29 outubro, 2020 Histórias de Dominatrix
Das coisas que fiz com homens submissos, houveram duas cenas que para mim foram as mais memoráveis...
Olá malta! Hoje estava a conversar com uma amiga acerca de algumas fantasias de clientes submissos e dei-me conta que tenho alguns relatos interessantes para contar da época em que eu fazia dominação por pura diversão uns bons anos atrás.
Conforme eu comentei num outro texto, eu caí meio que de para-quedas no meio BDSM - eu tinha um amigo que frequentava uma discoteca em que a temática era Supremacia Feminina e um dia ele convidou-me para ir.
Posso dizer que à primeira vista achei tudo meio estranho, mas interessante. O local era bem ambientado, tinha uma sala com vários sofás, puffs, um bar, algumas mesas à volta. Havia também uma masmorra numa sala mais escondida que tinha uma jaula, uma cadeira com algemas e um X na parede.
Lembro-me que, naquele dia, estava a usar umas botas de cabedal de salto não tão altos, mas que ficavam-me muito bem, e um gajo ajoelhou-se à minha frente e perguntou se eu podia pisoteá-lo. Eu olhei para o meu amigo e para o dono do bar com cara de quem não sabia o que fazer e eles disseram para eu subir no gajo. Fiquei um pouco sem jeito, mas dei espaço e o gajo deitou no chão. Em seguida apoiei-me no bar e fiquei em pé em cima dele. Passados ali nem 5 minutos, eu já estava a achar aquela brincadeira bem interessante e estava até a bater com a sola da bota na cara do rapaz.
Passei a frequentar a casa quase todo fim de semana e a aprender mais sobre este mundo com a dominatrix de lá, que muitas vezes fartava-se de algum submisso e jogava ele na minha mão para ver como eu me saía. Numa dessas vezes, ela fartou-se de bater em um rapaz e deu-me na mão um daqueles cintos de tachas que punks e metaleiros geralmente usam. Eu dei um sorriso de agradecimento e toquei a bater no rapaz que aguentou até eu partir o cinto ao meio.
Naquela casa, o foco dos gajos era mais podolatria e trampling, mas alguns gostavam de apanhar, de servirem de assento ou mesinha de centro e, às vezes, até faziam-se de cavalinhos. Alguns outros tinham fetish com meias, fossem elas comuns, dessas que usamos com tênis ou de nylon, e por vezes voltava sem meias para casa porque alguém dava uma boa bagatela por elas.
Passado algum tempo eu parei de frequentar a casa e fiquei distante desse mundo - tinha muita gente tóxica.
Um tempo depois, eu comecei a namorar um rapaz que gostava de inversão de papéis. Foi algo que aconteceu por acaso. Tudo começou com um dedinho atrevido a passar pelo rabinho durante um oral e pouco tempo depois ele mesmo pedia para que eu colocasse a cinta com um dildo para penetrá-lo. Certa vez, cheguei do trabalho e ele veio todo contente a dizer que tinha feito a higiene íntima, o que já bastou para que eu entendesse o que ele queria… hahaha!
Depois que o relacionamento terminou com o rapaz anterior, comecei a namorar um outro que era podólatra e um bocado submisso. Fazíamos algumas coisas nesse sentido, de vez em quando, e ele chegou a presentear-me com uma espécie de kit que continha um chicote Nine Tails (9 cordões), uma ball gag e algemas.
Das coisas que chegamos a fazer neste sentido, houveram duas cenas que para mim foram as mais memoráveis.
Certa ocasião em que fiz oral nele, deixei que ele se viesse na minha boca, porém não engoli. Mas subi por cima dele, apertei as bochechas para fazer com que ele abrisse a boca, cuspi a esporra e fiz ele engolir. Obviamente que houve certa resistência e, mesmo sem poder falar, porque estava com um monte de esporra na boca, bastou um olhar mais sério para que ele cedesse e engolisse, com algum dissabor, claro.
A outra cena foi no aniversário dele, em que fomos ao motel e eu levei todo o meu arsenal, incluindo algumas velas. Em certo momento, mandei ele deitar de bruços, abri-lhe o rabo, meti a vela, acendi e fiz ele cantar os Parabéns junto comigo. Oras, foi o bolo de anos mais divertido que fiz até hoje!
O relacionamento não durou mais que 1 ano e meio porque eu acabei por me fartar dele. Era bonzinho, atencioso, fazia praticamente tudo que eu mandava, mas eu não via mais perspectivas e decidi terminar.
Já faz mesmo muito tempo que não pratico mais dominação real, mas não sinto falta, pois vez ou outra aparecem-me alguns clientes submissos e divirto-me bastante virtualmente com eles.
Apesar de ter resumido bastante estas pequenas histórias, espero que tenham divertido-se a ler da mesma forma que eu diverti-me ao lembrá-las.
Um beijo bem grande!
Suzana F.
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Suzana F.
Suzana F. é mente aberta, observadora e crítica por natureza. Apaixonada por literatura, ama ler e escrever sobre sexo.