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11 março, 2021 A conta que deus fez

Aquela foi a melhor prenda de anos da minha vida...

Depois do meu divórcio, recusei-me sempre a voltar a investir em relações sérias. Na minha mente deixou de caber a ideia de me voltar a entregar a um "compromisso". Isso não me impediu, no entanto, de fazer a minha vida normal, incluída a satisfação das minhas necessidades sexuais...

A conta que deus fez

Fui sempre uma mulher de saudável apetite e nunca me permitiria abdicar dessa parte tão importante de mim.

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Assim, entre uns e outros, encontros duma noite ou pequenos hiatos românticos, acabei por manter nos últimos dois anos e meio uma relação completamente casual com dois homens, sem que nenhum soubesse do outro.

Não sei exactamente como as coisas chegaram aí, mas dei por mim a apreciar o prazer das pequenas rotinas que ambos me proporcionavam. De forma que fui deixando passar o tempo até perceber que já era tarde: não conseguia escolher qual me agradava mais! E, entretanto, não dizia que não a nenhum deles...

Bem, tudo isso mudou há cerca de um mês, no dia no meu aniversário.

Como, mais uma vez, não me conseguia decidir qual dos dois era mais merecedor da minha companhia neste dia tão especial, optei por celebrar sozinha. Tinha comprado um vibrador novo há uma semana e ainda não o tinha experimentado.

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Uma boa sessão de orgasmos, regada com uma garrafa de champanhe, seria uma excelente prenda para mim própria e confesso que, ao longo do dia, no trabalho, as horas custaram a passar, tão entusiasmada estava com os meus planos solitários. Os homens têm muitas e variadas virtudes, mas... um vibrador sabe sempre o que fazer.

Quando, jantada e finalmente a sós comigo mesma, já estava na cama com a mão dentro das cuecas, a campainha tocou. Não fazia ideia quem poderia ser e ignorei. Contudo, a campainha continuou a tocar insistentemente, pelo que não tive remédio senão ir ver quem era.

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Para minha surpresa, era o David, um dos meus dois amantes. Vinha de smoking e trazia nas mãos um ramo de flores.

- O que é que estás aqui a fazer? Não combinámos não nos vermos hoje, porque queria estar sozinha?

- Deves estar maluca se pensas que te deixava sozinha no teu dia de anos. - respondeu, atravessando a porta com a autoridade de quem avisava que não admitiria ser rechaçado.

Abraçou-me e beijou-me o pescoço, logo com uma mão em cima do meu rabo. O David era assim, não era de perder tempo.

Gostava quando ele se fazia de forte, por isso acabei por aceitar de bom grado a sua visita. Não ia ter a minha sessão onanista de devaneios, mas teria sexo de qualquer das maneiras.

Juntámo-nos no cantinho do sofá, engalfinhados como dois adolescentes, e beijámo-nos e apalpámo-nos um bocado enquanto bebericávamos champanhe.

Depois ele quis dançar, e foi quando começou a ficar um bocado bruto.

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Apertou-me com força enquanto me apalpava e me beijava por todo o lado. A muito custo consegui tirar-lhe  a mão de dentro das cuecas, mas isso só o levou a ficar ainda mais rough. Quando dei por mim tinha-me enfiado um dedo no cu e metia tirava sem nenhuma delicadeza. Gosto de levar no cu mas preciso de estar lubrificada, pelo que aquele dedo enfiado a seco não me provocava sensações agradáveis.

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Felizmente para mim, naquele momento voltou a tocar a campainha. O David ofereceu-se prontamente para ir abrir e aproveitei para me refugiar na casa de banho. Encontrava-me um pouco aturdida. Aquele comportamento, um tanto ou quanto agressivo, não era do David que eu conhecia.

Voltei à sala vagamente refeita e perguntei quem era.

- Era engano. Um vizinho perdido. Mas onde é que nós íamos?

Com a mesma paixão que já havia exibido, o David voltou a agarrar-se a mim e começou a querer despir-me.

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Tentei afastá-lo e dizer-lhe para ir com calma, mas ele parecia possuído por algo e não desarmou. Quando, já um pouco assustada, me tentei libertar do seu abraço, apertou-me com tanta força que comecei a gritar para que me deixasse. Cheguei mesmo a esmurrá-lo!

Senti-me presa, subjugada por aquele homem, um poço de força, que parecia menos interessado em amar-me e mais em violar-me!

Num acesso de raiva fiz uma derradeira tentativa para me libertar, e pensei que o tinha conseguido quando senti outro par de braços a prender-me por trás!

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Aquela súbita presença, totalmente inesperada, pregou-me um susto de morte, tanto mais que as suas mãos anónimas me agarravam directamente nas mamas!

Enquanto isso, o seu corpo duro empurrava-me contra o corpo do David, que à minha frente me empurrava em sentido contrário. Resultado, fiquei prensada entre ambos!

Agora estava completamente manietada pelos dois lados e gritei em pânico.

Só então olhei para trás, para tentar ver a cara do meu segundo violador: era o Paulo, o meu outro amante!

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Ao ver o meu espanto, riu-se na minha cara:

- Não pensavas que te ia deixar sozinha no teu dia de anos, pois não?

Ouvi o David soltar uma gargalhada e por fim os dois largaram-me.

- Mas... vocês conhecem-se?!

Só então reparei que o Paulo também vinha de smoking. Foi quando soube que aquele momento tinha sido organizado em conluio por ambos!

Não me quiseram contar como se conheceram, ou mesmo como vieram a saber da existência um do outro. A vedade é que não estavam ali para conversas, disseram. Mas não me deixaram sem saber qual era intenção daquela emboscada:

- Há dois anos que andas a gozar connosco. - disse o David.

- Chegou a hora da vingança. - completou o Paulo.

Um dizia mata, o outro dizia esfola. E em menos de nada estava outra vez nos braços deles, presa indefesa à mercê dos predadores...

Por trás de mim, o Paulo tinha-me bem seguro. Aproveitando-me imobilizada, o David, atacando pela frente, começou por rasgar-me as cuecas.

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Não se limitou a tirá-las, puxou com toda a força pelos dois lados até o tecido ceder, como que avisando que o que quer que fosse que ali se passasse nas próximas horas, não seria pacífico.

Completamente exposta aos seus caprichos, fui imediatamente penetrada pelos dois.

Aparentemente, o meu corpo e o meu cérebro respondiam de maneira diferente àquele ataque. Em consciência, sentia-me angustiada; mas fisicamente estava obviamente excitada, pois nenhum dos membros dos meus amantes achou qualquer resistência à penetração nas minhas cavidades. Não sei como, encontrava-me espontaneamente lubrificada.

Foi a primeira vez na minha vida que tive, simultaneamente, duas vergas dentro dos meus buracos.

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Apesar de ainda me encontrar em modo de luta, não pude deixar de achar maravilhoso ter aqueles dois machos a bombar ao mesmo tempo, com o meu pobre corpinho no meio.

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Então fizeram tudo o que quiseram. Beijaram, esfregaram, enfiaram-se e desenfiaram à vez de cada uma das minhas bocas escancaradas, boca, cona, cu... Um deles até me tentou enfiar a glande numa narina!

Fizeram-me baixar e chupar os respectivos caralhos, que ainda traziam consigo os meus fluidos interiores.

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A partir daí fui uma boneca nas suas mãos. Obrigaram-me a masturbá-los em simultâneo, foderam-me, enrabaram-me, voltaram a foder-me e enrabar-me os dois ao mesmo tempo... Não conseguia escapar-lhes e... acabei por me render.

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Esporraram-se a noite toda para cima de mim e quando se cansaram já era de manhã. Adormeci coberta de seiva de caralho.

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Agora, passado o susto do momento e analisada friamente a situação, tenho que confessar que foi a melhor prenda de anos da minha vida.

O facto de os meus dois amantes terem orquestrado aquela vingança em comum, não como rivais mas como cúmplices, significava que me amavam tão incondicialmnente que, para ficarem comigo, estavam dispostos a partilhar-me um com o outro! E isso pareceu-me um excelente princípio para um "compromisso"!...

Passado um mês, vivemos os três na mesma casa. A ideia partiu de mim. Dormimos juntos na mesma cama e fodemos quando nos apetece.

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O melhor sexo da minha vida. Depois de nos habituarmos a dois paus, acreditem que é difícil voltar só a um.

Neste momento estou a tentar levar a relação para o próximo patamar,  em que eles sejam capazes de se comer um ao outro.

Ainda são resistentes à ideia, mas eu sou paciente. Afinal, os bons casamentos levam tempo a consolidar... ;-)

 

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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