16 agosto, 2019 Universo Cuckold - Parte 1
Vamos descobrir mais sobre essa fantasia tão comum e tão incompreendida...
Olá malta! Vamos falar um pouco sobre cuckold? Essa fantasia tão comum e ao mesmo tempo tão incompreendida. E para falar sobre o tema, nada melhor do que um cuckold! Por isso trarei para vocês duas entrevistas com dois clientes meus que são cuckolds, mas com perfis totalmente diferentes.
Gostava de começar por explicar o que significa o termo...
O que é cuckold?
Simplificando a palavra, nada mais é do que “corno”.
O termo Cuckold vem justamente de “Cucko” ou “Cuco”, aquele passarinho dos relógios antigos do tempo das nossas avós. Na natureza, esse passarinho é conhecido por permitir que as fêmeas de outros machos venham ter os ovos no ninho dele, daí surgiu a comparação e o termo.
Eu vejo numa relação de cuckold algo que vai muito além de uma fantasia. Para muitos é um estilo de vida, pois envolve um desprendimento de padrões tradicionais de relacionamento e creio que nada melhor do que alguém que vive isso para poder falar exatamente como é e como se sente.
Assim, deixo convosco a palavra do P. na primeira entrevista a um cliente meu cuckold.
Entrevista a um cuckold
Suzana F.: Há pessoas q consideram o cuckold algo humilhante para o homem. Como você se sente em relação a isso?
P.: Não concordo nada com isso. Para mim é algo estimulante e me excita muito imaginar a minha esposa a ter prazer com outro homem enquanto eu assisto ou participo. Essa ideia de humilhação, na minha opinião, foi criada (infelizmente) por milhares de vídeos que circulam pela internet, onde o tema é sempre o mesmo (marido tem o pénis pequeno, então a esposa necessita de um pénis gigante). O cuckold, para mim, é mais o voyeurismo da coisa, é veres e sentires o prazer da tua mulher com outro ali bem na tua frente, e não uma medição de "pilinhas".
Suzana F.: Quando começou a ter fantasias com tua esposa e outro homem?
P.: Bom, as minhas fantasias de imaginar a minha mulher com outro homem, foram um bocado um acaso. Tudo começou uns anos atrás na praia, que devido a estarmos em Abril/Maio (não sei precisar exactamente) e por ser meio da semana não tinha muita gente. A minha mulher sempre fez topless e, nesse dia, também estava a fazer, tendo em conta que as condições (praia mais ou menos vazia) assim o permitiam. Nesse dia e por estar calor, ela foi ao banho e quando voltou deitou-se na toalha. Ao deitar-se na toalha a parte de baixo do biquíni não ficou a tapar “tudo o que devia”. Ficou tipo isto:
P.: Eu reparei, mas deixei estar. Dito isto, um rapaz que deveria ter à volta dos seus 25 anos (mais coisa menos coisa) e que caminhava na praia, reparou na dita situação. Ao reparar sentou-se, e ficou ali a admirar aquela imagem. Eu mantive-me em silêncio e comecei a notar que toda esta situação que estava a decorrer me excitava (nunca tinha tido este tipo de “sentimentos”) e deixei desenrolar a situação. Passados alguns minutos, reparo que o rapaz se estava a tocar por cima dos calções enquanto olhava para ela e para meu espanto (repito, nunca tinha tido estes “sentimentos”), fiquei ainda mais excitado, chegando até ao ponto de eu me tocar, mas apenas por breves segundos. O dito rapaz, depois de muito olhar para um lado e para o outro e notar que estávamos sozinhos, teve a lata de baixar um pouco os calções e tirar o seu membro para fora, enquanto se masturbava. Não sei se ele atingiu o orgasmo ou não, mas sei que passados mais alguns minutos foi ao banho e ao sair continuou o seu caminho. Só mais tarde, contei à minha mulher o que tinha acontecido, e até ela comentou “bom pelo teu “estado” deve-te ter mesmo excitado a situação”. A partir dai, por vezes comentamos e simulamos este tipo de situação na cama, é muito excitante. Mas não, nunca demos o “passo” seguinte.
Suzana F.: Você disse que nunca teve esse tipo de “sentimentos” antes. A que se refere exatamente?
P.: Quando me refiro a “sentimentos”, basicamente refiro-me a sentir-me excitado, em ver alguém olhando, cobiçando, e porque não dize-lo mesmo, sentindo tesão, vendo a minha mulher. Tudo isto despertou toda uma outra faceta em mim, ou seja, antes disso nunca pensaria em partilhar a minha mulher com alguém, hoje em dia esses pensamentos excitam-me, apesar de ser ainda só uma fantasia. Tanto despertou esses sentimentos em mim, que me dá muito prazer em mostrar fotos dela, mais ainda e PRINCIPALMENTE, a homens com os mesmos “sentimentos” que eu.
Suzana F.: Dentro dessa fantasia sabemos que ciúme é algo que não pode existir. Em algum momento na experiência que voce contou, sentiu alguma pontinha de ciúmes?
P.: Por incrível que pareça, não, não senti nem uma pontinha de ciúme, apenas excitação, poderá também para isso contribuir o facto de ter sido uma experiência onde o rapaz se manteve ao longe e nem se tentou aproximar. Mas quando fantasio sobre isso, e mesmo na situação que descrevi acima, não, não senti ciúmes.
Suzana F.: E sobre levar a fantasia à frente, só falta mesmo a esposa alinhar?
P.: Basicamente sim. Falamos sobre isso, quando estamos no “calor do momento” e é muito excitante/estimulante para nós. Mas vamos ser sinceros, uma coisa é fantasiar outra coisa é a realidade. Digo isto porquê? Porque, quando fantasiamos corre sempre tudo bem nas nossas fantasias e tudo é maravilhoso e excitante, mas todos sabemos que na realidade há coisas que podem não correr bem. Mas sim, respondendo directamente e sucintamente à pergunta, falta ela dar o ok, sendo que será SEMPRE comigo presente.
Suzana F.: Muito obrigada pela sua contribuição e principalmente por esse bate-papo tão gostoso e esclarecedor. Há algo mais que você queira partilhar connosco?
P.: Sim, quem tenha as mesmas fantasias que eu, pode deixar aí o contacto nos comentários que eu adiciono no Skype. Dispenso é gajos que só queiram ver mulher nua, para isso existe a internet.
Malta, espero que tenham gostado da entrevista.
Beijos grandes a todos e até à próxima!
- Dicas de segurança para clientes de webcam
- O tamanho realmente importa?
- Um ensaio sobre a bissexualidade
Suzana F.
Suzana F. é mente aberta, observadora e crítica por natureza. Apaixonada por literatura, ama ler e escrever sobre sexo.