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18 junho, 2017 Calçado de castidade (baseado em factos reais)

Atenção ao que têm no fundo das pernas se quiserem usar o que está entre as mesmas.

Vou chegar a casa dela a sorrir. Bem disposto. Levo aqui um saquinho com ingredientes, vou pôr cagança no tacho e meter aqueles olhos lindos a brilhar. Qual é o andar dela? 2° qualquer cenas. Toco. Ela abre. Subo impaciente para a ver, a saudade aperta ainda mais este sufoco de toda a antecipação de uma noite. Ela abre a porta. Lindíssima. Cabelo de quem tomou banho ainda há pouco e os olhos. Aqueles olhos.

Paramos no tempo a olhar um para o outro, ela lado dentro e eu do de fora. Mordo o lábio, mando casaco para o chão e lanço-me contra ela, pego-a ao colo e jogo-nos contra a parede agarrando-a na cabeça para ela não se magoar. Ela morde-me o pescoço, eu os lábios dela. De lábios colados vamos tirando a roupa pelo caminho até ao quarto, camisa salta, t-shirt voa, deixando um rasto de paixão, desejo e luxúria pelo corredor. Ela deita-se na cama a olhar para mim e eu olho para o pés e penso: "Merda... estou com ESTAS botas".

Calçado de castidade (baseado em factos reais)

- "Espera... isto demora a descalçar..."
- "Han?"
- "As botas. São novas e custam a calçar e a descalçar... Porra. Cortei as unhas ontem. Não tenho unhas. Podes-me ajudar?"

(bufo de impaciência dela)

- "Mas que raio de nó é este?? Espera deita-te na cama..."
- "Tás a fazer mal. Primeiro alargas os de baixo e depois..."
- "NÃO PEDISTE AJUDA? ENTÃO ESPERA!"
- "Ok... calma. Vou fazer força com uma das botas no calcanhar da outra."
- "Faz força. Isso.... MAIS FORÇA!"
- "Não grites comigo, isto não é um parto!"

(puff... sai uma bota)

- "Ok. Beija-me"
- "Espera, vamos tirar a outra"
(ela puxa com toda a força)
- "Porra, mas isto tá colado aos teus pés?"
- "EU TENHO PÉS LARGOS, OK?"
- "Espera está quase..."
- "FAZ FORÇAAAAAAAAA"
- "ESTOU A FAAAAAAAZER!!!"

(puff... outra bota sai)

Ficamos a olhar um para o outro.
- "Bom... se calhar era melhor ir fazer o jantar..."
- "Yep..."

Aconteceu comigo há uns meses e como estive com ela ontem, lembrámo-nos deste episódio. Desta vez fui de chinelos.

Correr riscos para quê?

Boas fodas e até quarta.

Noé

Noé

Noé

Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.

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