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13 Diciembre, 2015 Fetiches: “O Bestialismo”

Em dia de inauguração de um nova rubrica aqui no X, decidi entrar logo a matar: bestialismo.

Sim, vamos chamar as coisas pelos nomes: foder um animal. E não é a cabra da minha ex-namorada que estou a falar.

Fetiches: “O Bestialismo”

Ismos e mais ismos, é este o mundismo do fetichismo. Não se preocupem se padecem de alguma tara & mania, a probabilidade é que provavelmente é que é bastante mais normal do que realmente pensam. No entanto, isto a cada cabeça sua sentença e há muita cabeça por esse mundo fora. Há quem goste de levar nos cornos a foder (eu me acuso), quem goste que lhe mijem em cima e, aparentemente, há quem goste de foder com bichinhos.

Eu sou um amante de cães (dizer esta frase num artigo sobre bestialismo é de corajoso), mas jamais me passaria pela cabeça em foder um. A única altura que eu sinto em que estou a foder o meu cão, é quando rapo o prato do jantar todo e o desgraçado fica ali junto à mesa à espera de raspas. Pois é. Vai lá comer ração que essa merda é cara.

Mas há quem tire prazer sexual em penetrar animais ou deixar-se ser penetrado por um. Sei que sempre preguei aqui as escolhas sexuais e a liberdade de cada um DESDE QUE ESSA MESMA LIBERDADE NÃO VÁ CONTRA A DE TERCEIROS. E meus amigos, um animal é um terceiro. Sei que muito bom pastor beirão já deve ter aconchegado o nabo numa cona de lã caprina, mas a verdade é esta: a ovelha não pediu para ser fodida. Certo? É errado? É. Lamento. Sermos um legitimo dono de um animal doméstico ou de criação, não nos dá o direito de fazer do mesmo uma meia suja em que nos vimos.

Querem ser penetrados por um equídeo? Be my guest. Além da coragem que (admito) vocês têm, penso que o penetrador em questão não se irá importar. É mais ou menos imoral que o citado anteriormente? Não. Mantém-se o facto que estamos a ter sexo com um animal irracional, ou seja, o mesmo não tem consciência do que está a fazer (mais ou menos) e com quem.

Solução? Não sei o que vos diga neste caso. Isto é um caso bastante particular apenas superado pela necrofilia (um dia abordaremos essa temática).

Mas atenção aqui numa questão: eu não considero quem se excite com esta prática alguém doente. Nem com problemas. Fetiches, taras e manias, são o resultado de uma combinação de factores sendo alguns deles genéticos. A pessoa não tem culpa de ser como é, no entanto, tem de ser responsabilizada pelos seus actos caso os mesmos infrinjam alguma regra ou lei.

Poderemos estar agora aqui a ponderar até onde é que pode ser considerado uma prática imoral uma mulher ter sexo com um cavalo. Do lado da mulher não há problema algum, meus amigos. É uma adulta consciente e está a ser paga para tal. Do lado do cavalo? Dizer que o cavalo é que é "sortudo", é um pouco redutor pois o próprio bicho então nem sabe a sorte que tem ao estar a comer uma gaja daquele calibre. E voltamos à questão anterior: a nossa liberdade termina onde começa a do meu próximo, mesmo que esse tenha 4 patas e ladre ou relinche ou o que seja.

Talvez esta compulsão possa ser direccionada ou moldada para outra vertente. Talvez não.

Bestialismo ou a sua definição, não é algo errado. O acto em si, é sem dúvida.

Qual deverá ser a barreira que define o que é “errado” no campo da psique sexual? Nenhuma. Na tua mente ninguém manda. Ponto. Fora dela? Tudo o que atinja a liberdade de terceiros.

“Não é não”, ouve-se como slogan anti-violação.

Talvez se desse para traduzir um “woof”, um “miau” ou um “méeeeeeeee” pudéssemos ouvir a mesma coisa. Tanta gaja boa que aí anda. Até aqui no vosso site preferido.

Deixem-se de merdas.

Até quarta e boas fodas.

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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