19 Dezember, 2024 Entrevista com uma ninfo - Parte 6
O bom doutor tratou de tudo: explicou ao meu desolado marido as minhas necessidades...
A consulta fatídica começara ao meio-dia, e eram perto das quatro da tarde quando os amigos do bom doutor, essas bestas mitológicas, esses queridos minotauros de pau teso, começaram a retirar do meu corpo...
(Continuação da descrição retirada do diário de Rosa, aqui reproduzida na íntegra, após a interrupção na entrevista do psicólogo.)
"A consulta fatídica começara ao meio-dia, e eram perto das quatro da tarde quando os amigos do bom doutor, essas bestas mitológicas, esses queridos minotauros de pau teso, começaram a retirar do meu corpo.
Dentro de mim ficavam litros de esporra, bastante dela no meu estômago, a festejar de barriga cheia aquele cabaz de nutrientes de várias estirpes e sabores.
Eles vieram-se abundantemente, não sei quantas vezes cada um, e eu acho que me vim até desmaiar, ou essa pareceu-me ser a sensação, pois uma dormência geral tomou conta de mim durante muito tempo.
Foram vários momentos, ou etapas, duma odisseia sem fim. Por vezes, largavam-me um bocado, mas só para me surpreenderem quando eu já pensava que tudo tinha terminado.
Mesmo depois de eles se afastarem, continuei a sentir os seus paus fantasmas, a sonhá-los enormes, a revisitá-los grossíssimos. Aí era como se já não precisasse de homens, como se me bastassem as memórias dos meus novos amigos imaginários...
Bastava-me pensar neles e os meus mamilos não amoleciam. O meu cu e a minha cona abriam e fechavam como bocas de peixe regaladas, pulsando reminiscências de gozo e prazer limite.
É verdade, chegada ao derradeiro clímax, já não precisava de homens. Bastava-me a memória agridoce dos seus caralhos monstruosos, que podia convocar quando quisesse.
Toda esta demência, do princípio ao fim, o meu amor observou, ao vivo e a cores, a convite do meu psicólogo.
O bom doutor tratou de tudo. Explicou ao meu desolado marido a minha condição. Falou-lhe das minhas necessidades. Disse-lhe que se me amasse verdadeiramente, havia apenas uma maneira de me ajudar. E essa maneira era permitir-me ser aquilo em que me tinha tornado.
Mas para poder compreender não bastava explicar. Só com palavras, ele não acreditaria, pois toda aquela irrealidade era demasiada. Era preciso que visse com os seus próprios olhos. Por isso, sentou-o numa pequena saleta contígua ao consultório, onde ele pôde observar tudo pela fresta da porta...
No final da sessão, depois de muita revolta e muitas lágrimas, e, principalmente, depois de me ver fodida pela frente, por trás e pelos lados, por cinco caralhos de homens estranhos, o meu mais que tudo não conseguia esconder a desilusão. Mas também não conseguia disfarçar a tesão.
Qualquer coisa, um clique, tinha mudado algo dentro dele. Então, sentindo que nada mais podia fazer senão render-se, baixou as calças e, seguindo o conselho médico, fez-me chupar-lhe o caralho! E foi nesse momento que, finalmente, me compreendeu.
A parte que o chocava mais, disse-me depois, era a violência. E foi esse lado que se suavizou na sua lógica, quando ele próprio a experimentou.
Como prometido, o doutor deu-me a foda que eu tanto desejava para a despedida. Mas não ma deu sozinho... Unidos, como agentes da solução de todos os meus males, as duas pessoas que mais se preocupavam comigo em todo o mundo conjugaram-se para me foderem juntas. Ou melhor, para me enrabarem, para me partirem o cu, para se esporrarem dentro de mim!
Sem carinhos. Sem meiguices. Com amor, sim, mas com toda a dureza que agora eu necessitava que ele trouxesse.
Eu vi nos olhos do meu marido a sua transformação. O prazer repentinamente descoberto naquele pacto de agressão. E o mais incrível foi que, depois de tantas horas de sexo puro e duro, os seus olhos brutos e o seu caralho faiscante de raiva fizeram com que se acendesse em mim uma tesão ainda maior do que a que sentira até aí! Nunca pensei que tal fosse possível.
Pensava que já tinha tocado o céu. Mas aquele pau que nos últimos meses eu aprendera a desconsiderar, agora parecia capaz de rasgar nuvens negras e preparava-se para esporrar o universo em toda a sua infinitude! Nunca o tinha visto assim...
A partir daí tudo mudou. Desde logo, mal chegámos a casa percebi que o dia não tinha terminado. Eu sentia-me esgotada, na verdade, apenas queria dormir. Mas o meu alucinado marido era como a bomba que, de repente, descobre o seu próprio rastilho. Percebi logo que tinha outras ideias...
Eu queria lavar-me, mas ele não deixou. Disse que me queria foder enquanto ainda tinha a porcaria dos outros homens no meu corpo.
Mal entrámos no quarto, atirou-me para a cama, caindo sobre mim e forçando as suas mãos nas minhas cavidades ainda doridas.
Nunca o tinha sentido tão bruto, tão pouco carinhoso, e ao princípio, querido diário, confesso que lhe estranhei aquela nova personalidade.
Depois, fez-me chupá-lo durante muito tempo. Em boa verdade, não era eu que o chupava, mas ele que me fodia a boca como se fosse uma cona sem fundo. Sentia a sua glande obstruir-me violentamente a garganta e não tardei a vomitar-me toda.
Aí parece que acendi mais um lado escuro que ele nem sabia que tinha. Desatou a chamar-me nomes e a gritar como um possuído:
– Olha para isso, porca do caralho! Que porca nojenta me saíste! Puta do caralho! Olha a merda que deitas da boca, é só esporra... Quer dizer que gostas de pau, não é? Gostas de engolir nhanha. Então, toma pau! Chupa essa merda, mete-o nas goelas!
E empurrava cada vez com mais força, levando-me ao vómito uma e outra vez.
Por fim, virou-me bruscamente e, sem mais nem menos, enfiou-me o grande caralho teso no cu!
Só depois de me enrabar durante longo tempo, se esporrou e me mandou ir tomar banho. Disse que me queria pura para me emporcalhar ele só, e queria-me relaxada para a maratona que aí vinha.
No duche, chorei com medo do que ele me poderia fazer.
Afinal, nem foi nada de mais. Fodeu-me a noite inteira, uma parte da qual eu nem sequer recordo, pois dormi profundamente, estava morta de cansaço.
Acordei cheia de meita seca sobre o corpo e nos cabelos. A julgar pela quantidade, ele devia ter estado a esporrar-se a noite toda.
Os nossos dias transformaram-se por completo. Para começar, o meu marido tinha férias para tirar e informou o trabalho que iria ficar as próximas duas semanas em casa. O meu paraíso transformou-se no inferno, e o meu amor tornou-se o diabo!
De manhã, eu queria levantar-me e ele puxava-me para a cama. Mandava-me chupá-lo durante horas, eu já não sentia o céu-da-boca nem o maxilar.
Não sei o que ele fazia, mas conseguia não se vir por muito tempo.
Só me deixava sair da cama depois de eu própria me vir compulsivamente, usando todos os meios que podia até eu começar a espirrar toda.
Em qualquer lugar, a qualquer momento, se me via passar pela casa, agarrava-se a mim, rasgava-me a roupa e submetia-me aos seus caprichos mais loucos.
Às vezes, prendia-me com correntes e deixava-me estar horas nua presa num quarto. Depois vinha de surpresa, muitas vezes eu estava a dormir, e atacava-me com o seu caralho grosso que parecia agora ter uma tesão inesgotável.
Endoidecido, gritava:
– Vês no que me tornaste, puta de merda? És um monstro e acordaste um monstro!
Batia-me com o pau nas bochechas até eu abrir a boca, depois enfiava-o, como sempre, até ao fundo, até ao vómito, antes de me foder ou enrabar.
Assim era a minha vida depois de ele descobrir o que eu era: uma viciada em sexo, a quem o marido prescrevia os mais viciosos tratamentos. E não havia nada que eu pudesse fazer."
(continua...)
Entrevista com uma ninfo - Parte 5
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Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com