27 juin, 2024 Diário de uma mulher séria - Parte 2
Não sei quem ataca primeiro, mas quando dou por mim, começam a arrancar-me a roupa…
Já vos disse que sou uma mulher séria. Tão séria que considero inadmissível o que se tem vindo a passar na hospedaria onde moro há mais de 15 anos!
Não tenho em mim a energia mental da denúncia, por isso, para perceberem melhor toda esta vergonha, todo este escândalo, deixo-vos a continuação de algumas páginas do meu diário como as escrevi na altura...
15h25
Quero ir com a empregada supervisionar a faxina dos quartos, mas todas as portas estão trancadas e só se ouvem barulhos histéricos lá dentro. Mais do mesmo, mulheres a guinchar, homens a gemer, aquele ruído chapado de carne a bater em carne...
Pergunto-me, mas esta gente não sai, ninguém trabalha, só vivem do vício?! É a empregada que me recorda que hoje é feriado, por isso ficou toda a gente em casa. Vejo que ela está nervosa, com os calores, mas não sei porquê.
– Uma vez que está toda a gente em casa e não podemos limpar, posso voltar para o meu quarto?
A serviçal fez a pergunta a apertar as mamas e com a testa suada.
Não tenho outro remédio senão dizer-lhe que sim. Vejo-a a afastar-se em direcção à sua alcova e dirijo-me eu própria para a minha, mas quando viro a cabeça para trás, vejo-a com o jovem hóspede que anda a estudar medicina. Deve estar com alguma comichão íntima, pois vejo-o apalpá-la por dentro das cuecas. É a podridão, se isto é lugar para um exame médico... Para isso servem os consultórios, não será?
16h45
Passo pelo lounge para inquirir se alguém quer lanchar e dou com os hóspedes todos à mesa. Organizaram o lanche sem me dizerem nada! Têm um ar conspirativo e mal entro no compartimento, calam-se todos a olhar para mim. Algo estranho se passa...
Pergunto o que estão a congeminar, com certeza alguma orgia, não? É o que fazem os animais na selva, foi o que fizeram a tarde inteira, não foi?
Depravados, todos os dias a mesma vergonha, um escândalo! Se isto é a maneira desta gente celebrar os feriados, mais valia obrigarem-nos a trabalhar!
Dizem-me para me meter na minha vida e o senhor T olha-me com uns olhos ameaçadores. Decido calar-me e fugir daquele pardieiro de más inclinações.
20h00
Às 20 horas em ponto, como é de lei, entro na sala de refeições com a panela do ensopado. Para minha surpresa, não está ninguém. É uma afronta, pois toda gente sabe que o jantar é servido às oito.
Sinto uma raiva tão grande que me dá uma tontura. Sento-me à cabeceira da mesa, o lugar herdado desde que a antiga proprietária nos deixou e o sobrinho não quer saber disto para nada.
Não sei quanto tempo fico de cabeça em baixo, mas quando a levanto e abro os olhos, vejo que estão todos à minha volta... Não sei o que querem de mim, mas não pode ser coisa boa. Percebo que a reunião da tarde deve ter servido para isso: estiveram a planear algo contra mim!
Furiosa, salto da cadeira e pergunto de indicador em riste:
– Mas que pouca vergonha é esta? Piraram de vez?!
Sem uma palavra, aproximam-se todos de mim. Começo a recuar com medo, mas logo esbarro num corpo qualquer e percebo que estou completamente cercada.
Não sei quem ataca primeiro, mas quando dou por mim, começam a arrancar-me a roupa. Sinto mãos pelo corpo todo, a agarrarem-me entre as pernas, a apalpar-me o rabo, a beliscar-me as mamas. Logo sinto cordas a apertar-me o busto e algo me penetra em baixo, não sei o quê, mas é grande demais para ser o membro dum cavalheiro, que é o único tipo que conheço.
Não sou mulher de me pôr ao espelho, só quando preciso de ver algo puro em contraste com a baderna em que este mundo se tornou. De resto, isso implicaria dedicar a minha atenção a algo tão sujo e pernicioso como é o órgão sexual. Por isso, de repente fico cheia de vergonha, pois encontro-me nua e exposta à frente de toda a gente. Não sei como irão respeitar a minha autoridade depois disto...
Rapidamente, sinto mais mãos a agarrarem-me, a arrepanharem-me os cabelos, a puxarem-me os elásticos... Vários braços fortes dobram-me a espinha e quando vejo, tenho vários conjuntos genitais masculinos à minha frente. É um ultraje, cada um maior e mais duro que o outro, todos a pingar da cabeça!
Não tenho hipótese, como estou muito acelerada e abro muito a boca para arfar, enfiam-me os membros pela garganta acima e lá tenho que chupar...
Enquanto faço isso, alguém que me apanha assim distraída dá-me chapadas nas nádegas. De alguma forma, isso acorda-me e começo a pensar que talvez um tratamento destes seja mesmo o que estou a precisar. A oração já não me ajuda como dantes e não tenho dinheiro para o spa, de maneiras que penso que se calhar o melhor é aproveitar.
Estou nestes pensamentos quando sinto o meu corpo levitar, sou transportada pela sala e atirada para cima da mesa, no meio da gamela do ensopado e das iguarias conventuais.
Nessa posição, fico com o cu e a racha ao léu, e alguém aproveita logo para enfiar os dedos e outros objectos. Começo a apreciar as sensações, pois tenho sentido muita frustração e muita raiva interior na minha vida, e enquanto esperneio, sinto uma grande libertação.
Consigo olhar de relance para a sala e respectivos convivas, todos me olham cheios de entusiasmo. De repente, sinto-me parte da família e é com agrado que recebo o que acho ser um vibrador de porte muito razoável a arrombar-me o cu.
Enquanto me animo com isso, não deixo de sentir o calor de bocas várias e dentes a beijarem-me por todo o lado, a lamberem-me entre as pernas e debaixo dos sovacos, a morderem-me as costas, nádegas e mamilos...
Começo a desesperar com calor no baixo-ventre, olho para trás e vejo a minha vagina a espirrar líquidos, respondendo aos movimentos de mete e tira que vão ocorrendo, mediante diferentes processos, dentro de mim.
Nunca senti algo assim na minha vida e tenho que reconhecer que estou inebriada de prazer!
Nem as três inconfessáveis vezes que já me masturbei durante o dia me toldam a tesão que sinto. Começo a suspirar incontrolavelmente, inclusivamente a gemer de gozo...
Todo o meu corpo está sob ataque de mãos, bocas, línguas, dentes, paus e conas. Não luto para me libertar... Primeiro, porque eles são muitos e mais fortes do que eu. Depois, porque me sinto afogar num mar de prazer sem limites!
Impotente, sou virada como um frango no espeto e fodida de formas diversas, por pichas, vibradores ou dedos. No frenesi da baderna, acabo a chupar conas, a lamber cus e a cheirar pés e sovacos.
As minhas pernas começam a tremer, o meu cu desata aos saltos e começo a vir-me como uma porca, esguichando da cona como uma mangueira.
Só me acalmam quando alguém me enfia o caralho nas nalgas. Remédio santo, entro numa catarse de orgasmos que me salva de todos os sofrimentos.
Ao mesmo tempo, o senhor L põe-me o cacete à frente dos olhos. Está duro como nunca o tinha visto e rapidamente o coloca dentro da minha boca. Chupo-o, sugo-o, mamo-o como se nunca tivesse mamado um pau, e o pobre diabo não aguenta mais de 30 segundos até explodir dentro da minha boca.
Sinto o sabor da sua esporra salgada e quente encher-me a cavidade oral e deleito-me com a textura líquida a descer-me pela garganta.
Olho em redor, quero mais pau, quero mais leite... Em vez disso, começam a esfregar-me com a bavaroise de morango que passei a tarde a fazer. Menos mal, assim pelo menos não se desperdiça.
Estou empapada de pudim quando me baixam da mesa e me espetam um volume imenso dentro da cona! Dou um berro, porque não me parece humano e olho para trás, tentando discernir a origem daquele nabo alienígena.
Vejo a empregada com um vibrador à cintura e percebo que é ela que me está a foder. Mantém um ritmo que nunca a vi ter quando anda a fazer a faxina e que, sensorialmente, me leva à loucura! Lembrem-me de lhe dar um aumento.
Continuo a ansiar por broche e leite e é o senhor T que responde às minhas preces. Aproxima-se de mim e todos abrem passagem, pega no meu corpo como se fosse uma pena, senta-se numa cadeira e faz-me ajoelhar.
Por estas alturas, já sei o que fazer, ninguém pode dizer que não aprendo depressa... Por isso, abocanho-lhe o pau.
Agora, é preciso que compreendam a dificuldade implícita ao que, de outra forma, poderia parecer um procedimento bastante natural. Estamos a falar de um membro, agora nada adormecido, que deve ter quase 25 centímetros de comprimento e 10 de espessura, com umas bolas gigantescas!
Nunca vi nada assim, tudo junto devia pesar uns 5 quilos! O senhor P também não consegue desviar os olhos e fica a babar-se o tempo todo.
A muito custo, consigo abrir a boca o suficiente para o encaixar e mamo-o durante largos minutos, para óbvia satisfação de ambos.
É preciso aqui fazer uma ressalva. Se no início, toda esta baderna era sobre mim, pois era óbvio que pretendiam dar-me uma lição, eventualmente resvalou para a orgia que eu tanto prenunciara.
Olhava em volta e todos comiam todos e isso ainda aumentava mais o transe da minha excitação.
Depois é que foram elas... Porque isto, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, e se pensarmos bem na embocadura da boca, quando comparada com o anel do cu, bem, façam vocês as contas...
O senhor T nem me avisa ao que vai, levanta-se da cadeira e monta-me de joelhos em cima dela, de cu para o ar. Passa o dedo entre a minha racha encharcada e aproveita a maisena para lubrificar a peida.
Depois, aproxima o caralho monumental. Com a precisão de um cirurgião das barracas, coloca-mo na boca do cu, empurra só a bola da glande e olha-me nos olhos para medir a minha capacidade de encaixe. Lágrimas escorrem-me dos olhos, o que ele considera um sinal afirmativo. Então, começa a empurrar devagar.
Ainda não chegou a meio quando entro em estertores e começo a vir-me pelas pernas abaixo!
Finalmente, debruça-se sobre mim, colocando todo o seu peso maciço sobre a minha traseira, e enfia tudo o resto. Sinto como se algo me rasgasse toda por dentro, mas nenhuma dor se manifesta, apenas o desejo de que ele continue, que não pare até me encher o cu todo!
Quando o sente completamente alojado, só aí começa a martelar dentro de mim, primeiro devagar, depois em crescendo, acabando com sacões brutos e intensos que me fazem gritar como uma noiva virgem nas núpcias da defloração!
Sinto que a qualquer momento me vou cagar toda...
Apesar de séria, não sou totalmente alheia à penetração anal. Mas dadas as dimensões daquele barrote, foi como se tivesse perdido a virgindade outra vez.
Não sei quantos minutos ele esteve dentro de mim, nem todos os demais à minha volta, em cima de mim, dentro de mim... Só via estrelas a dançar diante dos meus olhos, como se um milagre se estivesse a revelar.
Perdi a conta aos orgasmos que tive, talvez porque, na verdade, tenha sido apenas um, o mesmo do princípio ao fim, mas que durou várias horas...
Quando, finalmente, todos se saciaram, abandonaram-me nua em cima da mesa, a escorrer por dentro e por fora, alagada em suor e coberta de esporra – várias qualidades de esporra, masculina e feminina.
O senhor T foi o único que não se veio. Antes de o fazer, serviu um prato de sopa com muito caldo. Virou, então, o caralho monstruoso para o mesmo, deu três sacudidelas e começou a esporrar-se abundantemente.
Parecia que não ia parar, esguichou talvez um quarto de litro de nhanha para dentro da sopa, que ficou com um aspecto cremoso. Pegou então numa colher, mexeu ligeiramente e disse-me:
– Agora come.
Desatei a rir. Levantei-me a custo, pois sentia o corpo todo partido e os líquidos a descer por mim abaixo. Sentei-me à mesa e comecei a sorver o caldo seminal, enquanto todos assistiam aplaudindo de pé.
Nisto, o senhor L, a manusear descaradamente o caralho, novamente murcho, ao meu lado, pergunta-me:
– E então, depois disto, vais continuar a ser a megera que tens sido até aqui?
– Bem, isso depende... Se nos encontrarmos aqui todos amanhã, para “jantarmos” juntos outra vez, prometo ser mais meiguinha no futuro...
Todos riram e foi assim que uma nova harmonia foi inaugurada na nossa hospedaria, para gáudio dos meus orifícios, tanto vaginais como anais, bocais e animais.
Uma vergonha, é verdade. Um escândalo, sim senhor. Com muito prazer...
Armando Sarilhos
Diário de uma mulher séria - Parte 1
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com