28 Januar, 2019 Um broche louco
Respira e dá-lhe com tudo Zé!
A Alice apareceu na minha vida há pouco tempo, mas sinto que a quero só para mim. A sua boca. O seu corpo. Eu quero-a toda só para mim. Será possível? Alice...
Conhecemo-nos na festa de anos do nosso amigo Alexandre.
A Alice despertou-me a atenção num sitio, num acontecimento onde eu nem queria, nem estava interessado em conhecer alguém. Mas lá apareceu ela.
Não consegui retirar os olhos dela. Do canto do olho eu persegui-a. Vi cada movimento que fazia. Com quem interagia. Até que.. consegui finalmente tocar-lhe. Um pequeno encontrão. Foi só o que precisámos para começar a falar.
- Peço desculpa. - disse-lhe meio atrapalhado.
- Não faz mal. Não há qualquer problema. - diz enquanto limpa umas quantas gotas da bebida que se entornou sobre a sua túnica laranja.
Ela como estava a falar com mais dois amigos meus; nem eu sabia que tínhamos tantos amigos em comum; fiquei ali por perto a falar com o João e com o Renato sobre o jogo de basquetebol que tinha dado na noite anterior.
Aquela conversa desenrolou-se e ela foi ter com outro grupo de pessoas. "Porra!", pensei.
As horas foram passando, cantámos os parabéns ao Alexandre e pouco tempo depois o pessoal foi-se retirando.
Os meus olhos percorriam a área a ver da Alice. "Onde estás loiraça?", pensei.
Não sei para onde ela foi. "Como a deixei escapar?", questionei-me, martirizei-me ao longo do resto da noite com esta questão.
Não a vi sair da festa do Alexandre. Não a vi...
"E agora?... Agora quando a voltarei a ver?! Pensa Artur!"
Passou aquela noite e mais umas quantas até estar novamente com o Alexandre. Fui um génio ao combinar um café com ele, mas sendo ele um homem casado sabemos que o tempo que tem destinado para os amigos é quase inexistente, por causa das responsabilidades que ele tem com a patroa.
- Pá! De onde conheces tu aquela loiraça que estava na tua festa? - perguntei muito rapidamente. Não estava para perder tempo.
- A Alice? - pergunta-me enquanto leva a chávena de café à boca.
- Sim!! A Alice.
- Mas se já sabes o nome dela é porque a conheceste não?
- Ó Alexandre, vamos lá falar seriamente, pode ser?
O responde e não responde do Alexandre estava-me a deixar impaciente.
- A Alice é uma amiga da Maria. Eu até gosto dela. Já estivemos várias vezes com ela. É uma miúda porreira. Solteira, boa rapariga e loira. Queres melhor? - diz enquanto solta umas boas gargalhadas.
Aquelas gargalhadas. Aquilo tinha água na boca.
- Achas que me consegues ajudar a vê-la novamente? Não vou esperar até fazeres anos novamente, pois não?
- Não! - responde-me entre risos – Vou falar com a Maria depois eu digo-te alguma coisa.
Aquele Alexandre. Desde que casou que está feito uma mulher. Cheio de jogos psicológicos e cheio de dicas que fazem um gajo pensar e repensar no assunto. Por que não dizer simplesmente um sim ou um não?
A Alice não saía da minha mente. Gravei na minha mente cada gesto, cada movimento que ela fez ao longo daquela noite em casa do Alexandre. Era tão majestosa.
A Alice. Uma mulher... Mas que Mulher... Foi a Mulher que mais me marcou. Deixou em mim algo que nunca mais encontrei em ninguém. Uma marca. Uma recordação. Um mau vício. Por causa da sua mestria tão perspicaz, tão sábia. E eu estava desejoso de a ter. De a ter só para mim.
Os dias foram-se passando e nenhum sinal do Alexandre. Os dias transformaram-se em semanas, até que: lá estava ela.
Algo mesmo muito improvável: sexta-feira à noite no hipermercado Jumbo, no corredor dos vinhos tintos, da região do Alentejo, lá estava ela em dúvida, em pesquisa sobre que vinho comprar. Tão linda.... Com o seu cabelo apanhado num rabo de cavalo mal feito com madeixas de cabelo a fugirem dele. Vestida com um fato de treino cinzento e já com alguns itens no carrinho de compras.
"Respira e dá-lhe com tudo Zé!"
- São boas promoções, não achas? - digo-lhe depois de me juntar a ela a olhar para o expositor.
Ela olha para mim com um olhar desconfiado, até que depois de se recordar de onde me conhecia, um sorriso começou a surgir no seu rosto.
- Sim, são! Por isso é que eu estou aqui há mais de dez minutos a tentar decidir que vinho hei-de eu comprar.
- Posso-te aconselhar a levar este? - Mostro-lhe o vinho Roda Manca, de 2016. - Comprei-o já há algum tempo e não me arrependo. É suave, mas tens que o deixar respirar.
- Olha! E o preço não é nada mau.
Depois de ficarmos à conversa durante mais um bocado a Alice diz:
- Não queres vir até minha casa, abrir uma garrafa destas?
Fico petrificado a ouvi-la dizer o que acabou de dizer.
- É muito descarado, não é?
- Nã.. - não me deixa terminar de falar.
- É que é sexta-feira à noite, estamos ambos no corredor dos vinhos... Aposto que vais fazer como eu: chegar a casa e abrir uma destas garrafas e encher um bom copo. Em vez de bebermos sozinhos, podemos fazer companhia um ao outro. Que me dizes?
Petrificado estava, petrificado fiquei. Não acredito no que me está a acontecer. "Obrigada Roda Manca!", penso.
- Aceito a sua proposta! Vamos lá então pagar as compras. - digo com um grande sorriso estampado na cara.
Fui para a casa dela. Um pequeno apartamento bastante humilde.
- Tenho ainda pouca decoração, eu sei... - diz-me enquanto se encaminha para a cozinha.
Copo atrás de copo e já vamos a meio da terceira garrafa. As horas escapam-nos entre os dedos. A conversa fluía tão bem que fomos ficando. Ficando na sua varanda a beber copos de vinho naquela noite perfeita de verão.
Ela é tão bonita. Fico parado a olhar para ela. Para ela e para os seus grandes olhos azuis. Como os adoro. Como quero acordar e ser ela a primeira pessoa que eu vejo. Como eu quero.
Estava eu vagueando nos meus pensamentos quando a Alice pára de falar. Fixa o seu olhar em mim, respira fundo e dá um grande gole no seu copo de vinho.
- Anda. Vem comigo. - diz-me enquanto me pega na mão.
Eu nem a questionei. Levantei-me da cadeira, dei um grade gole no meu copo de vinho e segui-a.
- Anda... - diz-me enquanto me começa a puxar para dentro de casa.
Chegámos ao quarto dela e sem demoras ou qualquer tipo de rodeios, atirou-me para cima da sua cama. Uma cama bem confortável, uma bela king-size.
- O que estás a fazer Alice?
Não me responde e salta para cima de mim. Agarra-se aos meus cabelos e dá-me um beijo que me deixa sem qualquer tipo de reacção. Que beijo... Que lábios mais saborosos. Beija-me que nem uma louca enquanto me puxa o cabelo e depois começa a percorrer o meu pescoço com as suas mãos. Começa a descer. "Ai mãe! Que puta de visão!", penso enquanto a observo a descer sobre mim, a desapertar-me os botões da camisa com os dentes, a depositar-me beijos e mordidas ao longo da minha barriga. Chega às minhas calças e abre-me tanto o cinto como o botão das calças com os seus dentes. "Ai mãeee! O que é isto?!", estou extasiado com tudo o que observo. Puxa os meus boxers para baixo, tambem só com os seus dentes, e liberta o meu pénis erecto, demasiado excitado para estar preso naquelas roupas tão apertadas.
O meu pénis estava tão erecto e tão ansioso por um toque que ela sem demoras coloca-o na boca. Com lentidão ela foi degustando do meu sabor. A sua língua percorreu o meu membro de alto acima, não deixando os meus testitulos de fora.
Começou de joelhos no chão, mas muito rápido foi rodando o seu corpo de forma a colocar-se em cima de mim, com a sua vagina bem colada no meu peito. Sinto-a a ferver. Está sedenta por mais. Observo as suas ancas a dançar sobre mim. Coloco-lhe um dedo sobre o seu sexo ainda protegido pelo tecido rendado dos seus boxers. Rapidamente dá-me uma pancada na mão, olha-me sobre o ombro e sem deixar de me estimular diz-me:
- Menino feio. Não toca não, só pode olhar.
Não lhe toquei. Fiz tudo o que ela me pediu.
Aquele broche. Aquela Alice...
O seu toque... Um toque que não me esqueço e que nunca mais encontrei em outra mulher. Ela sabia como me tocar. Sabia como me estimular.
Aquela noite. Não me esqueço por nada neste mundo. Ficou bem cravada na minha memória.
Ela disse "Só pode olhar" e eu só olhei.
Olhei e memorizei tudo, Alice. Tudo.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...