27 octobre, 2023 Um casal e eu - Parte 2
Na pista de dança, ela abraçou-me e eu fui-me encostando lentamente a ela...
A dada altura, vendo toda a gente ali presente a dançar, perguntei ao António se não ia dar dois passos de dança com a esposa. Ele disse-me que não tinha jeito para essas coisas e que, para além do mais, sentia as pernas pesadas.
- Vai você com ela...
Levantei-me e fiz um gesto de convite a ela dirigido. Ela levantou-se e, já na pista, abraçou-me, deitando as mãos pelos meus ombros. Dançamos um pouco e eu fui-me encostando lentamente a ela. Não a senti fugir ao toque do meu pau, já a endurecer, sobre sua barriga, antes notei que ela fazia força contra mim...
As nossas mãos tocavam no corpo um do outro, quase como carícias.
A cerveja tinha feito algum efeito, pois, noutra situação, não me atreveria nunca a tanto.
Ela tinha deitado a cabeça em parte do meu ombro e ambos nos esfregávamos um no outro.
A dada altura, "acordei". Pensei: E o António? Olhei, disfarçadamente, com receio de que ele tomasse a mal, mas ele sentiu o meu olhar e fez-me um sinal positivo com a cabeça.
Eu já tinha ouvido falar em casais que gostavam de estar a três. Pensara e desejara isso algumas vezes. Mas nunca tinha experimentado e, mais que isso, tinha até algumas dúvidas de que existissem casais com esses gostos. Será que Anita e António são um casal desses? Perguntava-me, enquanto dançávamos.
Duas danças depois, parámos e viemos para a mesa. Eu e ela, apesar das carícias e do esfrega-esfrega, não tínhamos trocado uma palavra.
Quando nos sentámos, António disse-me que podia continuar um pouco mais a dançar com Anita, que ele não sabia dançar, mas que gostava de ver a esposa a divertir-se.
Pelas quatro da manhã, depois de mais meia dúzia de cervejas, de umas danças, e de eu e ela termos fugido mais para o fundo da sala e de nos termos beijado furtivamente, sinal do tesão com que estávamos os dois, ela pediu para voltarmos.
António levantou-se a um sinal dela, e partimos para casa.
Em casa, subi e eles ficaram no rés-do-chão. Tomei banho, lavei os dentes e só de cueca deitei-me por sobre a roupa. Imaginava que ela iria aparecer, talvez depois de ele adormecer, embora não tivéssemos combinado nada...
Mas não. Quinze minutos passados bateram à porta do meu quarto. Estavam os dois, ele de cueca, como eu, ela com um babydoll preto, transparente e curto.
Perguntaram se podiam entrar e, sem mais palavras, ela deitou-se comigo e começamos a beijar-nos num beijo em que as nossas línguas procuravam, de forma quase violenta, o melhor da boca do outro.
Olhei e vi que o António estava sentado na única cadeira que havia no quarto, com o pau para fora da cueca, acariciando-se e olhando para nós com os olhos muito fixos.
(continua...)
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