16 junho, 2022 A Pensão da D. Judite - Capítulo 3
Levanta-se a ponta do véu...
O esforço mental que fazia para me controlar, para inibir todas as loucuras e depravações que o meu cérebro fabricava, para não saltar sobre ela como um nadador olímpico num triplo mortal de colhões encarpados, consumia-me uma energia absurda... E quando sentimos uma comichão assim, não há nada a fazer, temos que coçar!
Não foi, portanto, com surpresa, que percebi que precisava de levar as coisas para o próximo nível. Mesmo correndo o risco de deitar tudo a perder...
Com aquele escaparate de carnes doces a exibir-se assim para mim todos os dias, eu não podia simplesmente contentar-me com o que tinha aproveitado delas até então. Afinal, a velha estava ali de perna aberta, disponível como a montra de um bazar, cheia de tesão e provavelmente a imaginar caralhos dentro dela e, coincidências da vida, eu tinha um caralho de pé ali mesmo à mão…
Estes pensamentos já me remoíam o espírito há vários dias quando, numa das “nossas” sessões vespertinas, eu ia a sair do quarto com ela a ressonar como um tractor e tive o que se pode chamar uma epifania! Então não hesitei: parei ao lado dela, baixei as calças e esgalhei energicamente o pau até ele bolsar para cima da pintelheira da Dona Judite!
Ainda mal via a minha langonha cair sobre a sua pele nua e só pensava em lambê-la toda! Em meter-lhe a língua naquele novelo de pintelhos babados e escorregar-lhe pela cona dentro, de alto a baixo, sugando todas as especiarias líquidas que a sua racha de fêmea humana segregasse...
Não o fiz por medo de a acordar. Naquele momento de entusiasmo, preferia celebrar o pequeno avanço que conquistara a criar uma possível grande confusão...
Assim, limpei-a pacientemente o melhor que pude, pelo menos o suficiente para lhe espalhar a esporra pela pelagem negra. Alagada como estava com os próprios sumos, os meus fluidos desapareceriam facilmente na mistura.
A partir daí, umas vezes ficava saciado atrás do biombo e ia logo para o quarto. Mas nos dias em que um primeiro orgasmo não me satisfazia, e se ela parecia bem adormecida, batia-lhe uma punheta para cima, sempre para a copa do matagal, onde depois era mais fácil limpar e disfarçar o rasto. Ela nunca acordava.
Enquanto lhe triangulava a cona com os jactos da minha semente, imaginava-me a disparar-lhe meita para as mamas, para a barriga, para as pernas, principalmente para aquele cu de nalgas bem separadas, com um tufo negro proeminente a forrar-lhe o rego todo.
Também sonhava vir-me na cara dela, para que acordasse com o meu besunto a salgar-lhe os dentes. Ao jantar, diria que tinha acordado com um gosto esquisito na boca e só eu saberia que esse gosto era o da minha esporra...
Isto para explicar que, à medida que ia cumprindo as preces que o destino me oferecia, não deixava nunca, ao mesmo tempo, de antecipar na mente os futuros prazeres que ele ainda me poderia proporcionar. E foi aí que percebi que, cada vez que fantasiava com a velha, ela estava a dormir…!
A maioria dos homens critica e pode mesmo ressentir-se quando uma mulher é mais estática na cama, quando é menos colaborativa ou se envolve pouco. Geralmente, isso é interpretado como excesso de pudor, inexperiência ou frigidez. Mas na minha fantasia, era precisamente assim que eu desejava a Dona Judite!
Nos meus sonhos, fazia-lhe trinta por uma linha e ela nem pestanejava!
Enfiava-lhe os dedos na cona. Chupava-lhe o cu. Dava-lhe estalos com o caralho nas ventas, pagando assim as chapadinhas de mama com que ela me brindava quando me servia a sopa. E ela nada…
Mantinha os olhos fechados, adormecida, e mesmo que estivesse acordada, ou na fronteira que divisa o sonho do despertar, não se envolvia com “o assunto”, como se fosse exterior a ele. Era como uma Suíça sonâmbula da foda:
“Sim, fode-me mas não me acordes, faz o que quiseres mas deixa-me dormir…”
Não havia confronto físico ou geopolítico entre nós, porque ela não queria saber. Só queria permanecer neutral.
Nos meus sonhos fodia-a mil vezes ao dia. Aí Dona Judite era zona franca de caça, buffet proletário, rodízio e bar aberto. Podia fazer-lhe o que eu quisesse…
E assim sendo, o que aconteceu a seguir só podia ter acontecido…
Pensando bem agora, não podia haver melhor conjugação de factores. O altar lúbrico estava encenado, a energia sexual escorria pelas paredes e não havia ninguém em casa para nos ver ou ouvir. Era a tempestade perfeita para uma tarde ilícita de fodas!
Se algo corresse mal, poderia dizer que era tudo um engano, pedia mil desculpas, apanhava as cuecas do chão e pirava-me pela janela da pensão, antes que ela pudesse reagir e evitando assim os olhares de reprovação de quem quer que fosse.
Pelo contrário, se corresse bem, ai se corresse bem… Então teríamos as tardes todas por nossa conta, sem ninguém nos incomodar, pois a maioria dos inquilinos só começava a chegar às sete, o que dava tempo de sobra para a fodenga e cigarros…
O volume destes sonhos, e outros de inspiração similar, foi crescendo com o passar do tempo, a tal ponto que mesmo durante o dia continuava a sonhar acordado com o momento em que lhe abriria as pernas adormecidas e lhe enfiaria o tarolo pelas bordas gordas, completamente a cagar-me para o que pudesse acontecer a seguir…
Isso fez com que a maravilhosa experiência que durante semanas me iluminou o espírito e alimentou o fogo dos colhões, ameaçasse tornar-se uma tortura…
Precisava de fazer alguma coisa!
Curiosamente, pela primeira vez desde que espiava a minha senhoria, depois de se masturbar e de se vir copiosamente, ela tapou-se com o edredon.
Costumava ficar longo tempo atrás do biombo, a vê-la de pernas abertas, de cona escancarada para mim. Era muito líquida e geralmente não se limpava, ficando durante o sono a brilhar de gosmas desde a barriga ao olho do cu, até ir secando. Eu vibrava com esse brilho, com essas gotículas de depravação que imaginava deliciosíssimas, verdadeira iguaria gourmet…
Mas nesse dia, mal Dona Judite saracoteou o cu depois do clímax, deve ter sentido um calafrio do destino e tapou-se toda, não deixando de fora nem um biquinho de mama para meu benefício.
Paradoxalmente, a tesão extra que esse obstáculo me proporcionou foi o que finalmente me deu coragem para avançar…
Esperei que ela entrasse no seu tradicional ciclo de roncos de máquina avariada e saí um pouco a medo do meu esconderijo. Sentia-me eléctrico e a picha saltava-me como um bicho cativo e raivoso dentro das calças.
Aproximei-me da cama e, antes de fazer qualquer coisa, dispensei algum tempo a ver-lhe as formas cobertas pelo edredon. Mesmo abafada em penas de ganso, distinguia-se perfeitamente o recorte pronunciado do seu magnífico par de mamas.
O coração quase me saltou do peito quando peguei na ponta do cobertor e o levantei, recebendo imediatamente o bafo do seu corpo nu e abundante, que estava a marinar na sua redoma felpuda.
Era uma mistura grossa e quente, salgada e doce ao mesmo tempo, e intoxicava-me como um perfume desenhado por uma madura tarada!
Aí hesitei um pouco... A partir do momento em que lhe tocasse, não haveria volta a dar. Ela iria acordar, certamente, e aí os dados estavam lançados. Ou recebia-me bem e tornava-me o seu objecto sexual proibido, e havia festa na pensão a semana toda, ou recebia-me mal e corria-me à chapada e pontapé pelas escadas abaixo, que era bem mulher para isso.
Fosse como fosse, já não havia nada que eu pudesse fazer, não era dono da minha vontade mas um mero servo da minha tesão... Não podia esperar mais para tocar naquele corpo que ocupava o meu pensamento as 24 horas do dia!
Respirei fundo, engoli em seco e destapei-a suavemente, descobrindo-lhe primeiro as mamas e depois o ventre. Depois de ver aquilo já não queria saber...
Abocanhei-lhe logo uma mama e suguei-lhe o mamilo como se lhe quisesse puxar o leite das entranhas.
Dona Judite não acordou com o primeiro impacto. Também não acordou com o segundo, quando lhe apalpei longamente a cona, sentindo por fim o toque tão desejado dos meus dedos nas carnes aquecidas da sua racha e do seu exuberante papo guarnecido de pêlos longos e sedosos. Parecia uma cona de peluche!
Era a realização do meu sonho...
Até ver, Dona Judite deixara-me fazer tudo sem protestar, sem aparentemente acordar. Se a sua consciência ou subconsciência estavam a par dos eventos que lhe sucediam, era algo que só ela poderia confirmar.
Fosse como fosse, não demonstrava inclinações de querer interromper o meu prazer ou condicionar as minhas liberdades, o que me tornava o homem mais enlouquecido do mundo, mas também o mais feliz e entesado...
Perdido por perdido, decidi despir-me todo também. Se a velha acordasse, não haveria dúvidas sobre as minhas intenções e percebi que isso, em vez de me inibir, me libertava ainda mais.
Era uma afirmação própria, provavelmente para me convencer a mim mesmo de que se tinha chegado tão longe, não poderia recuar no último momento, tão perto do objectivo.
Não, eu estava absolutamente decidido, para não dizer cego de excitação. Já não havia volta a dar, agora seria o que o destino quisesse...
A pensão da Dona Judite - Capítulo 4
A pensão da Dona Judite - Capítulo 1
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com