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23 novembro, 2013 Um negro na noite, Ep 11 ao Ep 13

   * DÉCIMO PRIMEIRO EPISÓDIO *

E abriu-se. Afinal, agora, já éramos intimos. Morava numa vivenda na linha do Estoril. Cursara agronomia nos Estados Unido e, sem filhos, era casado com uma austriaca que tinha sido bailarina clássica. Agora dava aulas em Cascais. "- Vais gostar de a conhecer..." disse com um sorriso malandro. O Bar começava a despovoar-se. O cara-de-menina lambuzava-se com a loira dos farois suculentos. Sentiu que estávamos de abalada. Com ela veio ao nosso encontro. "- Vão já embora?" O Emidio que sim. "- Vamos até minha casa. Querem vir?" Nem eu sabia que ele já decidra a madrugada. Era sábado e, como dissera a Luisa "eu estava viuvo..."

   * DÉCIMO SEGUNDO EPISÓDIO *

Saimos. Apesar de ser Outono a noite estava quente. A cidade dormia. Não se via viv'alma. Os carros à porta. Só um nos levaria. Escolhido o do Emidio abalámos. À frente ele e eu. No banco trazeiro o cara-de-menino e a mulher do Embaixador. Do telefone do carro o Emidio ligou à mulher. "- Ah. foste à sauna...
Estás aí com um casal? Francês? Jovens? Já os papaste? Sim? Boa! Ainda estão no quarto? OK. Diz à Mariana que prepare uma ceia ligeira. Sim.
Sou eu três amigos. Um beijo." Desligou e riu-se: "- Nunca vi ninguém como a Margot para o engate..."  A conversa dentro do carro generalizou-se. O cara-de-menina tinha 29 anos, chamava-se Rui e era advogado trabalhando hã quatro no escritório do pai. A sua companheira era filandesa. Filha dum antigo Embaixador em Lisboa estudara no Liceu Francês desde a infantil. Era casada com o Encarregado de Negócios do seu pais, falava um português perfeito, tinha 49 anos e chamava-se Helen. Apresentações feitas o silencio tomou posse do habitat. Da
telefonia acordes sincopados, jazz, substituiram as palavras.         


   * DÉCIMO TERCEIRO EPISÓDIO *

O silêncio da fala e os acordes da musica foram cortados por um bru-à-à vindo dum banco de trás. Rui tirara as calcinhas ou ela as despira e beijava-lhe, sôfregamente a fenda. Gemia como gata com cio e empurrava-lhe a cabeça com força entre as pernas. Reparei que eram bem torneadas e ausentes de celulite. Perfeitas. Rui já tinha a pila de fóra. Ajoelhei no banco e comecei a bater-lhe uma punheta. Ela olhou e suplicou: "- Esporra-te nas mamas!" O jovem nem ouvia. Lambia-lhe a rata e o cu ganaciosamente.. Senti que estava quasi a vir-se. Puxei-o e aquele peito suculento foi banhado por uma onda de seiva. Acalmou. As suas mãos, bem tratadas, esfregaram-se na leitada e, levando-as à boca, lambeu-as vagarosamente. O cheiro a maresia avisou-nos que entráramos na Marginal. O silêncio voltou e a musica, solitária, retomou o seu lugar. E Caxias ali tão perto...  

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