06 dezembro, 2024 Mentes Conectadas: Culpa e frustração com o Trabalho Sexual
O que fazer quando a ansiedade e a culpa nos deixam num beco sem saída?
Nem todas as pessoas que se dedicam ao Trabalho Sexual estão confortáveis com isso. É esse o caso de uma leitora do Mentes Conectadas, mãe solteira que se sente no limite a fazer um trabalho de que não gosta.
"Sou mãe solteira de dois filhos e comecei a fazer convívios como acompanhante depois de ter ficado desempregada. Tenho de pagar as minhas contas e de dar aos meus filhos tudo o que precisam, mas detesto fazer este trabalho.
Cada dia a atender é um desafio muito grande em termos emocionais. Há clientes que são agradáveis e não é mau de todo, mas é muito difícil lidar com tudo isto. Sinto-me culpada e frustrada ao mesmo tempo. Estou presa a isto por causa do dinheiro.
Não me sinto bem comigo mesma. A minha autoestima está péssima e começa a ser difícil dar aos meus filhos a atenção de que precisam.
Estou quase no limite! A ansiedade é constante e sinto-me num beco sem saída. O que fazer?"
Olá,
Se está a sentir tudo isso, então há apenas uma ação a tomar o mais rapidamente possível: sair. Contudo, antes de dar esse passo, é importante elaborar um plano bem estruturado.
A primeira tarefa é identificar aquilo que aprecia fazer em termos profissionais, quais são as suas habilidades e se necessita adquirir novas competências.
Dirija-se ao seu Centro de Emprego e solicite uma reunião com uma assistente para receber orientação. Ela irá informá-la sobre o que deve fazer e como proceder.
Além disso, verifique a possibilidade de ter uma assistente social que possa auxiliá-la, seja no âmbito das contas ou na documentação que precise de preencher.
O Trabalho Sexual é um dos empregos mais emocionalmente violentos que existe. No entanto, permita-me dizer-lhe que essa ansiedade que sente é positiva, pois indica que ainda não se desconectou do seu verdadeiro eu!
Tenho uma alternativa adicional: criar um plano de poupança, onde como profissional do sexo, economize dinheiro durante um período de um ou dois anos para ter uma reserva financeira e até mesmo abrir o seu próprio negócio.
Tenho uma ex-namorada que foi trabalhadora do sexo e que, agora, possui a sua própria boutique de moda.
Conheço outra pessoa que inaugurou um estabelecimento de comida do tipo “kebab”. Conheço outra pessoa que dedicou tempo e esforço à sua educação e desenvolvimento académico.
Existem diversas opções disponíveis, tornando possível transformar este emprego em algo temporário e benéfico para a sua vida e autoestima. Mas realize essa ação o mais cedo possível, caso contrário pode acabar “presa” nela permanentemente.
O dinheiro pode parecer tentador, porém, se em vez de o gastar em coisas grandiosas, investir em atividades que aumentem a sua autoestima, tudo dará certo.
Dedique um dia por semana para refletir. Dirija-se à praia ou a um local tranquilo, leve um caderno e uma caneta, e elabore um plano de SAÍDA!
Um abraço
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Até à próxima - Mentes Conectadas X
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