31 Mayo, 2016 Cavalinho, cavalinho, cavalinho...
Uma fantasia aparentemente inocente, mas que esconde um desejo incestuoso.
As nossas fantasias são pessoais e intrasmissíveis. Embora algumas se possam inserir num "círculo" maior, existem sempre nuances pessoais. Esta história aconteceu na saudosa Gizelle. Foi um daqueles acontecimentos caricatos que guardei na memória...

Após desfile, sou escolhida.
Quando entro no quarto um rapazinho com uma idade indefinida, mas certamente sem chegar aos 30, esperava por mim encostado a uma parede. Notoriamente nervoso enroscava as mãos uma na outra. Numa análise mais cuidada reparo que tem um ligeiro atraso. Seria aquele a quem antigamente chamaríamos de "tontinho".
Sem me olhar directamente nos olhos e sempre a enroscar as mãozinhas uma na outra, lá me explica o que pretende: que eu saia do quarto ( futuramente hão-de reparar que nesta casa eu passava imenso tempo no corredor à espera para entrar..ihihihihi) e que interprete "uma amiga, irmã ou prima" que o apanhava a "portar-se mal". Como é óbvio a inflexão da voz denunciou logo quem ele pretendia que eu fosse: a irmã!
Lá saí do quarto, aguardei uns instantes e entrei. Estava ele encostado à parede, ainda vestido, de pénis na mão. Ralho com ele "Ai o mano feio! Isso não se faz!" - replico, enquanto lhe dou carinhosamente umas palmadinhas na mão. Olha para o lado traçando um sorriso enorme! Um misto de satisfação e tesão é o que o meu papel de mana mais velha lhe causa. Após alguns ralhetes, palmadinhas e festinhas ao "irmão mais novo" pede-me que me sente na marquesa existente no quarto. Era uma marquesa de madeira, bastante alta pois eu tinha de me apoiar com ambas as mãos e dar um salto para me conseguir sentar. Pede-me para cruzar as pernas. Quer-se sentar no peito do meu pé!!! Garanto que me assustei! E expliquei logo que não aguentaria com o peso dele! Anuiu e garantiu que só se encostaria, sem fazer peso. Então o rapazinho apoia-se no meu pézinho, dá-me as mãos e fazemos o "cavalinho"... (Para quem a infância não incluiu este jogo eu explico: um adulto ou jovem senta uma criança no pé, estando a perna traçada, dá-lhe as mãos para não cair e movimenta a perna para cima e para baixo de forma a simular a movimentação do cavalo.)
Imaginem eu a brincar ao "cavalinho" com um fulano que fazia dois de mim! E a ter de recitar "cavalinho, cavalinho, cavalinho" repetidamente sem me desmontar a rir... Entretanto lá desmonta e pergunta se me pode tocar num seio... Eu estava com um bolero (casaquinho que ata atrás das costas, neste caso, deixando um decote em V generoso) e com tanta movimentação já estava com o soutien praticamente de fora... Disse que sim, e ele tocou-me com um misto de vergonha e satisfação...
Questiona-me se pode voltar..Claro o maninho pode voltar sempre que quiser...
Sarah Sweet
Para quem ainda não me conhece: sou a Sarah Sweet, portuguesa, 34 anos (embora aparente menos). Menina-mulher malandra, mas exigente. Adoro escrever e dar a conhecer os bastidores dos trabalhadores do sexo. Sou Acompanhante e Massagista (daquelas a sério).