04 Juli, 2024 O amigo da minha mãe
Costumava masturbar-me quando chegava da faculdade, mas nunca tivera quaisquer experiências físicas.
Fui sempre uma menina tímida e, exceptuando o episódio que vou relatar, só por volta dos 25 anos comecei a praticar sexo regular. No entanto, isso não significa que não tive experiências anteriormente, embora essas experiências fossem quase exclusivamente comigo própria.
Costumava masturbar-me quando chegava da faculdade e sabia que estava sozinha em casa (vivia só com a minha mãe, pois ela e o meu pai eram divorciados). Tinha descoberto numa gaveta do guarda-fato dela uma série de livros “picantes”, e eram eles a inspiração das minhas sessões.
No entanto, até esse momento nunca tivera quaisquer experiências físicas, a não ser com um namorado muito breve, que um dia tentou enfiar a mão dentro das minhas calças, chegando a introduzir o dedo na entrada da minha vagina. Até aí não tínhamos passado dos beijinhos e fiquei muito envergonhada quando me disse que eu estava molhada, o que provavelmente era verdade.
Mas esse momento acabou por precipitar a nossa separação, pois, independentemente do meu grau de excitação, não podia aceitar o seu abuso, já que o seu gesto fora induzido sem o meu consentimento.
Em relação ao episódio que vou contar, aconteceu um dia em que a minha mãe chegou mais cedo do trabalho e trazia com ela um amigo de longa data.
Quando ela chamou por mim, não tenho vergonha de dizer, eu estava na minha cama a ler um livro e a tocar-me. Assustada, ajeitei-me rapidamente e fui para a sala, onde a minha mãe me apresentou o amigo. Aliás, ele tinha sido primeiro amigo do meu avô e só depois da minha mãe.
Então, eu tinha acabado de fazer 20 anos e ele era mais velho, talvez cinquenta e poucos.
Não sei se devido à minha timidez ou ao meu nervosismo, ele pareceu perceber alguma coisa e olhou para mim com um olhar cúmplice que me deixou muito encavacada. Para piorar tudo, a minha mãe tinha-o convidado para jantar e descobriu que não tinha azeite, portanto, precisava de ir à loja comprar. Disse que voltava já e deixou-nos sozinhos em casa.
Fiquei em pânico! Não sei porquê, mas tinha a certeza que ele sabia que eu me tinha estado a masturbar...
Mal ela saiu, ele olhou para mim com um ar divertido e perguntou-me:
– Viemos interromper alguma coisa?
A gaguejar, garanti-lhe que não, mas nunca fui boa a mentir. Logo senti a cara muito quente, sinal de que as minhas faces estavam vermelhas e ele apanhou-me facilmente.
– Não te preocupes, sei o que isso é.
Como ele soube, até hoje não percebi.
– Já estiveste com algum rapaz?
Disse que não.
– E com raparigas.
Disse que também não.
Logo a seguir, ele levantou-se da cadeira onde estava e sentou-se ao pé de mim no sofá.
– Não te preocupes, essas coisas acontecem naturalmente.
Disse-o e pôs a mão na minha perna, subindo-a logo a seguir por baixo da minha saia, até os seus dedos tocarem nas minhas cuecas. Aí fiquei muito assustada, pois lembrei-me que deviam estar molhadas. Infelizmente, ele também o sentiu, confirmando assim as suas suspeitas.
– Ah, eu sabia. Estás molhada e quentinha. Chegaste a acabar?
Falava para mim com uma voz muito meiga e sempre com um sorriso que me transmitia muita calma.
Acenei que não e ele continuou a tocar-me. Ele tinha um toque suave, experiente, e tudo o que eu sentia era como tudo aquilo era agradável...
Passado um bocado, senti-o desviar as minhas cuequinhas para o lado e colocar um dedo dentro de mim.
– És virgem?
Acenei que sim.
– Não te preocupes, não te vou macular.
Lembro-me de achar a palavra estranha, mas, mais uma vez, ele teve a arte de me acalmar e continuou.
Eu sentia-me cada vez mais excitada, já não conseguia segurar os gemidos e então ele acelerou.
Enquanto me manuseava, ele olhava-me no fundo dos olhos, como se quisesse ler a minha alma, até que me agarrei com muita força ao seu braço e, inevitavelmente, tive um orgasmo!
Foi muito forte e repentino, estremeci toda e revolvi-me no sofá, enquanto a sua mão continuava a pressionar levemente o meu clitóris.
Só aí ele levantou a minha saia e olhou directamente para o meu sexo, que estava de boquinha aberta e alagado. Afagou ternamente os meus lábios vaginais, aproximou-se para cheirar e no fim, meteu os dedos na boca, provando os líquidos que tinha tirado de dentro de mim.
– Humm, és muito saborosa! Agora anda, vai tomar banho para a tua mãe não desconfiar de nada.
Fiz o que ele disse, estava muito tonta quando me levantei, mas consegui tomar duche.
Mal conseguia tocar na minha vagina para a lavar, tal era a sensibilidade com que ele ma tinha deixado. Já me tinha masturbado muitas vezes, mas nunca tinha sentido uma tal intensidade, um tal estremecimento das minhas partes íntimas...
Foi o tempo de me secar e vestir, a minha mãe chegou, fez rapidamente o jantar e comemos todos juntos.
Quase não consegui tocar na comida, pois só pensava nos seus dedos a tocarem-me. Queria mais, mas não era possível com a minha mãe ali.
Confesso que, quando ela apareceu com ele, pensei que a minha mãe o tinha trazido como um engate para passar a noite, mas não era o caso. Eram mesmo só amigos e não havia outro interesse por trás.
Às tantas, ela perguntou-lhe quanto tempo ele estava a pensar ficar e ele respondeu que, por acaso, era para ser uma visita rápida, mas agora achava que poderia ficar mais umas semanas. Ao dizê-lo, olhou discretamente para mim e o meu coração pulou dentro do meu peito!
Pelo resto da noite mal consegui esconder a minha alegria. E aquilo que mais desejava foi exactamente o que aconteceu...
Durante várias semanas, ele começou a aparecer antes de a minha mãe chegar, e “brincávamos”, como ele dizia. Ou seja, masturbava-me até me fazer vir.
Eu pensava nele todo o dia até ele chegar e quando se ia embora ficava a pensar nele até voltar. Sonhava com a sua voz e com o seu sorriso, com a forma como me despia as cuecas, com o toque dos seus dedos na minha intimidade provocando-me violentos orgasmos. Só queria mais, mais e mais...
Além da masturbação, acabámos por fazer também outras coisas, pois eu queria muito que ele também tivesse prazer comigo. Ele lambeu-me em baixo e eu chupei-lhe a pila.
Ensinou-me muito, inclusivamente a chupar bem e a receber os seus jactos de sémen na minha boca, que desde o primeiro momento achei deliciosos.
Além do mais, era um actor primoroso. A minha mãe chegava e encontrava-nos juntos e ele agia como se nada fosse, logo brincando e rindo com a intimidade natural que mantinha com ela, devido aos muitos anos que durava a sua amizade.
Mais, ela agradecia-lhe pela relação que o via desenvolver comigo, pois o meu pai sempre foi uma pessoa ausente e ela achava que eu beneficiaria duma figura paternal.
Mal sabia ela que a figura paternal que imaginava, todos os dias me dava uma série de orgasmos em todas as divisões da casa, ora com os seus dedos mágicos, ora com a sua língua experiente!
Quando finalmente ele foi embora, eu continuava virgem, mas durante as últimas duas semanas, fizemos sexo anal. Ele queria muito penetrar-me, mas não queria “macular-me”, como tinha dito. E um dia aceitei.
Ele foi muito meigo e cuidadoso e paciente, e ao princípio foi muito difícil, pois doía imenso. Mas, depois, a partir do momento em que aprendi a apreciar, já era eu que pedia, pois não queria outra coisa. Adorava senti-lo duro dentro de mim e sentir o seu leite quente a disparar dentro do meu ânus.
Foram semanas de intensa felicidade que recordo até hoje com saudade e com tesão. Foi o meu melhor professor e o meu primeiro amante.
Tudo isto já se passou há muitos anos, mas sempre me lembrei dele e um dia, recentemente, voltámos a encontrar-nos. Fui eu que o procurei nas redes sociais, e promovi o contacto, pois tinha muita curiosidade de saber como ele estava e se ainda seria possível reviver o idílio dos dias passados.
Então, ele estava quase nos setenta, mas ainda era um homem atraente.
Acabámos na cama, claro, e não posso dizer que foi a mesma coisa, pelo menos sexualmente. Ele tinha engordado bastante e já não tinha a mesma estamina, mas ainda sabia foder. E o resto, o carinho e a cumplicidade compensaram.
Foi uma noite suave, de revivalismo e com alguns orgasmos por estimulação clitoriana, pois nisso ele não tinha mudado nada, pelo contrário, estava ainda melhor.
Nunca outro homem me masturbou assim e isso significa que não só os seus dedos eram ágeis, mas sobretudo a sua mente conseguia conectar-se com a minha a um nível que mais ninguém alcançou.
A vida não é uma história, mas uma história de histórias. E a minha, com este homem mais velho que marcou tanto o início da minha existência, foi uma das mais felizes que tenho o prazer de ter vivido.
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com