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12 abril, 2024 Mentes Conectadas: Problemas psicológicos após um divórcio

Um divórcio, uma separação, a perda de alguém, leva sempre a um luto.

Recebi uma mensagem de uma mulher que se sente destroçada depois de um divórcio que a levou a “perder” a filha. Lidar com uma dupla perda leva a um luto a dobrar.

Mentes Conectadas: Problemas psicológicos após um divórcio

"O meu nome é Sara. Estou com problemas a nível psicológico bastante graves. Choro diariamente…. Divorciei-me há pouquinho tempo e tive de deixar a minha filha com o pai, e está a ser muito difícil gerir a situação…”

Obrigada pela sua mensagem.

Desde já, gostaria de referir que aquilo por que está a passar é apenas um processo de luto violentíssimo!

Um divórcio, uma separação, a perda de alguém, leva sempre a um luto. Digo que é violentíssimo porque mexe com as emoções todas quando se perde alguém que está ligado a nós a nível sentimental.

No seu caso, está com duas perdas: um marido e uma filha, e devido a isso, o luto é a dobrar.

Pode achar que é muito grave porque chora todos os dias, mas deixe que lhe diga que ficaria mais preocupada se não chorasse. O chorar é uma forma saudável de lidar com um processo de luto.

Dando-lhe um exemplo…

Se não chorasse, poderia entrar em colapso e até mesmo a vir a ter ataques de pânico.

A perda de alguém dá muita tristeza, assim como raiva, negociação.

É um vazio enorme que fica, e dá a sensação de que esse vazio nunca será preenchido e que o buraco dentro de si irá permanecer para sempre. Isto é a parte da negociação, e provoca uma tristeza profunda.

Para ser sincera consigo, qualquer perda é irreparável, pois não há nada que possa substituir aquela ou a outra pessoa.

As boas notícias é que o tempo irá levá-la à aceitação, mas tem de ter paciência. Aliás, muita paciência para passar por esse processo de luto que agora lhe pode parecer não ter fim.

No final, irá só ficar a lembrança do seu ex-marido e irá conseguir ter uma amizade com ele.

Em relação à sua filha, pode começar a organizar-se de forma que consiga que ela volte a viver consigo, pois, estar ativa também é uma forma terapêutica de lidar com o luto.

Peça ajuda à Câmara Municipal da sua zona e à Segurança Social, para conseguir reunir todas as condições necessárias para voltar a ter a sua filha a viver consigo.

Vá também à sua Junta de Freguesia e tente perceber quais os serviços da Câmara Municipal e da Segurança Social que a podem ajudar. Assim, quando for à Câmara ou à Segurança Social, já saberá o que pedir e o que fazer.

Boa sorte e tenha fé, força e esperança! Tudo passa! Um dia de cada vez.

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Até à próxima - Mentes Conectadas X

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