07 novembro, 2024 O avô do meu namorado - Parte III
Logo que o senti pulsar na minha mão, vi que era um pouco maior e bastante mais grosso...
Quando ele me tocou, o que senti primeiro foi o contraste. Não sei se por causa da idade, ou da maturidade, ou simplesmente por ele ser uma pessoa gentil, mas nada tinha a ver com o sexo que nos últimos dois anos tinha praticado com o meu namorado.
Percebi imediatamente que, em comparação, o avô era muito mais vocacionado para o amor do que o neto.
Tudo o que ele me fazia era carinhoso, cada toque, cada beijo, cada incursão das suas mãos, da sua boca ou do seu pénis.
Logo que o senti pulsar na minha mão, vi que era um pouco maior e bastante mais grosso. Era como se ele fosse mais homem em tudo.
A minha tristeza rapidamente deu lugar à minha entrega. Esqueci tudo o que me rodeava, tudo o que tinha passado. Era como se não houvesse qualquer relação entre este momento e os que tinha vivido nos anos recentes.
Nem sequer a noite anterior, traumática e excitante como tinha sido, existia já. Simplesmente resfolegava nas suas mãos, sentia vibrar todo o meu corpo, que ele manuseava com carinho e sabedoria. E rapidamente dei comigo a gemer de gozo.
Ele já me tinha beijado toda, já me tinha apalpado as mamas, o rabo, já tinha passeado os seus dedos na abertura da minha racha pingada, quando quis ir lá abaixo:
– Quero saborear-te – disse. – Quero sorver o teu mel...
Disse-o tão calmamente que nunca poderia esperar o impacto que se seguiu. Ao sentir o primeiro toque da sua língua nos lábios da minha vagina, quase desmaiei. Tive que agarrar-me aos seios e beliscar os meus próprios mamilos para sentir que me segurava a alguma coisa.
Depois, não sei quanto tempo me lambeu a cona e me chupou o clitóris, mas não pode ter sido muito - dois minutos no máximo.
Fui apanhada de surpresa tanto como ele... Não sei de onde me veio tanta urgência, mas a dada altura, tocou-me só ao de leve com a língua no ânus e desatei a vir-me incontrolavelmente na sua boca!
Uma poça de água inundou o lençol debaixo do meu rabo, libertando ao mesmo tempo um cheiro inimaginável a sexo. E quando consegui descerrar os olhos para ver o meu amante, constatei que tinha a cara completamente lambuzada.
Nunca tinha sentido tão intensamente o meu próprio cheiro, e a razão era simples: não me lembrava de alguma vez me ter sentido tão excitada como nesse momento!
Então eu tremia e pensava que não ia parar de me vir.
A todo o meu estertor ele assistiu com tranquilidade, esperando simplesmente que eu me acalmasse, observando-me e disfrutando das minhas expressões de prazer, das minhas excreções de gozo, dos meus gemidos de bicho no cio.
Depois, finalmente, penetrou-me.
Senti-o entrar como se fosse música. Avançou em mim lentamente, como se quisesse medir cada centímetro do seu caralho na régua do meu buraco.
Uma vez mais, senti como se o tempo se me acabasse e puxei-o avidamente para mim. Queria sentir o seu peso, o volume do seu corpo, a oferta da sua ternura, o choque violento daquela tesão.
Ele continuava o seu ritmo gentil, mas eu precisava de mais...
– Por favor, meu amigo... Não sou de porcelana. Sou forte. Não precisas de ter medo de me quebrar.
Ele percebeu a mensagem e então, começou a bombar como eu via que ele queria.
Senti-o tanto que quase deixei de o sentir. Senti-o penetrar em mim muito fundo, muito mais do que o meu namorado ou o amigo dele.
Senti os seus tomates densos a dar-me chapadas nas nádegas abertas. Senti-me toda encharcada por baixo e prestes a alcançar um segundo orgasmo.
Mas percebi aí, também, que se continuássemos assim seria ele a finalizar em mim. Então, tomei eu as rédeas da situação. Saí de debaixo dele e virei-o na cama, penetrando-o eu por minha vez.
Dei ao cu em cima daquele homem como se não o conhecesse. E na verdade, não conhecia.
Até àquela manhã, ele não fora mais do que um amigo distante. Um avô colectivo do meu namorado e de mim própria por afinidade, que eu apenas conhecia pela simpatia, gentileza e generosidade dos pequenos-almoços que ocasionalmente tomávamos juntos.
Até esse momento nunca imaginara que ele tinha um pau de homem no meio das pernas. Até essa reunião delirante, nunca me imaginara a pingar de desejo com o quente da sua língua e com a destreza das suas mãos.
E, no entanto, aqui estávamos nós, juntos na cama, loucos, desvairados, eu em cima dele, a fodê-lo com a cona toda escancarada, com o seu pau grosso e teso dentro de mim, com os mamilos tesos de deleite, com o olho do cu a tremer de luxúria, com a garganta cheia de gritos da dor aguda do prazer.
Vim-me duas vezes de seguida, com um intervalo apenas de segundos, e achei que era justo reciprocar.
Desmontei do meu nobre amigo e agarrei-lhe o caralho, que sacudi meia dúzia de vezes. Depois deitei-me na cama e pedi:
– Dá-me o teu leite. Aqui, na minha boquinha...
Ele precisou ainda de o sacolejar um pouco pelas suas próprias mãos, mas deu-me, finalmente, o seu regalo.
Esporrou-se na minha boca exactamente como me tinha fodido, com toda a tranquilidade do mundo, dando-me com o branco da sua esporra quente a lição de que o sexo pode ser uma troca maravilhosa quando as sensações se partilham, quando tudo é uníssono, comum, repartido. Todo o contrário do sexo unilateral a que eu estava acostumada com o neto do meu experiente amante.
Depois da foda, ficámos na cama longos minutos, a beijar-nos, a acariciar-nos, a falarmos de tudo e de nada. Até que ele se levantou dizendo:
– Fica aqui. Dorme mais um pouco enquanto eu faço o pequeno-almoço para nós. Depois acordo-te.
Vi-o afastar-se nu e observei como o seu corpo era belo, apesar do desgaste da idade. Toda a beleza é relativa, até a física, pensei.
Agora que me descobria a ter sentimentos sobre aquela pessoa, o seu corpo já não me parecia o de um velho, mas de alguém que eu poderia amar.
Não me apetecia dormir, apetecia-me sonhar, isto apesar de me sentir já num sonho. Mas acabei, eventualmente, por fechar os olhos.
Acordei cerca de 20 minutos depois com o toque carinhoso do meu amigo. Olhei surpreendida para a travessa que ele tinha preparado para nós - torradas com mel, sumo de laranja, café, uma rosa atravessada a ligar tudo. E perdi o controle...
Era como se fosse demais, como se não aguentasse mais aquela simpatia, como se sentisse que não merecia toda aquela ternura desproporcionada que ele me dispensava. Senti evadir-se de mim toda a delicadeza, toda a candura que ele me conhecia.
Virei-me de quatro ao mesmo tempo que o puxava para cima de mim, e desatei a gritar-lhe ordens como se fosse um cão:
– Foda-se! Cabrão do caralho! Anda cá, filho da puta, enraba-me essas nalgas, fode-me esse cu!
Desde esse dia, nunca mais nos largámos. Por influência minha, o avô conseguiu, finalmente, expulsar o neto de casa.
Nem consigo descrever a cara dele quando foi buscar o resto das suas coisas e me encontrou lá, passeando-me como se fosse a dona da casa. Depois de alguns insultos e ameaças, foi-se embora e nunca mais perturbou a nossa paz.
Sinto que, desta vez, encontrei a pessoa que mereço. Não é apenas uma pessoa que me compreende, mas aquela que me trata como sempre considerei que seria justo no amor.
Além de ser um homem gentil e paciente, é um amante experiente e insaciável. Pela primeira vez na vida, tenho sexo todos os dias e sinto confiança e protecção nos braços dum homem.
Bendita a hora em que conheci e larguei o meu namorado, pois sem ele nunca teria conhecido o homem da minha vida...
Fim
O avô do meu namorado - Parte I
O avô do meu namorado - Parte II
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com