12 octobre, 2023 Fodi dois gajos no mesmo dia...
... e nenhum era o meu...
As coisas em casa não andavam bem. Quer dizer, quando tudo corria bem era um sonho, mas quando corria mal, era o terror. Sempre que nos zangávamos, o meu gajo saía de casa a bater as portas e ameaçar traições.
Eu sabia que era da boca para fora, que não era do feitio dele resolver um problema metendo-se noutro. Mas começava a tornar-se uma rotina, a violência da porta a estremecer a casa toda e aquela promessa que ele deixava no ar, atrás de si:
– Se não estás contente, vou arranjar uma gaja que esteja!
Umas pessoas reagem duma maneira, outras doutra, esta era a maneira dele. De se vingar quando, como ele dizia, eu começava a pôr tudo em causa. Eu nunca pensei nisso, em ir para a cama com outro gajo só por vingança. Foi mera coincidência que tenha acontecido, não com um gajo, mas com dois...
Logo para começar o dia, o meu gajo abalou esbaforido depois da nossa última discussão. Aquilo mexeu-me com os nervos e, num repente de inspiração transtornada, decidi que já não queria usar a roupa que tinha escolhido.
Despi-me no quarto a pensar num vestido sexy, que fizesse os homens olhar para mim, em vez do look casual que usava todos os dias. Estava a ficar farta de tudo, pelo menos queria sentir-me mulher.
Quando ouvi um barulho na sala pensei que ele tinha voltado para se desculpar, como às vezes acontecia. Nem pensei que pudesse ser outra coisa e, quando entrei na sala, dei de caras com outro gajo, que não fazia a mínima ideia quem poderia ser.
Assustada, disse-lhe para sair dali imediatamente ou chamava a polícia. Ele, atrapalhado, explicou que era colega do meu gajo e tinha combinado passar a buscá-lo para irem a uma reunião.
Nessa altura, o meu gajo estava sem carta e a reunião era na outra ponta da cidade. Disse que tinha encontrado a porta aberta, o que era normal acontecer quando era batida tantas vezes.
Ele desviava os olhos enquanto falava, o que nunca achei uma boa característica da personalidade. Mas só depois percebi porquê: eu estava toda nua! Com os nervos acumulados, até me tinha esquecido disso...
O pobre rapaz não sabia onde se enfiar e o meu primeiro instinto foi cobrir as mamas e o ventre, mas algo em mim mudou no instante em que o fiz, um clique que me fez pensar como tudo aquilo era excitante.
– Ele já saiu, talvez o apanhes no café lá em baixo – disse-lhe.
Aí ele olhou para mim e não desviou os olhos, pelo contrário, fez-me um scan demorado que me deixou tonta e me fez tirar as mãos da frente, destapando as minhas partes femininas.
Não precisou de mais sinais, aproximou-se de mim e tocou-me ao de leve na barriga, levando depois a mão ao meio das minhas pernas. Acariciou-me os pêlos púbicos e passou os dedos pela minha fenda.
O seu toque era quente e senti-me imediatamente alagada. Acabei por puxá-lo para o sofá, abri as pernas e conduzi-lhe a cabeça até à zona húmida, instando-o a lamber-me.
Não sou gaja de me vir a foder, mas o minete raramente falha. Em pouco tempo tive um orgasmo muito intenso, que reunia a excitação do momento à carência que trazia, pois também nesse capítulo as coisas não andavam famosas. Há que tempos que o meu gajo não me mordia o grelo.
Ao ver o meu prazer, o dele aumentou e despiu-se à minha frente, revelando um belo pau, longo e espesso, que introduziu na minha boca.
Chupei-o sem pensar em nada, apenas sentindo aquele grande maciço de carne, que sabia bem, a prensar-me a língua na cavidade oral.
A memória do meu gajo nunca me passou pela cabeça, era como se de repente tivesse sido libertada de todas as responsabilidades amorosas. A culpa só viria muito mais tarde nesse dia...
Dou o cu com muita naturalidade e ele deve ter pressentido isso quando me ajeitei para que me penetrasse. Provavelmente, viu esse buraquinho aberto e, ou sem querer ou de propósito, deixou o pau deslizar para dentro dele.
Até aí nunca tinha traído o meu gajo e que o fizesse passando logo ao sexo anal escandalizou-me um pouco, confesso. Mas o prazer que sentia era tal que abandonei rapidamente esse pensamento. Senti-o entrar com um deleite que há muito não sentia no sexo, como se a transgressão acrescentasse tempero ao acto.
Depois de se regalar bastante no meu ânus, enfiou-se na minha vagina e, nem sei bem como, pois é muito raro vir-me pela cona, tive um segundo orgasmo, ainda mais explosivo que o primeiro. O primeiro fora bastante intenso, mas quase doloroso. Este foi mais fluido, daqueles que nos deixam semiadormecidas.
Deixei cair a cabeça, prostrada no sofá e ele desenfiou-se de mim e esporrou-se no meu rosto, na minha boca, como se me conhecesse, pois era de longe a minha maior preferência no que toca ao orgasmo masculino.
Depois não dissemos mais nada, ele vestiu-se e eu fui para a casa de banho lavar-me e, quando voltei à sala, ele já lá não estava.
Graças a este pequeno affair, cheguei ao trabalho atrasada, mas bem-disposta, sem deixar que o peso da discussão matinal com o meu gajo me afectasse. Há males que vêm por bem, pensei, tanto mais que há algum tempo precisava de levar uma boa foda, nenhuma mulher na flor da idade vive sem isso.
A manhã passou a voar, almocei numa cantina perto do trabalho e às 14 estava na sala de reuniões preparada para receber um novo cliente, no caso, o representante duma multinacional com raízes em Angola, que procurava instalar-se em Portugal.
Nem sempre consigo estar no meu melhor nestes meetings de grande responsabilidade, mas sentia-me jovial e comunicativa. As palavras saíam-me claras e certeiras, talvez pelo facto de me sentir bem fodida, pois nada ajuda tanto ao humor duma pessoa.
Acontece que, não sei exactamente como, o meu cliente parece ter intuído isso e, do nada, enquanto eu dissertava sobre as virtudes do tecido empresarial português, dei com ele a inspeccionar as virtudes do tecido sensual da minha mini-saia, de onde saía uma liga marota que teimava em revelar-se aos olhos do mundo.
Ele tinha um porte imponente e confiante, exalava poder e passou-me pela cabeça que se, por acaso, ele decidisse insinuar-se, eu não seria capaz de resistir.
É preciso lembrar que não era um dia normal para mim, já discutira com o meu gajo e fora para a cama com o colega dele, e ainda nem eram horas do lanche. Uma espécie de aura sexual apoderara-se de mim e, por muito pouco ou quase nada, uma corrente de energia sexual fazia disparar a minha adrenalina. Estava em ponto de rebuçado, ou mais, em ponto de ebulição...
Tudo isso ele terá visto, ou sentido, ou pela minha linguagem corporal ou talvez pelo meu cheiro, pois sentia-me a segregar tesão por todos os poros. E a verdade era essa: ele dava-me uma enorme tesão! Olhando para ele, para a sua pele escura, para os seus braços musculosos, para as suas pernas grossas, não conseguia parar de imaginar a sua vara de ébano que, se seguisse as proporções do seu corpo, prometia ser algo majestoso.
Quando ele, sem palavras, afastou as pernas e tocou ao de leve no vulto que já se antevia pujante sob as calças, sorrindo na minha direcção, soube que os dados estavam lançados.
Abri a camisa e baixei o soutien, expondo-lhe as minhas mamas, cujos mamilos pareciam bicos de setas.
Sentia já as cuecas empapadas por baixo e só sonhava que ele me enfiasse lá qualquer coisa.
Sem hesitações, ele levantou-se e começou a apalpar-me enquanto me despia a roupa, peça por peça, até me deixar só de lingerie. A porta da sala de reuniões tinha o selo Do not disturb e toda a gente comigo o levava a sério, por isso não temia qualquer intromissão. Podíamos dar asas à nossa volúpia e foi o que fizemos.
Ajoelhei-me à sua frente e baixei-lhe as calças, desejosa de ver o instrumento que elas escondiam. Não me desiludiu. Era um pau generoso, nervoso, negro como o carvão, com uma glande larga acastanhada. Abri a boca de espanto tanto como de gula.
Era tão grande e grosso que os meus olhos mal o conseguiam observar por inteiro mas, qual milagre, consegui alojá-lo todo na garganta, até sentir os seus testículos gordos baterem-me no queixo. Quando, nessa posição, o suguei como se lhe quisesse tirar o veneno, ele urrou como um animal ferido e tive que o mandar calar com os olhos. Conseguiu controlar-se e, em menos de 5 minutos, proporcionei-lhe a mamada duma vida.
Adoro sexo mas não é todos os dias que estamos no máximo da nossa inspiração. Esse dia era definitivamente um dia bom.
Engoli-lhe o caralho, mas não lhe engoli a nhanha, deixei-o deitado a esporrar para o ar, com as duas mãos a tapar a cara para não gritar.
Ficou de verga tesa e, de costas para ele, baixei as cuecas e dei-lhe o rego traseiro para apreciar. Em sua honra se diga que o pau nunca chegou a descer.
Em menos de nada estava a agarrar-me pelas nádegas como se as quisesse separar uma da outra. Apalpou-me vigorosamente o rabo, abrindo-me o buraco como se procurasse uma janela.
Depois mandou-lhe três cuspidelas para cima, que senti escorrer pela racha, após o que posicionou a grande vara na entrada do olho e ma enfiou pelo cu acima. Então, fui eu que gemi forte e tive que tapar a boca para não nos denunciar.
Senti um prazer absurdo enquanto me enrabava com força, em ritmo cadente, e pensei que me ia vir pelo cu. Não sei quanto tempo esteve a furar dentro de mim, parecia uma eternidade, e no entanto, eu só desejava que ele aguentasse mais e mais, que nunca mais parasse.
Se me perguntam se, nesse momento, ainda me lembrava do meu gajo e das suas promessas de traição, a resposta é não. Empalada como estava por aquele pau de cabinda, que fervia como um pão com cacholeira acabado de sair do forno, queria lá saber do meu gajo e das suas ameaças veladas!
Se estivesse a foder com outra gaja, tanto melhor para ele. Eu só queria este pau de virar tripas. Sinceramente pensei que quando mo tirasse do rabo, me ia cagar toda.
Depois de me dominar grande parte do tempo, pôs-me em cima a dar ao cu. Com os dedos massajava-me a cona e o clitóris, com as pinças no meu rabo marcava ele o ritmo com que eu o montava. E vim-me de novo, brutalmente, como um sismo antes do mundo acabar.
Era um homem grande e dava a impressão de que para ele, tudo aquilo era só um aperitivo. Agarrou-me e beijou-me, com força, com tesão. Esfregava-me as mamas, apertava-me os mamilos, mas a minha cona palpitava só e absolutamente com o beijo. Um beijo de homem, líquido e bruto.
Depois do rabo ele obviamente quis cona, e fodemos mais uma boa meia hora.
Nunca tinha sido fodida daquela maneira, confesso. Já assada tive que lhe perguntar se não se queria vir.
– Onde queres que me venha? – perguntou, atencioso.
Apeteceu-me repetir a dose do pequeno-almoço, como já disse, a minha preferida.
– Esporra-te na minha cara.
E ele fez como eu pedi, como um querido.
Vestimo-nos e acabámos a reunião. À despedida, convidou-me para jantar, queria levar-me para o seu hotel para continuarmos a nossa “conversa”. Mas aí foi quando os remorsos começaram a fazer-me subir a pressão e disse não. Não poderia. Era uma coisa de uma vez, provavelmente algo que nunca iria repetir.
Mas apesar da culpa, não senti arrependimento...
Era algo que tinha que acontecer, uma forma de reagrupar ideias antes de voltar para a relação. Que tenha acontecido com tanto sabor, tanto de manhã como à tarde, foi só um bónus. Uma prenda do destino para compensar as merdas que uma gaja atura.
O meu gajo só apareceu no dia seguinte e fizemos as pazes. Obviamente, não lhe contei nada, ele não iria aceitar, como eu não aceitaria que ele fodesse com outras gajas.
Mas desejava, do fundo do coração, que o tivesse feito, que tivesse aproveitado como eu aproveitei.
Porque isso equilibrava as coisas. Aliviava a minha carga. Espero que o tenha feito. Só não quero saber.
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com