13 agosto, 2018 Um reencontro
Prego a fundo. Sinto-me tão húmida neste momento.
Após deixarmos a faculdade e cada um seguir o seu caminho continuámos a manter contacto através do grupo de Whatsapp. Era um chat frequentemente utilizado para partilhar trabalhos e apontamentos relativos às cadeiras da faculdade, pois agora é para partilhar fotografias onde estão abraçados aos filhos ou então, aqueles que permaneceram solteiros, partilham fotografias de mais uma rave a que foram, neste ou noutro país.
No dia em que deixámos a faculdade decidimos que iríamos organizar um jantar ao fim de dez anos, de forma a mantermos aquele vínculo físico e não apenas virtual.
Após uma mega enchente de mensagens trocadas lá conseguimos encontrar o dia e a hora ideal para todos.
Quando cheguei à porta do restaurante o pessoal estava a começar a chegar também. Não demorou muito tempo até que todos chegaram. “O João não vem?”, pensei.
O João era uma antiga paixoneta minha e eu não sei mesmo como ele estará agora. Ele não é muito de usar redes sociais a não ser o grupo de WhatsApp, mas também não é muito de partilhar o que se passa com a vida dele. Ao longo dos tempo que estivemos juntos na faculdade tive oportunidade de trocar uns beijos com ele, mas nada de mais, pois estávamos ambos bastante alcoolizados. Uma tristeza, pois nunca mais houve um momento igual àquele.
Estamos a pedir as entradas quando o João aparece. “Uaauuuu!”, pensei ao olhar para aquele homem elegante que acaba de se aproximar da cadeira vazia que está junto de mim.
- Desculpem o atraso malta. A última reunião alongou-se. - disse.
- Ó João, caga lá nisso homem! Vamos mas é comer! - diz o Afonso muito rapidamente.
Ele senta-se na cadeira e eu não sei como agir. Congelei. “O que faço agora?”, penso.
- Olá Sílvia. Ainda não te tinha falado. Como estás? - pergunta-me.
Mais que vermelha e encavacada respondo:
- Está tudo bem. E tu estás bastante-e-e bem!
Esboça-me um sorriso mas não me diz nada pois o Rafael vem ao seu encontro para o cumprimentar:
- Então meu caro!? Como vamos, há muito tempo que não lhe colocava os meus olhos em cima!
Parecem dois adolescentes quando se reencontram depois das férias de verão. Como eu me tinha esquecido como o seu sorriso é maravilhoso. E aqueles lábios? Hmm.. prontos a serem mordidos. Mas...
O jantar foi decorrendo, mas com o calor do vinho e com um homem tão sensual como aquele ao meu lado, eu não poderia perder a oportunidade, pois tanto ele como eu estamos ambos desimpedidos, por isso não temos nada que o impeça, a não ser a falta de desejo da sua parte.
- Serves-me mais um copo de vinho, João? - digo-lhe enquanto que com uma mão lhe estico o copo, a outra coloca-se no meio das suas pernas.
Ele não emite nenhum som, apenas me dá um olhar que me transmitia espanto e surpresa. Como o gostei de desarmar naquele momento.
Passado algum tempo tive que ir até à casa-de-banho do restaurante. Quando estou a chegar à porta da casa-de-banho das senhoras, sinto a agarrarem-me nos braços.
Vejo que é o João, mas ele não me dá tempo para reagir. Coloca-me rapidamente contra a parede e dá-me um beijo demasiado apaixonado, para ser sincera não o esperava. Uma mão segura-me na cintura enquanto que outra aconchega-me a face enquanto me continua a beijar.
- O que estás a fazer, João? - digo-lhe quando tenho finalmente oportunidade.
Não me responde e beija-me novamente. Começo a sentir-me bastante húmida. Ele não perde tempo e abre a porta da casa-de-banho. Dentro, estamos sozinhos. Tranca a porta que está por detrás dele. Que olhar hipnotizante, magnético. Aqueles olhos verdes cravados em mim, já sentia um pouco de saudade daqueles olhos, daqueles lindos olhos de lince.
Não trocamos nem uma palavra. Ele joga-se a mim e devora-me contra a parede. Estou adormecida, paralisada pois ainda não consigo realmente acreditar que isto está a acontecer.
Aquele momento não passou de uma rapidinha. Pensava eu. Pois o que realmente se passou foi que depois de me agarrar àqueles cabelos enquanto ele me penetrava digo-lhe:
- Mais, em minha casa, agora?.. Já?.. Imediatamente?
Culminámos num orgasmo não muito barulhento pois já tinham batido na porta da casa-de-banho. Já estava a ser uma rapidinha um pouco para o demorada.
Deixámos o restaurante sem grandes despedidas do pessoal, o desejo que sentíamos era por demais.
- Segue-me e não te demores. - Digo-lhe quando ele passa por mim enquanto entro no carro.
Prego a fundo. Sinto-me tão húmida neste momento. Aquele orgasmo foi como comer apenas um Malteasers
quando na verdade se quer é comer a embalagem toda. Uma verdadeira tortura.
Ele consegue acompanhar-me e os sinais de trânsito, pela primeira vez na história de vida da Sílvia estavam sempre verdes. “Siga!! Sempre a andar, que aqui a leoa tem fome!” - digo em voz alta.
Ao chegarmos ao meu apartamento não lhe faço uma tour pela casa, pois não era necessário. Ele não está ali para avaliar o meu bom gosto na decoração da casa. Vamo-nos devorar!
Sento-me em cima do balcão da cozinha e puxo-o pelos colarinhos para junto de mim. A minha tanga já tinha sido retirada no restaurante e nunca mais fora colocada. Enquanto trocamos beijos e ele me acaricia os seios e as ancas eu desaperto-lhe aquele cinto incomodativo e aquele botão chato das calças. Quero urgentemente aquele homem dentro de mim. Coloco-o dentro de mim. Estremeço. Deito-me sobre o balcão. Ele vai-me penetrando e estimulando os meus mamilos, porém detém-se.
- O que se passa? - digo-lhe.
- Nada. Apenas estou surpreendido comigo mesmo.
Está com um olhar perdido enquanto olha para o meu corpo exposto em cima daquele balcão. Elevo-me no balcão e abraço-o.
- Estás tu e eu. Anda, vamos para o meu quarto. - digo-lhe ao ouvido.
Deposito-lhe um beijo na bochecha e saio de cima do balcão. Pego na sua mão e levo-nos para o quarto.
Daquele quarto ele já não saiu mais, não!
Não o consegui deixar escapar. Aquele leão era demasiado abonado e delicioso para o deixar escapar, assim, depois de umas megeras quatro horas. Ficou o resto do fim-de-semana comigo.
Aquela língua, nossa senhora...
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...