30 novembro, 2020 Prolongamento
Sinto o seu olhar cravado no meu corpo...
O Edgar deixa-me sem fôlego. Vê-lo era enervante, pois não podia avançar num sitio recheado de gente, ainda por cima a meio da manhã!
O Edgar é um colega de trabalho que eu ando sempre que possível a deitar o olho em cima. Quando nos cruzamos não resisto em não lhe olhar para as suas calças bem justas na sua cintura, ver as suas nádegas firmes naquelas vestes que deixavam a mente a imaginar mil cenários.
Com o passar do tempo sempre pensei que o Edgar não tivesse qualquer interesse na minha pessoa, até que um dia, em conversa com a Mafalda, esta diz-me que o Edgar comentou com o Frederico que me queria conhecer de uma forma um pouco mais íntima. O meu sub-consciente saltou de entusiasmo e o meu baixo ventre estremeceu.
Aquela afirmação deixou-me com uns calores, mas deu-me as certezas que eu procurava, agora sem tanto esforço.
Não espero muito até me fazer à febra. À primeira oportunidade meti conversa com ele. A conversa mais random de sempre, mas consegui arrecadar o seu contacto telefónico para termos uma conversa bem mais séria.
Passados poucos minutos recebo uma mensagem. Era do Edgar.
“Desculpa a ousadia Beatriz, mas queres beber um café comigo hoje à noite?”
O meu coração explode de euforia. Estava fora de mim, sinto as minhas bochechas a aquecerem. Sem perder muito mais tempo, coloquei os meus pensamentos tarados de parte e escrevi o mais rápido possível:
“Claro. Onde nos encontramos?”
Rapidamente recebo a resposta:
“Eu encontro-te.”
Uau! Deixou-me sem palavras. O tiro ia-me sair pela culatra. Esperemos bem que não, há muito tempo que fantasiava com esta situação, mas nada disto alguma vez foi uma possível versão. As suas respostas não são previsíveis, e isto está a deixar-me um pouco fora de mim, mas o meu baixo-ventre estremece cada vez que penso na sua cintura. Quero sentir aquilo tudo nas minhas mãos!
Enquanto me encaminhava para o meu veículo, depois de mais um dia terminado, sou intercetada pela Edgar.
- Anda! – diz-me enquanto me agarra pelo braço e me obriga a acompanhá-lo.
- Mas onde me levas tu?
- Já vais ver.
Quando chegamos perto de um BMW negro o Edgar larga o meu braço e diz-me:
- Entra.
- Podes-me dizer ao menos onde vamos?
- Já vês.
Começa a conduzir e eu não sei para que sítio me vai levar.
Quarenta minutos de viagem e quando dou por mim estou num motel no meio do Montijo.
- Mas, o que viemos nós fazer para aqui?
- Quero-te conhecer bem, sem interrupções.
Aquela sua afirmação deixou-me com o coração na garganta.
Ao entrarmos no quarto o Edgar coloca-me à vontade.
- Queres-te sentar na cama ou à mesa?
- Como preferires. – digo-lhe timidamente.
- Tinto ou branco? – pergunta-me subitamente.
- Quê?
- Tinto ou branco? Qual preferes? – e mostra-me duas garrafas de vinho.
- Tinto, por favor.
- Com certeza donzela.
O cabrão do vinho era bom! Tem bom gosto o rapaz.
Conversa puxa conversa e o vinho começa a aquecer o meu corpo.
- Vou tomar um banho. Estou a arder.
- Queres companhia?
- Tu é que sabes. – digo num tom desafiador.
Entro primeiro no duche, ele fica sentado na cama a observar-me. Despe-se lentamente sem retirar os seus olhos de mim. Sinto o seu olhar cravado no meu corpo.
Passado pouco tempo entra lentamente no duche, coloca o seu braço à volta da minha barriga e puxa-me contra si. Sinto o seu pénis erecto contra as minhas nádegas Começa a serpentear entre elas de forma a colocar-se entre as minhas pernas. Sinto-o a avançar e a afastar, a roçar-se todo na minha vagina molhada. Ficamos envolvidos naquele momento tão aliciante, cheio de carícias.
O tempo não era um fator com uma relevância elevada, visto que ambos trabalhamos na mesma empresa e íamos de fim-de-semana alargado. Juntou-se o útil ao agradável.
O Edgar tem um jogo de cintura, minha mãe! De deixar qualquer uma com água na boca, exausta mas sempre a pedir mais, mais e mais. O jogo de cintura do Edgar não tem comparação.
Devoramo-nos calmamente ao longo de três dias que pareceram tão curtos.
- Não acredito que já se passaram três dias... – digo num tom entristecido.
- O que precisas meu doce? – diz-me num tom bem meloso.
- A ti. – respondo ao ataca-lo com mil beijos, ao longo do seu rosto e corpo.
Perdi-me naquela perdição de homem. O seu pénis preencheu-me de tal maneira que nos dias seguinte não lhe conseguia resistir. Ao cruzar-me com ele nos corredores puxava-o sempre, que tinha oportunidade, para alguma sala para estar com ele, dar aquela rapidinha que deixa qualquer uma ainda mais insaciável e fervente.
As horas de refeição tornaram-se agora muito mais animadas devido à existência do Edgar. Passamos a hora da nossa pausa no seu carro, entrelaçados um no outro.
Que puta de loucura que é este homem!
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...