02 novembre, 2023 4x4 - Capítulo 2
As meninas tomam a iniciativa...
Desde o nosso pequeno “incidente” (ver Capítulo 1), a tensão começou a notar-se sempre que o tema “sexo” aparecia no contexto. Podia ser no cinema, a ver uma série ou uma peça de teatro, numa notícia de jornal ou simplesmente num desabafo banal, no meio duma conversa.
O que dantes nos faria rir, brincar e explorar até aos limites do pudor, quando não mesmo da decência, agora atirava-nos para um nervosismo palpável que quase sempre redundava no mais desconfortável silêncio.
Já nem parecíamos nós... Aquele quarteto de galhofeiros implacáveis, que gozava com tudo o que mexia, não encontrava o caminho de volta do flagrante sexual em que mutuamente se apanhara.
Não sei o que os outros pensavam, lá está, porque nunca mais falámos do assunto, mas a mim não me saía da cabeça o pau, melhor dizendo, “a imagem” do pau do meu melhor amigo enfiado no rabo da respectiva namorada. Isto enquanto a minha própria companheira se masturbava à minha frente, com as cuecas em baixo e a racha a pingar, ao mesmo tempo que me chupava o caralho até me fazer vir de repuxo... Sem dúvida, uma das melhores esporradelas da minha vida!
O momento juntou tudo, o imprevisto, o álcool, o acto voyeurístico, a exposição, a transgressão... A tempestade perfeita dum orgasmo épico!
As outras imagens que não me saíam da cabeça eram a Elsa a revirar os olhos, enlouquecida de tesão, e o ar divertido do Júlio e da Júlia, esta ainda com o pau entalado no cu, ilustrando cada expressão particular como todos disfrutáramos, e muito!, do sucedido.
Mas agora, segundo parecia, não éramos capazes de lidar com a situação. Não eram só os jantares secos, os encontros mudos, o mal-estar que se criava à mínima alusão mais picante... A nossa própria amizade, que pensávamos inabalável, parecia estar em risco.
Estávamos num impasse e, sem vergonha, admito que não era capaz de vislumbrar solução, tal como o meu amigo Júlio. Foram as meninas que, em boa hora, se chegaram à frente, dispostas a salvar o que parecia condenado...
Foi numa quarta-feira, tinha-me baldado ao trabalho para ir para casa ver o Benfica, que jogava às quatro da tarde. Convidei o Júlio que, como era vendedor e andava sempre na rua, conseguia tirar duas horas para si sem que a empresa notasse.
Claro que não disse nada às meninas porque, quando um dia, depois de muita insistência delas, as surpreendemos com bilhetes para ver um jogo no Estádio da Luz, passaram o tempo todo a tirar selfies e a olhar para o telemóvel... Portanto, o futebol voltara a ser uma cena só de rapazes, elas nem precisavam de saber, mais tarde nos juntaríamos todos.
Só que, quando entrei em casa, percebi que os meus planos tinham saído furados: a Elsa, pelos vistos, também saíra mais cedo do trabalho. E não estava sozinha...
Primeiro ouvi os risinhos, depois os silêncios e, finalmente... gemidos! Passaram-me coisinhas más pela cabeça, como por exemplo, a possibilidade dum par de chifres... Fui direito ao quarto já a sentir um peso inusitado na testa e encontrei a porta entreaberta. Espreitei lá para dentro e lá estavam elas... a Elsa e a Júlia, a comerem-se que nem gente grande!
Para aqueles que precisam das imagens, a ementa era um sugestivo 69 de grelos, no caso, a Elsa por cima a lamber a racha da Júlia e esta a reciprocar com a cabeça esmagada entre o edredão e o papo de cona da minha namorada, que se comportava como se tivesse feito aquilo a vida toda. Devo dizer que fiquei impressionado, no melhor dos sentidos, com a performance de ambas.
A páginas tantas, a Elsa começou a hiperventilar e a Júlia lembrou-se de a virar ao contrário, meteu-a de cu para o ar e começou a chupá-la por trás. Assim, a minha namorada ficou de frente para a porta e quando olhei para ela, vi-a com o dedinho dobrado a chamar-me! Mesmo com os olhos vidrados e os mamilos espetados como setas pontiagudas, tinha-se apercebido da minha presença!
Não sei o que teria feito, a minha vontade era despir as calças e atirar-me de mergulho para o mar de conas que se abriam à minha frente, mas entretanto ouvi a porta. Era o Júlio a chegar para ver a bola...
Fi-lo entrar com o dedinho esticado à frente da boca, a ordenar-lhe um silêncio cúmplice, e levei-o pela mão, pé ante pé, até à porta do quarto onde as nossas duas gajas “se faziam”.
O Júlio começou logo a suar, ouvia-se a pulsação dele no eco do corredor.
As meninas agora masturbavam-se uma à outra, com os dedos enfiados lá dentro, a acelerar... Cheirava a rata molhada e a condensação no quarto fazia adivinhar uma chuva de orgasmos.
Olhei para o meu amigo, que estava branco como a cal das paredes, e pensei que se ia vir ali mesmo nas calças... Só depois percebi que ele não estava excitado, mas eufórico, e no mau sentido... Zangado, piurso, raivoso e finalmente histérico!
Não sei o que ele viu no quadro que se nos apresentava, suspeito que para ele o peso da traição fosse maior que o volume de tesão que a mim, pessoalmente, tudo aquilo me dava. Como já disse, eu só queria saltar para cima daquelas mamas todas. Mas a percepção dele era diferente...
Abriu a porta e irrompeu pelo quarto de braço esticado, a distribuir acusações e um rol de violências gratuitas e totalmente deslocadas. Se fosse eu que mandasse era logo internado, porque quem recebe uma prenda destas e entra em colapso, merece, no mínimo, um exame psiquiátrico!
As miúdas ficaram a tremer. Aliás, os móveis ficaram a tremer... A muito custo, consegui agarrar no Júlio e levá-lo para a sala, já que com ele ali a situação só podia piorar. Estive tentado a dar-lhe uma chapada a ver se ele saía daquele transe estuporado... Ou isso, ou apetecia-me simplesmente bater-lhe por tudo o que me estava a negar!
Só conseguia pensar que se não o tivesse convidado para a merda do jogo, a esta hora estava com o pau entalado em vários rabos, a lambuzar-me todo em fluidos e conas, mamas e regos, a nadar por aqueles sovacos acima como um salmão com priapismo!
E mesmo que não tivesse participado, poderia ter ficado mais tempo a apreciar a festa da espuma que as nossas belas esponsais se ocupavam em produzir, para deleite de (quase) todos os presentes.
Merda para o jogo, porra para o gajo! Com amigos destes, vai lá vai...
Ficou melhor quando lhe empinei a garrafa de CRF nos queixos e começou outra vez a articular palavras, ainda que sem uma correlação especialmente lógica entre elas. Mas o suficiente para me ouvir a dar-lhe nas orelhas. O que o salvou foi elas terem voltado à sala, de contrário ia continuar a partir-lhe a cabeça até me passar a tesão.
Elas voltaram vestidas só com a lingerie e fizeram um discurso rápido, que pode ou não ter sido mais ou menos assim:
– Meus meninos, não vamos estar com merdas. Desde o dia em que nos apanhámos a foder andamos todos a pensar no mesmo, certo? Certo! Portanto, em vez de deixarmos a nossa amizade acabar, vamos mas é ao que interessa.
E, dito isto, começaram a beijar-se e a apalpar-se todas, desde os sítios mais óbvios aos lugares mais recônditos. Segundos depois, despiram tudo à nossa frente!
Já tinha visto a Júlia de pijama, de bikini, em topless, a levar no cu e a ser lambida pela minha namorada. Mas nunca a tinha visto “nua”, não assim, não do tipo vê-la “toda, inteira, completa, exposta, descarada, escancarada, nuínha como veio ao mundo”!
Claro que os meus olhos concentraram-se mais no corpo dela do que na minha própria namorada, porque as coisas são o que são... Posso ver a Elsa nua cada vez que eu quiser, basta-me fechar os olhos. A Júlia era a novidade ali e tenho a certeza que o Júlio estava a pensar na mesma coisa, mas ao contrário, ou seja, aposto que estava a medir cada fresta, fímbria, boca, bico e redondeza da minha namorada.
Ele não conseguia parar quieto, ora olhava para mim com cara de parvo ora para elas de olhos esbugalhados. Passaram-lhe logo os preconceitos...
As coisas são o que são, como já disse, e a verdade é que a situação assim, apresentada tão democraticamente, não me fazia impressão, pelo contrário, dava-me uma tusa de partir pratos. As possibilidades eram inúmeras...
Se eu pensasse em mim e no Júlio a comer a Elsa, isso incomodar-me-ia. Claro que não me incomodava nada imaginar-nos ambos a comer a Júlia... Mas assim como se apresentavam as coisas, ficava tudo em equilíbrio. Todos tínhamos exactamente o mesmo a ganhar e a perder.
Mais a mais, a Júlia era boa todos os dias... Belíssima estrutura óssea, curvas sinuosas, maravilhoso par de tetas gordas e meio descaídas, uma cona pintelhuda (mais do que a Elsa!) de lábios espessos e fressurentos que apetecia chupar, mamar, morder e palitar!
Sem esforço, a minha imaginação voou imediatamente para o centro das pernas dela, para o meio daquelas mamas, a pontos de me chegarem ao nariz as fragrâncias sexuais que ela ainda nem tinha começado a libertar...
Fosse como fosse, graças às voluntariosas meninas, a nossa amizade parecia salva. Restava apenas seguir o guião que elas tinham montado e ver a que níveis de intimidade a nossa relação poderia agora chegar. E acho que posso falar por todos quando digo que estávamos desejosos de começar...
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com