17 Noviembre, 2022 Canzana Matinal
Tinha acabado de mudar de casa e ainda andava à procura da melhor rota para passear o meu cão...
Há dias em que um homem não deve sair de casa, mas há outros em que agradecemos aos deuses do destino e da fodenga termos um animal que nos obriga a ir à rua dar vazão às suas necessidades. Porque afinal, todos temos necessidades…
Tinha acabado de mudar de casa e ainda andava à procura da melhor rota para passear o meu cão, Pluto. No caso, o bairro era novo, feito de raiz, e se os prédios estavam praticamente terminados e muita gente já começara a ocupar os seus apartamentos, as zonas limítrofes encontravam-se ainda longe de estarem completadas.
Por via disso descobri, não muito longe da zona habitacional, um descampado que parecia destinado a um parque de estacionamento ou a uma superfície coberta de grande dimensão, talvez um hipermercado ou algo do género. Fosse o que fosse, pareceu-me imediatamente ideal não só para o Pluto fazer as suas necessidades em paz, como também para o soltar um pouco da trela e deixá-lo correr à vontade…
Mal cheguei constatei que não fora o único a perceber as virtudes do lugar, pois ao longe vi uma silhueta feminina a passear também o seu amigo patudo.
Apesar da distância, reconheci tratar-se de uma mulher entre os trinta e os quarenta anos, de corpo bem desenhado e cabelos compridos, muito negros. Quanto ao cão que corria à sua volta, era branco e pequeno, muito irrequieto e com um ladrar irritante. Soube depois tratar-se duma cadela de nome Íris.
Todos sabemos que, em termos de relações, os animais são muito mais ágeis que os humanos e bastou um instante para o Pluto e a Íris travarem amizade. Primeiro ladraram amigavelmente, depois cheiraram os respectivos cus e finalmente acabaram a lamber-se como se não houvesse amanhã.
Ia começar a apresentar um pedido de desculpas pelo excesso de liberdade do meu protegido quando Teresa, como mais tarde vim a saber que se chamava, disse alegremente:
- Se fosse tão fácil para nós como é para eles...
Ri-me e apresentámo-nos e aos nossos correspondentes animais.
- É verdade, para eles é tudo muito simples e básico. Já nós temos a mania de complicar tudo...
Entabulámos imediatamente uma conversa fácil sobre pets, sobre a qualidade das habitações para onde ambos nos tínhamos mudado, descobrindo que éramos vizinhos, e sobre o espaço onde nos encontrávamos, óptimo para actividades caninas.
Teresa tinha uma voz suave, um tanto amarga mas meiga, e posso dizer que desde o primeiro momento me atraiu. Por seu turno, quando tirou os óculos de sol, percebi que me tirava discretamente as medidas.
Uma atmosfera agradável, de flirt primaveril, instalou-se entre nós.
A conversa era fácil e escorreita, diria mesmo sugestiva. E se o encontro já parecia bem encaminhado, os nossos respectivos parceiros ainda decidiram dar uma ajuda...
Um ganido viril chamou-nos a atenção e quando olhámos vimos o Pluto a montar a Íris, sem no entanto conseguir introduzir o dardo onde desejava. Basicamente, dava ao cu em seco em cima dela, o que não parecia incomodar de maneira nenhuma a dama submissa. Preocupado e a sentir-me um pouco culpado pela indiscrição do meu educando, perguntei:
- Ela não está com o cio, pois não?
A resposta de Teresa não podia ser mais esclarecedora:
- Ela não...
A partir deste sinal, passámos rapidamente para temáticas mais pessoais. Vim a saber que estava em pleno processo de divórcio, depois de uma relação de oito anos em que os últimos quatro tinham sido todo um inferno e durante os quais não tivera relações íntimas.
Pela minha parte, relevei-lhe que tinha terminado uma relação havia dois anos, após a qual, para além de um ou outro encontro casual, também não estivera com ninguém.
Ficámos a saber, portanto, que ambos estávamos, cada um à sua maneira, danificados pelas nossas experiências anteriores e, em consequência disso, com evidente fome de amor, de paixão e de sexo.
Durante a conversa, os dois tivemos tempo para nos apreciarmos. Sob um casaco curto, ela vestia um fato justo de licra, talvez um fato de treino, que lhe realçava lindamente as formas. Toda ela era de tamanho médio, de altura, de mamas e de rabo, sendo que este se afigurava magnificamente redondo e apelativo.
Suponho que também ela terá tido uma impressão positiva de mim pois, por diversas vezes, vi-a passear o olhar pelo chumaço entre as minhas pernas...
Então já estávamos muito próximos um do outro e ela tocava-me constantemente no braço enquanto falava. Enquanto o fazia, eu desviava-lhe o longo cabelo dos olhos, num gesto de proximidade que, julgo, já não escondia a tesão que cada vez mais sentia por ela.
Acabámos por nos beijar ao de leve, ainda tímidos mas antevendo um interesse mútuo em ir mais além, e nesse momento pareceu-me que a coisa estava feita, que seria na casa dela ou na minha, já não havia volta atrás, ela devia estar tão excitada como eu...
Bem me enganei... Em três tempos, Teresa tinha posto a trela na Íris e com o maior dos desplantes disse-me simplesmente:
- Bem, até amanhã.
Senti o pau a murchar como um pássaro bêbado e uma nuvem de desilusão caiu sobre mim.
- Estás aqui amanhã, não estás?
A nuvem dispersou-se e o sol entrou directamente na minha braguilha, iluminando-me novamente o pau, que se pôs logo em sentido.
- À mesma hora?
- Sim! Com toda a certeza!
E ficámos os dois, eu e o Pluto, a observar os dois rabinhos, um redondo e o outro peludinho, que tanto nos inspiravam e se afastavam a gingar em direcção ao horizonte...
No dia seguinte, dez minutos antes da hora marcada, já eu estava no sítio de pau feito à espera dela.
Mal as nossas duas ladys chegaram, nem de propósito, o Pluto, que tinha andado a correr atrás dos pombos, aparece com um enorme vibrador cor-de-rosa na boca!
Onde raio o cão foi desencantar um objecto tão descabido no meio de um matagal, não fazia a mais pequena ideia. O facto é que me deixou bastante envergonhado.
Felizmente, Teresa não só não se mostrou chocada como reagiu positivamente ao achado. Ou por ter mente aberta ou por ver no despudorado acessório um motivo inspiracional, riu-se com gosto e acabei a rir com ela.
- Bem, parece que eles já encontraram um “osso” para se divertirem. E nós?
Percebi que ela não estava para perder tempo e agradeci-lhe por isso. Estava num estado de tesão eléctrica que precisava de descarga urgente!
Teresa soltou a trela de Íris e os caninos desataram a correr atrás um do outro. Em seguida agarrou-me na mão e disse:
- Anda, conheço um sítio.
Apesar da manhã fria, não trazia casaco e vinha de saia. Mesmo em andamento, beijei-a logo no pescoço e comecei a apalpar-lhe as mamas, que já tinham os bicos duros. Por sua vez, ela fez-me festas no caralho por cima das calças.
O sítio que ela conhecia era uma pequena construção em ruínas em que uma parede tinha desmoronado. Uma vez lá dentro ninguém nos podia ver. Teresa não esteve com meias medidas, encostou-se de frente para a parede e baixou as cuecas, oferecendo-me o rabo nu e a cona peluda.
Desejava enfiar-me nela mais do que tudo mas, sendo um apreciador dos cheiros e dos paladares essenciais femininos, ajoelhei-me primeiro e chupei-lhe bem as bordas sumarentas. Depois lambi-lhe olho do cu.
Teresa já estava molhada antes que a minha língua lhe tocasse. Cheirava a quatro estações e sabia a marinada de flores com carne.
Quando ela já estava a gemer de gozo, levantei-me então e comecei a fodê-la por trás.
A reacção dela foi indescritível. Mal o sentiu entrar começou a tremer toda e os seus gemidos pareciam os de um animal ferido. Estava tão molhada que eu mal sentia a fricção da picha no tubo vaginal.
Apertei-lhe as mamas e espremi-lhe os mamilos e calculei que conseguiria aguentar no máximo uns dois minutos até me vir, quando ela me pediu:
- Fala comigo!
Não percebi logo.
- Fala comigo. Diz-me coisas. Chama-me cadela...
Nunca fui, confesso, um especialista nas artes do trash talk, mas percebi que seria uma indelicadeza não corresponder ao seu pedido num momento tão vulnerável. E enfim, lá consegui articular, desajeitadamente, algumas obscenidades:
- Cadela, és uma cadela! Gostas de ser fodida como uma cadela, não gostas? Gostas de um bom caralho dentro dessas bordas de fêmea, não é? Responde, cadela, diz que gostas de ser fodida por trás, como os cães com cio!
- Sim, gosto, por trás adoro...
- Era isso que querias, cadela? Ser comida à canzana?
- Sim, oh sim, queria muito...
- E do que é que gostas mais, cadela? Gostas no cu?
Disse-o ao mesmo tempo que lhe enfiava o indicador pelo ânus até ao fundo. Entrou que foi uma limpeza!
- Sim, atrás adoro... Mete no cu, mete no cu!
Enrabei-a sem custo e gostaria de dizer que o nosso prazer se prolongou durante muito tempo, mas na verdade dei-lhe no máximo dez estocadas até me esporrar todo lá dentro.
Ela não se veio aí mas, sem a mudar de posição, meti-lhe o caralho, que ainda estava teso, entre as pernas e masturbei-a assim, por trás, até finalmente rebentar num enorme orgasmo, em que os líquidos da cona escorriam emparelhados com a meita que lhe pingava do cu.
No final, vi que tinha mordido o braço para não fazer muito barulho e não denunciar a nossa posição clandestina. Ficou com a marca dos dentes gravada na pele.
A partir daí, vamos todas as manhãs passear os nossos cães à mesma hora e fodemos à canzana. Não temos qualquer outra relação, amorosa ou de amizade. Só a fodo e enrabo e lhe digo porcarias e ficamos assim, em boa vizinhança.
Quanto ao Pluto e a Íris, ainda não se comeram. O que significa que, por uma vez, somos nós, os humanos, a dar o exemplo e a não complicar as necessidades do amor...
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com