07 mars, 2023 Marcha da Plataforma Greve Feminista Internacional: A luta pelos Direitos da Mulher no dia 8 de março
Trabalhadoras do sexo também estão incluídas nas reivindicações.
O dia 8 de março é conhecido pelo Dia Internacional da Mulher. Por isso, não poderia ter sido escolha melhor para a marcha reivindicativa da Plataforma Greve Feminista Internacional. Com um caderno reivindicativo amplo e uma marcha para todas as pessoas, promete-se um dia pela luta dos direitos de todas as mulheres.
De entre as temáticas abordadas estarão o emprego, salário, violência de género, acesso à educação, participação na vida política e luta pela igualdade de género.
Um dos pontos que marca a marcha deste ano é o facto de esta enfatizar a necessidade da luta por um mundo que reconheça a diversidade, os direitos das mulheres e as diferentes identidades de género.
É, então, importante que esta marcha se torne um ato público de afirmação, unindo todas as pessoas em torno das suas reivindicações e que mostre ao mundo que as mulheres estão prontas para levantar as suas vozes e lutar pelos seus direitos.
Marcha pela igualdade de género
Apesar dos grandes avanços que se têm feito no que diz respeito à igualdade de género, ainda hoje se verifica uma dificuldade acrescida para as mulheres, maior ainda quando se trata de uma mulher transsexual, lésbica, bissexual, trabalhadora do sexo, racializada, migrante ou com deficiência.
Por isso, esta marcha da Plataforma Greve Feminista Internacional para o dia 8 de março faz todo o sentido. Os diversos coletivos e associações do feminismo interseccional lutam por avanços concretos na igualdade salarial, mas também fazem parte da agenda reivindicativa:
• Apoio às mulheres e crianças vítimas da guerra • Combate ao assédio nas faculdades • Participação equitativa na vida política • Luta pela igualdade de género • Igualdade de acesso ao ensino • Reconhecimento do Trabalho Sexual e informal • Aceitação da diversidade humana • Luta contra a violência • Acesso à saúde sexual e reprodutiva
Poderá participar da marcha organizada pela Plataforma Greve Feminista nos seguintes pontos do país:
- Porto – Praça dos Poveiros, 18h30
- Lisboa – Alameda ao Rossio, 18h30
- Barcelos – Porta Nova, 18h30
- Viseu – Rossio, 17h30
- Aveiro – Praça JM Freitas, 18h00
- Braga – Av. Central, 18h00
- Bragança – Cantina IPB, 18h00
- Coimbra – Pç. 8 de Maio, 18h00
- Faro – Jardim M. Bívar, 18h00
- Guimarães – Plataf. Artes, 18h00
- Leiria – Pç. 5 de Outubro, 18h00
- Vila Real – Tribunal, 18h00
Medidas exigidas
A Plataforma Greve Feminista Internacional exige, então, que se tomem medidas práticas e efetivas contra a desigualdade salarial entre homens e mulheres, que se faça um investimento forte na prevenção e no combate à violência de género, que se crie um serviço nacional de cuidados, assim como medidas que venham a combater a violência obstétrica.
É, também, uma exigência que se acabe com a transfobia no que diz respeito ao acesso à saúde. São medidas propostas a formação de profissionais em saúde trans, por exemplo, garantindo que existem pessoas formadas e conhecedoras deste público em particular que possam prestar os melhores serviços de saúde, sem preconceitos. Pede, ainda, que a Escola seja um espaço claro para uma Educação Sexual inclusiva e antirracista.
Pessoas com deficiência não ficam de fora da marcha da Plataforma Greve Feminista Internacional. Faz parte do caderno reivindicativo a criação de políticas que promovam, de facto, uma vida independente que permita que estas pessoas tenham o controlo e as rédeas das suas vidas.
Além destes assuntos, fazem parte do caderno reivindicativo a criação de políticas e medidas que:
- Assegurem o direito à habitação acessível e digna
- Garantam a transição climática
Trabalhadoras do sexo na Marcha da Plataforma Greve Feminista Internacional
As trabalhadoras do sexo fazem parte, com toda a certeza, de uma das franjas da população que mais sofre com preconceito e discriminação. Nesse sentido, a Plataforma Greve Feminista Internacional não podia deixá-las de fora.
Além de preconceito e discriminação social, estas pessoas não se veem incluídas no mercado de trabalho legal, deixando-as à margem de direitos e garantias sociais que lhes permitam ter maior segurança e dignidade no futuro.
Pede-se o reconhecimento dos direitos de todas as pessoas que realizem Trabalho Sexual, fazendo com que esta atividade não seja perseguida. Além disso, exige-se que estas pessoas sejam ouvidas no que diz respeito a mudanças legais que lhes toquem.
Coletivos e Associações que subscrevem o manifesto da Plataforma Greve Feminista
O manifesto da Plataforma greve Feminista é subscrito por uma série de coletivos e associações. Entre elas, destacam-se:
- APDMGP – Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e no Parto
- APDES – Agência Piaget para o Desenvolvimento
- A Coletiva
- As Feministas.pt
- As DEsaFiantes
- Casa do Brasil de Lisboa
- Centro de Vida Independente
- Clube Safo
- GAT
- GPV
- ILGA Portugal
- FEM – Feministas em Movimento
- Intendente Insurgente
- Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto
- MTS
- Movimento contra o assédio no meio académico de Lisboa
- SOS Racismo
- Manas
- Voz do Autista
- Plano AproXima
- Os direitos dxs trabalhadorxs do sexo são também direitos humanos!
- Plano AproXima lança Guia de apoio a trabalhadorXs do sexo
- Várias associações apelam aos eurodeputados: O Trabalho Sexual não é crime!
Plano AproXima
O Plano AproXima é um projecto financiado pelo Classificados X que se destina a trabalhadorxs do sexo, independentemente do género, orientação sexual, nacionalidade ou condição social. Temos uma postura livre de moralismos e preconceitos em relação ao trabalho sexual, pois acreditamos que todas as pessoas que decidem seguir esta actividade como profissão são auto-determinadas e devem ver garantidas a igualdade de oportunidades e os direitos fundamentais.
Visita-nos no website https://www.planoaproxima.org/ onde poderás encontrar informação importante e contactar a equipa directamente para esclareceres as tuas dúvidas.