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04 novembro, 2015 Foder uma BBW: a descoberta do que gosto e do que não gosto

Um relato na primeira pessoa de uma foda que poucos arriscam.

Até onde estás disposto a ir pelo amor à arte? Eu dei literalmente o corpo ao sofrimento para que pudesse relatar aqui para vocês a experiência. Sim, não me orgulho como homem, mas o escritor em mim está de parabéns. Para todos vós: eu fodi uma gorda. Não alguém com peso a mais: UMA GORDA GORDA.

Foder uma BBW: a descoberta do que gosto e do que não gosto

Desde que fui convidado para escrever neste espaço de pecados e prazeres, que me tenho divertido bastante com tudo isto. Para mim, é um reavivar de histórias passadas e uma oportunidade de as partilhar e trazer uns sorrisos por aí e talvez uns gemidos por ali. Porém, quis levar mais longe tudo isto. Quis ver ate onde podia ir por um bom furo jornalingus de forma a ter material para poder pôr em palavras onde pus a pila.

Não o fiz com esse intuito inicial, confesso. Andava numa fase de experimentalismo social. Era um Indiana Jones da rata, que em vez do chicote era o mangalho (“Noé e os Salteadores da Cona Perdida” era um grande título porno). Um pouco quando vamos ao sushi a primeira vez: “ah, deixa lá ver se isto é bom já que falam tanto” porque sei que há um segmento de mercado dedicado a esta vertente vaginal.

O mal do Facebook e outras redes sociais ou meios de comunicação digitais modernos é que nos permite construir um pouco a imagem que queremos, seja com o hábil recurso a ferramentas de edição fotográfica ou o mais amador recorte da cara para usar como foto de perfil. Foi com base nesta ludibriação que aceitei um convite para um serão a dois com uma cara semi-engraçada. Não tinha nada para fazer e era sexta. Um homem não é de ferro, certo?

Lá combino com a cara recortada um sítio para nos encontrarmos e a mesma faz questão de me apanhar na estação de comboio. Buzinam. Fuen! Não deve ser para mim, porque está ali uma gaja que nem cabe no lugar a buzinar. Fuen e um adeus. Foda-se! É mesmo para mim.
Uma coisa é ter um pouco de excesso de peso, outra é a PSP precisar de munições de caça grossa para nos poder abater em caso de fuga na via pública.

Aqui a minha mente divergiu: “Noé… tens duas hipóteses. Ou finges uma caganeira express e dás de fuga ou metes a fita do Rambo na cabeça e vais até onde poucos homens foram antes (e os que foram devem ter sido comidos). Na minha cabeça, soava a música do Vangelis do filme “1492”. Vou. Não tenho medo disto. Não vais negar a este grupo de pessoas amontado numa só, uma foda épica.

Entrei no carro a medo e disse… VAMOS!

Chegando à casa dela noto uma classe na limpeza e arrumação acima da média. Não tinha gatos, o que é estranho. Estava à espera de alguns 10. Mostra-me a casa e mais concretamente a cozinha e reparo em algo pelo canto do olho: a senhora apetrechou-se de todo o tipo de álcool conhecido do ser humano. “Esperta” - pensei eu. Sabe que se isto não der sóbrio que talvez vá lá comigo bêbedo. Abrindo o frigorifico deparo-me com o equivalente a um stock para um inverno nuclear siberiano e fico impressionado com o enorme pudim de ovos que senhora tinha comprado. E é mesmo daqueles de ovos, ok? Adoro aquele pudim e se isto correr mal, aquilo vou de certeza comer.

Vamos para o quarto.

“Apaga a luz” - digo eu enquanto me dispo.

Ela nem pestanejou e começa-se a despir também. Eu sei que há pessoal de BBW (Big Beautiful Woman) e apesar de não ser a minha cena, eu percebo. A sério. Eu gosto de levar nos cornos a foder, que me arranhem o peito e a cara até pingar sangue. Percebo que nem todos gostem disso e não estou aqui a julgar ou a criticar gostos, taras e manias… mas BBW não é definitivamente a minha cena. Como sou educado, esfreguei um pouco o caralho com auxílio a cábulas mentais e lá o meto semi-de-pé. Pensei que se o broche for bom, pode ser que se consiga aqui fazer alguma magia. Zero. Negativissímo. Má colocação de boca. Movimento de língua perro. Claramente uma amadora na arte de mamar num caralho como deve ser.

“Estou fodido com isto” - pensei eu agora.

Fingi uns gemidos e disse que agora era a minha vez. Desta vez era a música do “Apocalipse Now” na minha mente a fazer de banda sonora. Eu não vos quero enganar, mas eu devo ter visto na boa uns 4 clitorís. Ou algo parecido. A sério, eu que consigo localizar o ponto central de prazer de uma mulher de venda nos olhos (literalmente) estava completamente baralhado. Aquilo era pregas e mais pregas e paredes e acho que vi uma familia de bichos lá a viver e o som de urubus a soar em eco na cavernosa gruta conosa. Foda-se Noé, foca-te. Lá treslambi aquilo tudo, porque pensei que se não sei onde meter a língua de forma cirúrgica vou lamber tudo e mais alguma coisa. Já com a língua em modo lixa meti a tipa de barrigas (não é uma gralha) para cima. Eu não sei como vocês amantes de BBW conseguem. Eu tentei. A sério. Não consegui nem agarrar nas pernas, nem tocar em nada… zero. Virei de quatro. Aquele cu era tão imenso e branco que estive a um passo de uivar e me transformar em lobisomem. Novamente lembrei-me que era um homem com uma missão e lá lhe enterrei o caralho nos refegos. Aquilo acho que entrou, mas sinceramente não posso garantir. Ela emitiu alguns sons. Eu… sei lá. Mexi-me de trás para a frente uns minutos até que todo aquele cenário, toda aquela não-envolvência me fez pensar: “CARALHO NOÉ, MAS O QUE É QUE ESTÁS AQUI A FAZER???”.

“Estou-me...a...vir...AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!” - fingi eu.

Foi assim. O meu momento da vergonha. 33 anos depois de ter nascido de um, eu fingi um orgasmo. Senti-me sujo. Desrespeitei a foda. O sexo. A mim mesmo. Até a pobre miúda que só queria mandar uma. Tinha de sair dali e rápido.
A minha fuga repentina com uma desculpa de “amanhã tenho um aniversário de uma sobrinha” gera um olhar de nojo, mas caguei. Não consigo mais estar ali. Digo que não preciso que me acompanhe à porta porque eu tinha ainda mais uma missão:

VOU LEVAR O PUDIM COMIGO!

E assim foi. De pudim debaixo do braço, lá me pus em fuga e paguei o táxi. Durante a viagem a ver a verde paisagem pensei no que tinha acabado de acontecer. Não é a minha cena. Lamento. Corajosos dos que lá vão. Respect!

Fica registado este episódio. Foda-se que o pudim era mesmo bom!!

Até domingo e boas fodas. E fodam mesmo, não finjam.

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