29 März, 2017 Eau de Cona
Aquele cheiro que tanto nos aproxima como nos afasta.
Saudades do meu camarada de tropa Gomes e dos seus dizeres fantásticos: “gosto de lamber conas a saber a mijo e a ranço”. O Gomes, na sua infinita sabedoria popular, não estava a dizer nada descabido.
Cona lavada todos gostamos, certo? Nada como enfiar a beiçola numa Cona-Skip acabadinha de sair da máquina. É o equivalente sexual a deitarmo-nos numa caminha acabada de fazer. Mas também não é errado dizer que temos uma certa atracção por um ligeiro apontamento de “cona de dois dias”. A cona, tal como o bacalhau à brás, tem um cheiro comum. E cada cona tem o seu próprio bouquet de aromas associado, resultante de uma série de factores que vão desde a própria genética da pessoa até ela ser ou não oriunda da Beira Interior. Alguns, esquisitinhos do caralho (ou da cona, neste caso) costumam pôr cara feia à minima presença de odor a mexilhão. Meu amigos, cheirem lá o vosso caralho! Ou tentem. Não conseguem, pois não? Bom, se pudessem, ponho as mãos no fogo que não deve cheirar a CK ONE. E não julguem que vos quero cheirar a gaita, estou apenas a querer vincar aqui a seguinte ideia:
NINGUÉM CHEIRA BEM DAS PARTES BAIXAS!
Mais responsabilidade temos nós em manter o tolas e os gémeos com aroma de frutos do bosque do que elas, dada a nossa própria anatomia de trombinhas. A mulher, dona e senhora do melhor sítio do mundo e arredores, não tem esse luxo e, muitas vezes, pode exalar aromas mais ou menos avinagrados. Goste-se ou não, são assim que as coisas são (até rimei, foda-se!). Sinceramente, quando oiço um gajo dizer que teve nojo em lamber determinada senaita, só me apetece enfiar-lhe a cabeça num esgoto para ele aprender o que realmente cheira a fossa. Uma cona cheira a cona. Aliás, lamber uma cona totalmente asséptica, é como fazer um minete a uma barra de sabão (uma com o formato de uma cona!). É de uma extrema falta de educação mostrar a uma senhora que o seu odor conal nos causa repulsa. Não cheira bem? Tudo bem. Pode ser um dia menos bom para a senhora ou, de facto, ela tem mesmo uma ETAR entre as pernas (e temos de lamber a ETAR para lá ENTRAR).
Não sou nenhum herói ou justiceiro do cheiro a cona, ok? Apenas acho que somos demasiado exigentes neste campo. Já apanhei de tudo, inclusive, uma gaja cuja xoila cheirava a abacaxi. Mas também já tive a minha dose de experiências odoríferas menos positivas e nesses casos, nada como recordar as instruções do meu professor de natação: “NÃO RESPIRA!!”.
Senhoras, nem muito ao mar e nem muito à terra. Não é preciso borrifar a xerifa com Windex, mas também não queremos enfiar a boca no meio das vossas pernas e descobrir uma família de morcegos lá a viver.
Nada como passar uma toalhinha perfumada na crica uns minutos antes de ir mandar uma.
Boas fodas e até domingo.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.