26 Diciembre, 2013 Um negro na noite, Ep 59 ao Ep 63
* QUINQUAGÉSINO NONO *
Foi um jantar e peras. Das garrafas sobrou meia: "- Eu não te dizia Silvina..." O marido riu-se e piscou-me um olho. Agora chegáramos aos Favaios enquanto ele continuava a recordar histórias passadas em carros-eléctricos. " Ó Alfredo e ainda te gritam: ó Fonseca olha o trole..." "- Ai.
menino-doutor. Nem me diga nada!" Estávamos nas duas da manhã quando a campainha cantou. Fizémos silêncio apenas cortado pela voz de Silvina:
"- Olha a menina Isabel! Está, está. Entre menina." E Isa ou Belicha entrou ainda com a farda de serviço. Já fôra banhar-se a minha casa.
Usara a minha Colónia. Deu um beijo ao Alfredo e eu recebi outro.
Sentou-se e Silvina, conhecedora dos seus gostos, trouxe uma garrafa de whiskey. Adivinhei uma noite a espraiar-se na manhã.
* SEXAGESSIMO EPISÓDIO *
Chegámos já passava das quatro.
Estava com sono e copos. Ela, habitualmente, calma. Eu comprara aquele apartamento há sete anos. Fiz-lhe obras. Duas suites ambas com banheiro privativo.A minha tinha, também, jacuzi.Uma sala com uma mesa articulada que servia para refeições ou reuniões. Um escritório onde, rodeando a minha secretária, prateleiras guardavam "reliquias": livros, discos, jornais. Ao fundo uma sala de banho. Nas paredes reproduções de quadros desde a Antiguidade à Àrte Moderna expostos sem qualquer ordem cronológica. Deitámo-nos. Adormeci rápido com as suas mãos afagando-me o cabelo e os seus lábios percorrendo, suavemente, o meu pescoço e as minhas costas. Dez horas. Nus acordámos com a campainha do telefone. Era da Fábrica. Tinham chegado uma série de documentos que urgiam a minha assinatura: "- Só?" indaguei. Do lado de lá adivinhei o riso gozão da minha secretária: "- Só?... mas com visitas. Pelas quatro mando-lhe o estafeta. Ok?".Desligámos.
* SEXAGÉSIMO PRIMEIRO *
Dez horas da manhã. Nus despertámos com o som do telefone. Era da Fábrica. Haviam chegado uma série de documentos que urgiam a minha assinatura: "- Só?" indaguei. Do lado de lá adivinhei o riso malandro de Laura: "- Pois...está com visitas. Vou mandar o estafeta. Pelas quatro horas".Desligámos. Belicha preparara umas torradas, leite gelado e mel. Vestira um baby-doll e dispensara o bikini. Eu umas bermudas. Olhei-a e, como de costume, quando a mirava assim equipada entesava-me. Ela sabia.
* SEXAGÉSIMO SEGUNDO *
Tomávamos o pequeno almoço e badalávamos quando bateram à porta. Isa foi abrir. Era o correio com uma pesada encomenda. Mandou-o entrar. O rapaz olhou-a e sentiu-se embaraçado. Arrumou a caixa-eram livros que eu encomendara - quando lhe pediu que lhe coçasse as costas. Envergonhado acedeu. No momento Belicha jogou-lhe a mão ao caralho. Abriu-lhe as calças e de dentro delas saltou um sardão grande e grosso. Ajoelhou-se e começou a chupá-lo. Foi sol de pouca dura. Uma leitada encheu-lhe a boca.
Virou-o e atacou um botão de rosa que o pôs, de novo, de pau feito. Eu assistia mastigando torradas e lendo, pelo canto do olho, as gordas do Jornal. Levou-o para o quarto. Terminei a refeição-primeira e segui-os. Estavam a foder como cães ciosos. Era altura de entrar.
Esfreguei a pila na cara dela. E espanto meu! O rapaz sentindo o meu sexo perto da sua boca optou por me lamber os tomates. Não perdoei e meti-lho todo na boca. Esporrámo-nos todos ao mesmo tempo. Ele comeu tudo gulosamente. Vestiu as calças, pegou no saco de cabedal e abalou.
Na cama, Isabel e eu, iamos voltar ao sono e, talvez, ao sonho. Antes que ela adormecê-se dei-lhe um beijo e murmurei: "- O CARTEIRO 'VEM-SE' SEMPRE DUAS VEZES..." Rimo-nos.
* SEXAGÉSIMO TERCEIRO *
Acordámos às três da tarde.
Saciados. Na longa mesa, bem preparado pela Silvina, um almoço de frios de comer e chorar por mais. Não chorámos... Às quatro chegou o estafeta. Assinei a papelada da Fábrica e, quando voltei à sala, Isabel desnuda, sentada no sofá, fumava um cigarro. Pernas meio abertas mostravam uma cona rosada "sorrindo" para mim. Não falhei e, a minha lingua, em compasso certo, fez com que se orgasmasse várias vezes. Senti na boca aquele nectar que eu bem conhecia. Em suspiros de gozo puchei-a para o chão e, na alcatifa, organizei uma canzana celestial. Esporrámo-nos juntos enquantos as nossas salivas se misturavam. Levantei-me e trousse-a comigo. A enorme banheira do jacuzi recebeu-nos na tepidez duma água com odor de erva de Sta. Maria e uma espuma envolvente.