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09 Abril, 2017 Vida Real VS Porno

A dura (fantasia) da realidade.

Não sei se vocês já repararam, mas aquilo que vemos nos filmes pornográficos
é tudo fantasia. Se algum de vocês já entregou pizzas em casa de duas amigas e acabou por comer ambas e a pizza, eu tiro-vos o chapéu.

Vida Real VS Porno

Podemos todos concordar - até porque somos adultos - que todo aquele “enredo” que vemos no porno, é fantasiado. Contudo, nestes últimos anos, temos assistido a um crescendo de caralhos e pornografia “reality”, ou seja, quando toda a acção é filmada como se fosse algo real que tivesse mesmo acontecido. Imaginem um reality show da TVI, mas com mais classe e menos sexo. Castings para filmes, táxis onde se fode, autocarros com orgias, despedidas de solteiras onde se faz tudo menos festejar o casamento e até mesmo a abordagem de mulheres no meio da rua para sexo a troco de dinheiro. Passámos de canalizadores a bater à porta de donas de casa sedentas de caralho, para uma encenação dissimulada de realidade. Nada de mal com isso, mas para muito bom aficionado da arte da fodanga em vídeo, custa traçar a linha entre o real e o fictício quando a produção se esforça tanto para esbater essa mesma linha. A procura pelo “amador profissional” surgiu com a ascensão da internet como dona e senhora de reprodução de pornografia e as produtoras estiveram atentos aos gostos dos seus consumidores. Passámos dos filmes de hora e meio para os clips de minuto e meio (tempo mais que suficiente para uma punheta!).

Será esta evolução benéfica?

Depende. Por incrível que pareça, existe arte na realização de pornografia e um público bastante exigente nesse campo. A aposta cada vez maior na produção des te tipo de conteúdos levou a decréscimo na aposta em longas metragens de pornografia. Por outro lado, as que se vão fazendo, são autênticos blockbusters dignos de serem exibidos nas salas de cinema do Colombo. Vamos pegar nos exemplos de “reality porno” acima mencionados e vamos tentar imaginar o que aconteceria se os mesmos fossem levados a cabo num cenário efectivamente real:

Porno: um agente efectua castings para possíveis modelos e, durante a entrevista, acaba por fodê-las de câmara na mão após uns minutos de conversa.
Realidade: assim que o gajo pedisse para ela se despir e meter os dedos na cona, levava logo com um salto alto nos cornos e uma chamada para a PSP.

Porno: um falso taxista percorre as ruas da cidade e engana as clientes boazudas com meia dúzia de piropos, fazendo com que as mesmas se tornem em vadias sedentas de sexo e o fodam como se não houvesse amanhã.
Realidade: à primeira dica do trolha que mandassem, a rapariga ia pedir para sair do táxi e dava-lhe com a mala na cabeça, saindo de seguida aos gritos a mandá-lo para o caralho e a chamar um UBER.

Porno: uma despedida de solteiro com strippers masculinos torna-se numa autêntica orgia com todos a foderem com todos, amigas a lamber a cona umas às outras e a futura noiva e levar no cu e na cona ao mesmo tempo.
Realidade: uma despedida de solteiro com strippers masculinos torna-se numa autêntica seca quando a noiva está a ver o telemóvel de 5 em 5 minutos a ver se os amigos do burro do noivo metem alguma comprometedora até que uma das participantes - já meia bêbeda - decide tocar no caralho do stripper, acabando por chorar depois de seguida por sentir que bateu no fundo em frente às amigas, ficando para sempre rotulada como “a galdéria que tocou num caralho do stripper”.

Claro que somos todos adultos e que temos perfeita noção que nada disto é real. No entanto, a realidade é sempre mais chocante e sensual que a ficção. Algures no tempo e espaço em que vivemos, um agente conseguiu ter uma cena a três no gabinete, um taxista deu a melhor foda da sua vida no banco de trás do táxi e houve uma despedida de solteira que se tornou na maior javardice sexual que há memória neste século.

Nós é que não estávamos lá para ver. Ou foder.

Até quarta e boas fodas.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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