24 novembro, 2020 Os sonhos da Xana: Xana mulher de negócios
O que significa para mim ser uma mulher de sucesso?
Significa, primeiro que tudo, ser a chefe de mim mesma…
…e não depender de ninguém para ter o que eu quero.
Significa que, mesmo num mundo dominado por homens...
…sou capaz de fazer prevalecer a força das minhas convicções.
Que, mesmo num mundo onde o controle nos escapa facilmente…
…sou dona do meu próprio destino!
O sucesso não se mede a regra e esquadro, mas pode determinar-se medindo o respeito que nos mostram.
É por isso que, sempre que penetro nos círculos do poder…
…quando os desafios que me colocam são tão ambiciosos que falhar não é opção…
…e todos têm os olhos postos em mim…
…faço questão de demonstrar que sou a pessoa mais poderosa da sala!
Faço-o, é claro, com toda a sensualidade. Em se tratando do mundo básico edipiano dos homens, a confiança das mulheres é quanto basta para lhes mostrar quem manda.
Afinal, nós somos as guardiãs do que os faz mover o mundo. Guardamos a sua energia vital no meio das nossas pernas. Sabê-lo é o primeiro passo para que nos sigam, tal como os animais seguem um cheiro. A mais das vezes não chegam a saber que nunca tiveram hipóteses...
Infelizmente, este tipo de poder gera ao mesmo tempo invejas e rancores e, alguns homens, mais inseguros, sentem-se tentados a desafiar a nossa posição dominante. Nessa altura, qualquer pretexto serve para nos sinalizar e pôr em causa…
Foi o que aconteceu na reunião desta manhã. Quando nos aproximávamos do final e tudo corria como devia, fui chamada à atenção para uma pequena incongruência num relatório que tinham a indelicadeza de atribuir à minha responsabilidade. Preparava-me para os pôr na linha quando…
…sem nada o fazer prever, os meus parceiros de negócio se tornaram um pouco “amigáveis” demais...
– Tu pensas que és a maior, não pensas? – disse-me o que era chefe dos outros, chegando-se muito perto de mim. Senti o meu espaço violado e ia protestar…
…quando ele me tocou de forma completamente anti-profissional!
Num instante criou-se um efeito turba e senti, não apenas um, mas vários homens a rodear-me e a tocar-me de maneira imprópria... Estava cercada!
Não sou capaz de me lembrar o que disse, se é que disse alguma coisa. Sei que mal abri a boca fui empurrada contra a parede e começaram a rasgar-me toda!
A minha intimidade fora exposta e isso eu não admitia a ninguém sem o meu consentimento!
Infelizmente, percebi rapidamente que as forças que tinha para a luta não chegavam, nem de perto nem de longe, para enfrentar uma massa espontânea, mas não totalmente desorganizada, de atacantes.
A outra alternativa, gritar, fora-me interdita desde o primeiro momento, pois antes de tudo preocuparam-se em tapar-me a boca. Os meus pulmões faziam o trabalho, mas o som não saía, era inútil.
Só me destaparam a boca para meter caralhos lá dentro. Não sou inocente, mas confesso que só aí percebi que aquele comportamento não era apenas violento e rude, mas estava encaminhado para um acto de violação sexual!
Não tive tempo de alongar o pensamento. No instante seguinte tinha não sei quantas pichas dentro da boca. Às vezes vinha uma de cada vez, às vezes duas ou mais ao mesmo tempo. Batiam-me na cara, no nariz, fuçavam, a lutar como cachorros recém-nascidos por uma vaga na teta da mãe. Eu tinha a boca dormente.
Respirei de alívio quando finalmente me deixaram a em paz. Sentia os lábios picantes e inchados. Mas então dedicaram-se às “explorações”. Meu deus… Enfiavam-me os dedos como se eu fosse um cano que era preciso desentupir!
Lembro-me de estar completamente seca e de a pele lá dentro me ferir como uma lixa.
Nessa altura agarravam-me como se eu fosse um boneco, um volume sem peso.
Estava completamente à mercê dos seus desejos e apetites predadores.
O ruído foi-se tornando insuportável. As suas vozes eram altas, diria que se incentivavam uns aos outros. Havia rugidos festivos e risos que rasgavam. Parecia-me ouvir tudo em eco e pensei que ia enlouquecer.
O choque de realidade chegou quando subitamente algo muito duro, muito cilíndrico e demasiado grosso, começou a arrombar-me o ânus. Primeiro entrou a bola, rija como mármore aquecido…
…depois todo o tronco, exagerado, empurrando tanto que o esfíncter se confundia com o intestino!
Não acreditava que aquilo tudo coubesse dentro do meu cu!
Por essas voltas já estava de novo envolta numa floresta de pichas, uma das quais bem alojada no fundo da minha garganta. Entre a dor provocada pela penetração anal e o caralho que me asfixiava daquela maneira, pensei que não ia conter o vómito.
Acho que foi quando entrei em blackout, porque a partir daqui pouco mais recordo. Tudo é difuso, carnívoro, em tons de pele…
O mais marcante, penso, foi a forma como não paravam de vir. Não havia um espaço de pausa, era um, a seguir outro, ao mesmo tempo vários…
Como todos reclamavam a minha atenção, não havia tempo para fixar o que quer que fosse.
Passava de uma coisa para outra sem poder de decisão sobre nenhuma delas. E todas essas coisas eram maleficamente tesas, pingadas… rançosas?
O cheiro era nauseabundo! Não porque cada odor em si fosse mau, mas pela forma como se juntavam, o cheiro marinado a homem, a suor, a pé, a rego, a sexo, e o perfume metrossexual que cada um deles usava no escritório. Tudo junto, espalhado no ar, era um fedor inconcebível, como só podem cheirar coisas de má índole. Senti-me estonteada, tanto que tudo à minha volta balançava.
Queixei-me, dei parte de doente, avisei que me estavam a magoar… Sim, apresentei as reclamações básicas. Tudo em voz mansinha para não atiçar revoltas. Em nenhum momento atenderam às minhas súplicas.
Quando, num suspiro de alívio e desespero, reparei numa presença feminina entre os meus violadores…
…implorei-lhe pela ajuda de uma irmã de sangue!
Infelizmente, nenhum ser animal sente a fraqueza como a mulher, sobretudo quando se trata de outra mulher. Quando me viu em situação precária, inferior…
…violou-me também! Foi mais requintada que os homens, pois usou artifícios que indiciavam premeditação. Esta mulher, quando se levantou de manhã, sabia que ia violar alguém! Pôs o seu estranho apetrecho à cintura, com um volume bem maior do que os homens…
…e enrabou-me sem apelo…
…arrancando-me o grito mais agudo que já dei na minha vida!
À violência sexual, eles juntavam a violência física e verbal. Como se de uma peça mal ensaiada se tratasse. Chamaram-me nomes, sussurraram-me desejos asquerosos… Teria sido mais bem recebida numa pocilga, entre porcos.
Finalmente ordenaram-me que me pusesse de joelhos e me preparasse para receber “o baptismo de fogo”. Palavras deles.
Num segundo, nem isso, desataram a esporrar-se na minha cara como se eu fosse um bolo e eles chefes pasteleiros.
Era tão nojento, mas saboroso ao mesmo tempo, que não sabia se cuspir ou engolir…
Juro que acordei a sentir a cara pegajosa!
Mas não, estava limpa e fresca como as deusas ao despertar! Já não era uma poderosa mulher de negócios, mas… apenas a velha e boa Xana de sempre. Tudo não passara de uma noite de prazer, no mundo dos sonhos…
Felizmente, colho sempre os benefícios dos meus devaneios... É que para mim, acordada ou a dormir, o prazer é inegociável! ;-)
Até para a semana, meus amores, e bons sonhos! <3 <3 <3
Xana Pascual
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Xana Pascual
Sou uma mulher divorciada, discreta e sempre tive uma moralidade muito acentuada. Pelo menos, quando estou acordada... Porque, quando adormeço, tudo se altera.
Os sonhos libertam-se – libertam-me! – e as fantasias multiplicam-se num território onde não há reservas, não há pudor e não há limites para a depravação…
Os meus dias são tão normais como os de qualquer outra pessoa. É à noite, no planeta húmido dos meus lençóis, que a verdadeira Xana se revela. E essa, ninguém a pode segurar!
Se quiserem comentar os meus sonhos ou partilhar os vossos, podem fazê-lo neste email: os.sonhos.da.xana@gmail.com
Mas baixinho, para não me acordarem…