07 septembre, 2020 O Reencontro - Parte II
Talvez ele tivesse alguma razão quando disse que "ontem" não nos demos a chance de viver a oportunidade de algo...
Começa a pingar e por esse motivo convido o Fábio a entrar para dentro do meu carro. Assim que entra, a primeira coisa que faz é virar-se para mim e sorrir, tal como fazia quando tudo começou. Mostrava-me conforto e bem-estar.
Devolvi-lhe o mesmo sorriso, na mesma quantidade.
Sentia-me bem também. Talvez ele tivesse alguma razão quando disse que talvez estivéssemos assim hoje, porque “ontem” não nos demos a chance de viver a oportunidade de algo.
- Estás a pensar em quê? – pergunta-me – Sabes que eu consigo decifrar os teus olhos! – diz-me.
- Tens a mania que sabes tudo, mas não sabes. Então, vamos conversar sobre o que se passou? Vamos lá resumir a coisa. A tarde é longa e quero desfrutar com coisas boas. Quero resolver o que ficou estranho entre nós, mas não acho que deveríamos perder muito tempo também a falar sobre isso. Começas tu?
- Eu só te posso pedir desculpa …
- Fábio, se vais por aí nem precisas de te adiantar. Sabes quantas vezes me pediste desculpa? Tornou-se cansativa essa palavra vinda de ti, mesmo que possa ser sincera, eu não duvido, mas elabora a coisa de outra forma. Diz antes, fiz mal quando fiz isto ou aquilo, mas não comeces mais com “desculpa”.
- Desculpa, tens razão!
- Ah ah ah ah ah, a sério? – rio-me que nem uma maluca.
- Desculpa, não foi de propósito! Ai foda-se. O que queres que diga? Está calada e deixa-me falar, pronto.
- Ok. Podes começar. Sou toda ouvidos.
- Desculpa, porque na altura não soube lidar com o facto de de repente a minha ex ter vindo atrás. Isso nunca significou que não estivesse a gostar de estar contigo ou de querer, mas de repente senti um peso enorme por cima dos ombros e não sabia como lidar com isso e decidi afastar-te para não te fazer mal. Mas a verdade é que eu te queria e foi por isso que volta e meia te procurava, mesmo quando tu achavas que era só por sexo. É verdade que adoro fazê-lo contigo, mas a tua companhia, tal como estarmos aqui agora, só assim, a conversar, já me faz sentir bem e preenchido e naquela noite quando te vi com outro fiquei maluco. Apesar de não termos nada e nós termos concordado em cada um seguir o seu caminho, eu não deveria ter reagido contigo como reagi nem ter dito tais coisas, mas tu também não me deste grande margem para que pudéssemos continuar a conversar e a sermos amigos. Quem sabe hoje as coisas já tivessem apaziguado e poderíamos estar juntos.
- Duvido. Foste tu quem me apagou do Instagram. Sabes que isso foi uma coisa muito infantil da tua parte, não sabes? Acho que foi isso que me irritou ainda mais. Óbvio que eu teria resolvido as coisas contigo e teríamos continuado a conversar, mas naquela coisa tão mínima mostraste-me uma infantilidade tão grande que eu achei melhor para mim própria que não iria ter que lidar mais com isso e foi mesmo e só por isso que eu não te dei mais margem para que continuássemos a falar um com o outro.
- Então foi por isso que disseste “se queres ser infantil então eu vou ser infantil contigo também”?
- Exacto. Não me digas que até hoje não tinhas percebido! Ahahah!
- Não, não tinha mesmo percebido. Pensei que fosse pelo contexto a conversa de eu não saber lidar contigo.
- Pois... também poderia ter sido por isso, mas não foi. Fábio foste mesmo infantil, a sério.
- Eu sei. Desculpa, tens razão, mas eu gostava que nos dessemos mais uma oportunidade. Juro que gostava!! – deixa escapar um pequeno sorriso.
- Mais uma oportunidade para quê?
- Para voltarmos a falar melhor, conhecermo-nos melhor, talvez almoçar novamente, passear. Levar-te onde nunca te levei e gostaria…
- Hmm… é possível, pode acontecer, desde que tu saibas que é exatamente isso que queres fazer, sem qualquer questão ou mal entendido dentro dessa cabeça. À mínima situação de questões mal resolvidas, como aconteceu lá atrás, eu simplesmente desapareço Fábio.
- Também não precisas ser tão radical!
- Desculpa Fábio, mas eu já não tenho paciência para muita coisa. Tu sabes que eu falo e gosto sempre de esclarecer as coisas, mas já não tenho tempo para coisas mal resolvidas. Apesar da minha questão emocional eu sei bem o que quero e por onde devo seguir.
- Queres seguir esse caminho comigo e ver onde vamos dar?
- Pode ser.
- Ah ah ah ah ah, não é pode ser. Eu sei que tu queres, mas quero ouvi-lo de ti, com todas as palavras, eu quero seguir contigo, sim.
- Já estás a abusar!
Rimo-nos bastante. Os meus problemas de expressão assombram-me.
Ele chega-se mais perto de mim. Entendo o que está a fazer, mas tal como antes fazia, eu não me movo.
Olha-me nos olhos com um sorriso doce nos lábios.
- Tinha saudades tuas. Muitas vezes olhei para ti e tinha vontade de te sorrir, mas tinha que ficar sério... mas às vezes saía-me tudo ao mesmo tempo.
- Verdade. Confundiste-me muitas vezes.
- Tinha mesmo saudades tuas! De estar assim contigo, conversar contigo, poder olhar para ti de perto, à vontade, sem ter que fugir de ti.
- Vá!! Confesso que também tinha algumas.
- Algumas? Ah ah ah, tu não mudas mesmo!
De repente puxa-me para si e beija-me. Foi naquele momento que senti mesmo a verdade das suas palavras, pela forma carinhosa e terna que me beijou e me agarrou no rosto enquanto o fazia. Afasta-se e olha-me nos olhos.
- A tua boca continua doce. – diz-me enquanto me passa os dedos pelos lábios.
- Ai sim?
- Sim e o teu beijo continua a deixar-me louco.
- Louco porquê? Porque gostas que te morda os lábios?
Mordo-o.
- Sim, isso mesmo…
Continuo a fazê-lo…
- Ai! Isso mesmo! Tu sabes… hmm… se continuares sabes que eu não me vou conter e tu também não.
- Então, eu vou afastar-me.
- Não, não te afastes mais!
Dá-me um abraço. Passamos assim cerca de dez minutos, abraçados a divagar e a olhar para o mar.
Ele começa a fungar-me o pescoço. Sabe que isso me faz perder a cabeça e continua a fazê-lo repetidamente, ao mesmo tempo que me beija o pescoço e me morde suavemente. Faz-me começar a ofegar.
Eu não quero dar a parte fraca e tento conter-me, mas fica cada vez mais difícil. Tento controlar-me mais e mais e mais, mas ele colabora para o oposto. Olha-me nos olhos novamente.
- Tenho tanta vontade de te ter agora e não me leves a mal, não penses que é só por causa do sexo, mas tu sabes que mexes comigo.
Sorrio-lhe. Beijo-o. Foi a confirmação que queria receber.
Com o braço que abraçava, sem que desse por isso, baixa o meu banco e faz-me descer também.
Alguma vez pensei eu que aquela tarde fosse levar-me por estes caminhos!
Coloca-se de lado, mas por cima de mim e fica meio que a contemplar-me o rosto.
- És tão bonita. Quero ter-te. – diz-me suavemente junto do ouvido.
Beija-me. Os seus beijos foram ficando cada vez mais acesos, a nossa respiração cada vez mais ofegante. Sentiamos cada vez mais que aquele espaço era demasiado pequeno para nós, mas não queríamos perder tempo para uma solução melhor.
Puxei-o para cima de mim. Queria senti-lo mais próximo, sem a barreira do travão de mão.
Já tínhamos roubado os casacos um do outro. O ambiente estava cada vez mais quente. Sentia o seu pau crescido por cima do meu sexo. Colocava a minha cintura numa posição melhor de forma a senti-lo ainda melhor. Ele percebeu.
Vem com a sua mão passear no meu sexo, mesmo por cima das calças enquanto me beija. Entende pelo ar que suspirei, naquele momento, que aquilo me deu ainda mais alento e vontade. O sexo entre nós sempre foi bastante intenso. Eu que até sou de palavras durante o sexo, mas com ele, não. Entre nós é tudo tão intenso que parece que não conseguimos fugir dos gemidos constantes, amassos, beijos e posições diferentes. Mais uma vez a história era a mesma. Não queríamos falar, apenas matar a saudade um do outro.
Ele parte em busca de um contacto mais físico, mais pele com ele, neste caso a sua mão realmente dentro de mim.
Ajudo-o a tirar-me as calças tanto quanto possível. Agarro na sua mão, com as minhas duas mãos e levo os seus dedos à minha boca. Ele faz aquele olhar de “foda-se, quero mete-lo lá dentro”. Chupo os seus dedos enquanto o olho fixamente. Passeio com a minha língua por eles para que possa vê-la. Trago o seu rosto e a sua boca até mim para que me beije ao mesmo tempo que conduzo a sua mão até ao meu sexo e lhe permito que se perca nela.
Assim que ele os coloca eu gemo de prazer. Faz tempo que não tinha aquela sensação de prazer e toda aquela situação de existir gente à nossa volta que pudesse estar a assistir criava ainda mais adrenalina aos dois.
Ele vai acelerando ao mesmo tempo que o seu polegar passeia pelo meu clitóris. Procuro pelo seu pénis. Ansiava senti-lo aquele sabor e aquelas veias na minha boca. Não me esqueço de quão bom e duro é o pau dele nem de como ele gosta de usá-lo.
Ele é ousado no sexo e talvez por isso nos dessemos tão bem na cama.
Desaperto as suas calças e tiro-lhe o pau para fora dos boxers. Passo a minha mão pela minha vagina que estava tão molhada para lubrificar a minha mão e agarro no seu pau. Começo a estimulá-lo.
Vejo como começa a ficar louco.
- Como é que eu te vou comer como quero aqui?
- Não sei, mas come-me.
Ele desce e desce mais ainda as minhas calças. Coloca-se de joelhos e começa a chupar-me ao mesmo tempo que me coloca os dedos. Chupa-me o clitóris e estimula-o com a língua. Leva-me ao rubro. Faço-lhe pressão na cabeça contra o meu sexo. Faço movimentos de vaivém com a minha cintura sempre sem o deixar sair dali. Está a deixar-me louca.
- Quero o teu pau na minha boca.
Sem pensarmos nos que por ali passeavam a pé ou passavam de carro, ele trepa-me e faz-me a vontade. Leva-me o pau à boca e como uma menina gulosa que sou chupei-o e só parei quando senti que ele estava prestes a vir-se.
- Não te venhas assim. Antes disso quero que me fodas.
- Quero-te foder tanto. Hoje quero foder-te o dia todo, a noite inteira.
Torna a descer e a colocar o seu pau adiante da minha vagina. Começa a passear a cabeça à volta até que o coloca todo lá dentro.
Hmmm, que sensação maravilhosa. Nunca me canso. Sexo é tão bom.
Começa devagar até perceber a posição mais confortável e aos poucos vai aumentando a intensidade. Às tantas estamos a foder que nem coelhos, a beijarmo-nos e a mordemo-nos um ao outro pois a tesão que sentimos era imensa.
Quero sentir mais ainda até onde o consigo levar e troco a posição. Salto para cima dele.
- Assim, eu vou-me vir num ápice.
- E podes vir, mas deixa-me foder-te.
Fodi-o tanto. Saltei-lhe em cima e quanto mais ouvia os seus gemidos cada vez mais altos, mais pica e vontade eu sentia de saltar e continuar a saltar.
Percebi que se ia vir e saltei de cima dele para meter o seu pénis na minha boca. Chupei-o na promessa de não desperdiçar nem uma gota e assim foi. Foi um “jogo limpo”.
Acabamos, sorrimos um para o outro como quem diz “ já sabíamos que isto ia acontecer não é?”.
Beijamo-nos e combinamos de passar o resto do dia e noite juntos como se não houvesse mais nada nem ninguém com que nos tivéssemos que preocupar.
O amanhã seria outro dia que ficaria para pensar depois...
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...