mulher necessitada a pedir, a implorar, pelo alívio de um bom chuço que lhe alargasse aqueles buracos todos. No caso seria o meu, que nesse momento estava enterrado até à raiz no rabinho de cunículo (sugestiva palavra…) de Aurora.
Quantas vezes já me viram falar aqui da capacidade de Aurora em me surpreender? Sim, foram muitas, porque com Aurora as surpresas nunca acabavam.
Senão reparem: não só ela sabia que Vera estava deitada na cama connosco, como ela própria, intuindo a minha hesitação, se levantou da cama para me deixar à vontade com a madrinha!
Não dissera uma palavra, mas eu sabia que aquele gesto significava a sua aprovação. Era o mesmo que dizer:
– Sim, essa mulher salvou-me, podes fodê-la.
Aurora contou-me tudo mais tarde. Como, no ano em que entrou para a faculdade, a cidade a assustara tanto que fugira de novo para a terra. A mãe não a recebera bem pois não a educara para os medos, pensava ela. Não pensou que o conservadorismo que implementava na casa limitasse as coragens e os horizontes à filha. Mas onde não há liberdade teme-se a liberdade, já o demonstra a Alegoria da Caverna...
Então Vera já se mudara para o bairro, tinha a idade da mãe mas era diferente e não fizera amizades entre as comadres. Ao ver em Aurora o equivalente a um animal perdido, levou-a para casa, deu-lhe banho e “adoptou-a”.
Durante esse ano, que foi o tempo que demorou a convencê-la a regressar aos seus estudos universitários, Aurora e ela foram inseparáveis. Ensinou-lhe o que achou que lhe podia fazer falta para enfrentar os temores da cidade, mas pouco ou nada sobre sexo. Tudo fora inocente entre elas, não obstante alguns olhares que às vezes se encontravam, e uma ou outra carícia fugidia, sobretudo quando se lavavam.
Não lhe ensinou, por isso (felizmente), o que mais tarde eu próprio teria o prazer de lhe ensinar, conforme vos venho relatando nestes capítulos. Mas a verdade é que sem Vera, provavelmente não estávamos aqui. Apesar de ser ela mesma pouco corajosa e aventureira, rígida em demasiados assuntos, aceitou a missão de cuidar daquelas asas feridas até elas serem capazes de voar.
Tornou isso primordial em detrimento do seu próprio julgamento das coisas, e aí residia o seu principal mérito. Graças a ela, Aurora era hoje uma mulher livre e formidável. E uma relação assim não pode ser quebrada por nada…
Na noite anterior, enquanto eu deixava a madrugada fustigar-me com os seus apelos e tentações, a relação entre elas tinha ascendido a um novo nível. Eram as duas, agora, pessoas muito diferentes. Olhavam com saudade para os sítios onde tinham estado mas sabiam que jamais voltariam a eles.
Não conheço em pormenor as direcções que o roteiro delas tomou para que terminassem assim, mas foi no que redundou: sem nunca se tocarem, sentadas frente a frente no cadeirão, de cu macio e pernas bem abertas, masturbaram-se longamente uma para a outra!
Fizeram-no uma grande parte da noite, somando diversas variedades de orgasmos.
O odor penetrante que Aurora exalava da cona quando a cheirei na noite anterior, não era outra coisa que a mistura dos seus fluidos com os espirros dos sumos de Vera, que ao que parece se exprimia assim com facilidade. Aurora não era tão fluvial, embora se desaguasse algumas vezes...
No entanto, quando Aurora se levantou da cama para nos deixar sós, penetrei-a na cona mas Vera não se veio.
Ela própria explicou mais tarde que se sentia a explodir mas não conseguiu chegar lá, talvez por sentir ainda uma certa inibição.
Compreendi perfeitamente, porque eu próprio senti algo semelhante. Um pudor inusitado, que se reflectia num engrossamento sublime do caralho mas que me fazia, por exemplo, ter mais cuidados do que o habitual. Não consegui ser enérgico com ela, como se temesse quebrá-la, e isso não me definia enquanto macho.
Percebi que ela queria mais e a dado momento ela própria comandava os movimentos, o que indiciava que eu não estava a fazer o que ela necessitava.
Lembro-me de pensar, quando finalmente me consegui vir, que ela não me tinha ficado a conhecer. Mas tudo isso só aumentava a minha vontade de que o fizesse. A nossa história ainda não tinha sido escrita, não na totalidade. Isto fora pouco mais que uma sinopse, ou um teaser daqueles que fazem para o cinema.
Também não falámos muito após o coito, apenas palavras de circunstância “vou buscar papel para te limpares”, e coisas do género.
Claro que não a tirei da cabeça o dia todo!
De repente sentia-me muito melhor da ressaca e quando fui ter com Aurora paguei-lhe a delicadeza – o acto de amor! – com um minete dos meus, com dedinho no cu, após o que ela me contou o que atrás resumi.
Percebi então que podia continuar a alimentar aquela fantasia na minha cabeça, Aurora permitia-o, porque ela também recebia a parte dela.
Faltava uma semana para o casamento. Era o tempo que Vera estaria lá em casa.
Com o trabalho sempre atrasado, aproveitei que os homens das janelas tinham terminado a fase do barulho e passado à fase de montagem, e fechei-me toda a tarde no escritório. Adiantei bastante serviço e por volta das 8 da noite fui para a cozinha começar a tratar do jantar.
Vera estava na sala, já com janelas novas, a ver televisão. Aurora veio atrás de mim para a cozinha e enquanto eu cortava cebolas pôs-se a brincar com os meus tomates. Pelo menos salada íamos ter…
Quando comecei a picar alhos já ela me tinha baixado as calças e estava ajoelhada à minha frente, a chupar-me o caralho depois de me enfiar um dedo no cu. Ainda peguei nos pimentos mas senti o pau tão entusiasmado que tive que fazer qualquer coisa.
Puxei Aurora pelos braços até a pôr de pé e enfiei-lhe a mão nas cuecas pela frente. Adorava esfregá-la assim, extravasando-a de mão aberta pelo rego todo, até o indicador se encaixar, como num fenómeno magnético, no anel do cu.
Igual a ela própria, estava mais molhada que um dia de Carnaval. Sentia-lhe as nádegas a suar. Então abri-lhe bruscamente o vestido e virei-a, feitinho para a enrabar.
Mas aí hesitei, como se uma ideia melhor tomasse conta dos acontecimentos. Então, em vez de a espetar ali mesmo, peguei-lhe pelo braço e arrastei-a até à sala, onde Vera, de pernas trocadas no sofá, fazia zapping pelos noticiários.
Ao ver-nos, a alma mater de Aurora estremeceu, encolhendo-se toda quando projectei Aurora para cima do sofá, indo aterrar ao lado dela… A minha noivinha ficou de bruços e levantei-a pelas ancas, posto o que lhe enfiei, por fim, a narça no cu.
Comecei logo a bombar e só quando já tinha o ritmo consolidado olhei para Vera, que tinha agora a boca e os olhos muito abertos. Ao sentir o meu olhar devolveu-mo e aí aproveitei para lhe comunicar, sem palavras, que ela era a seguir.
Virei os olhos para o centro das suas pernas e, sem deixar de me olhar, conduziu para lá a sua mão. Quando aumentei o ritmo, Aurora percebeu que a minha excitação tinha aumentado e isso fê-la olhar também para a amiga. Vera masturbava-se agora, mais uma vez ao nosso lado, enquanto nos mamávamos.
E claro que logo chegou a sua vez...
Desta feita Aurora não precisou de se ir embora e começou também ela a esfregar-se toda. Tentei logo enrabar Vera, mas ela tinha o cu demasiado seco e o pau não conseguia passar.
Funcionou melhor quando ela se sentou em cima de mim e, com os seus próprios movimentos, abriu passagem para o grosso nabo.
Segundos depois, sobretudo fruto da minha própria lubrificação, Vera metia-o todo nas nalgas como se fosse o pistão de uma automotora.
Na foda da manhã ambos estávamos tesos mas inibidos. Agora nada disso se passava.
Sentia o líquido que lhe vazava da cona a humedecer-me a pintelheira, o que dava uma sensação agradável, quente e fresca ao mesmo tempo. E então Vera veio-se em cima de mim, com estertores rápidos e intensos, bandeando o rabo e deixando cair a cabeça, como se o orgasmo lhe estivesse a sugar todas as energias.
Deixei-a espremer tudo e, quando achei que era hora, esporrei-me também, dentro do cu dela.
Nessa noite propus que dormíssemos os três na mesma cama e aceitaram, na condição de que eu ficasse no meio. Resignado, aceitei…
Escusado será dizer que não dormi um caralho, e a expressão aqui é literal. Mal acabava de me vir e, após alguns segundos em regime de pequena morte, o meu cérebro voltava a encher-se de tesão. Era como um jardim de raios-laser, em que mal se cortava um feixe de luz imediatamente voltava a nascer outro no seu lugar, que o perpetuava.
Não cheguei a ter aquilo a que se pode chamar uma despedida de solteiro. Não precisei. Aurora e Vera serviram-me durante toda a semana como se eu fosse um príncipe cuja coroação se avizinhava para breve…
Nunca se tocaram entre elas, mas reservaram para mim os melhores toques de magia que ambas conheciam. Passei a semana inteira a ser ordenhado como um touro premiado!
E ainda que eu apenas desejasse que o relógio ficasse parado para sempre e essa semana nunca mais chegasse ao fim, o dia chegou mesmo e Aurora e eu demos o nó que já déramos às nossas vidas sexuais e agora dávamos, simplesmente, à vida...
Vera queria ir para casa logo após o casamento, para nos deixar a sós na lua-de-mel. Fodemos, só eu e ela, a última vez no quarto dela, na manhã do casamento. Entrei sem avisar e continuei sem avisar quando a atirei ao chão e a penetrei em cima da carpete.
À segunda, para maior conforto de ambos, tirei-lhe a roupa (operação deliciosa!) e pu-la de quatro em cima da cama. Apliquei-lhe então a canzana que ambos esperávamos e que a fez espirrar toda pelas bordas! Se era para ser a nossa despedida, não poderia ter sido mais espectacular…
Foi Aurora que insistiu que o fizéssemos. Que nos fodêssemos até nos tirarmos do sistema. Para verem a mulher com quem eu ia casar… ;-)
(continua...)
O patrão e a empregada - Parte XIII
O patrão e a empregada - Parte I
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com