30 Enero, 2025 O barão e a submissa do BDSM
Ponha-se aí de joelhos na carpete enquanto eu lhe faço só umas perguntas, antes de começarmos...
– Entre, sente-se, por favor. Fique à vontade.
– Obrigada, senhor Policarpo.
– Por favor, trate-me por Barão. É como todos os meus amigos me tratam. Mas no sofá não... Sente-se no chão.
– Onde, Barão?
– No chão.
– Mas...
– Dada a natureza do nosso serviço, seria contraditório oferecer-lhe qualquer tipo de conforto, não acha?
– Acho que sim...
– Muito bem. Então, ponha-se aí de joelhos na carpete enquanto eu lhe faço só umas perguntas aqui para a fichazinha, antes de começarmos. Se respondeu ao anúncio, já sabe o essencial, certo? Sabe ao que vem?
– Sim, senhor Barão.
– Só Barão, por favor. Então, vamos lá: qual a sua idade?
– 43.
– Muito bem. Estado civil?
– Sou casada.
– Óptimo, óptimo. O seu marido sabe que está aqui?
– Não sabe e não pode saber. Não é do tipo de aceitar traições de nenhuma espécie. Ainda é um homem à antiga...
– Estou a ver. É impressão minha ou estou a detectar-lhe um sotaque do norte? Do Minho, talvez?
– Sim, do Minho, mas prefiro não dizer mais.
– Como quiser. Agora, antes de passarmos à frente, tenho mesmo que perguntar, para ficar registado... As condições já sabe quais são, são as enumeradas no anúncio. Portanto, pergunto-lhe se tenho o seu consentimento para todos os procedimentos que eu achar por bem realizar na sua pessoa, tanto física como verbalmente?
Se a resposta for positiva, vou pedir-lhe para assinar este documento, uma espécie de contrato onde está tudo explicado. Pode ler, se quiser.
Peço desculpa por insistir neste ponto, mas, compreende, tenho que precaver-me. Por um lado, não quero que posteriormente me acuse de a maltratar; e por outro, não quero estar a investir as minhas energias no projecto para depois a senhora, a meio caminho, dizer que afinal já não quer...
Ao dar-me o seu consentimento, está a assumir o compromisso de prosseguir com a sessão até final, compreende? Quero que fique bem ciente dessa situação antes de assinar, para não haver mal-entendidos.
– Sim, compreendo. Não preciso de ler nada, eu assino o que quiser.
– Muito bem, aqui tem uma canetinha.
– Obrigada.
– Se permite que lhe pergunte, alguma vez experimentou o serviço que lhe vamos prestar? Sinto que está um pouco ansiosa...
– Não, nunca experimentei. Como mulher, só conheço o meu marido, nunca fiz amor com outro homem. E como lhe disse, ele é muito tradicional. Quase sempre fazemos da mesma maneira e ele acaba muito depressa. Não sinto paixão, nem da parte dele nem da minha.
– Compreendo.
– Portanto, não sei se estou propriamente ansiosa, mas sei que preciso de algo diferente. Não consigo continuar como estou. Às vezes...
– Sim, diga. Às vezes? Não tenha medo de falar, aqui estamos num lugar seguro. Também é por isso que nos está a pagar, pela nossa discrição. Imagine-me o médico a quem pode dizer tudo. Os seus segredos estão protegidos pelas regras da confidencialidade.
– Está bem. Às vezes... tenho vontade de lhe bater. Ou que ele me bata a mim... Não sei explicar, eu própria não percebo, mas tenho que confessar, Barão... A ideia... excita-me... Muito!
– E porque não o faz?
– Tenho medo da reação dele. O meu marido não é um homem moderno e não gosta de coisas “esquisitas”, como ele diz.
– E a senhora gosta? Bem, suponho que sim, ou não estaria aqui...
– Não sei se posso dizer que gosto... Mas, como lhe disse, tenho que experimentar qualquer coisa. Não suporto mais a passividade, a indiferença do meu marido. Quando estamos na cama, apetece-me esganá-lo, e só essa ideia me dá...
– Tesão?
– Sim.
– Muito bem, estou a ver mais ou menos o problema. Já temos o papelinho assinado, vamos só ao questionário final para perceber as suas preferências. Mas, antes, vou pedir-lhe que tire a roupa toda e fique só de cueca e soutien. Quero olhar para o seu corpo.
– Está bem. Agora?
– Agora mesmo! Desculpe se não me expliquei bem. Quando lhe digo para fazer algo, estou a dar-lhe uma ordem e quero que a cumpra imediatamente. Por isso, sim, quero que se dispa agora, já!
– Está bem...
– Isso, assim. Vê como não custa nada?
– Peço desculpa, sinto um pouco de vergonha. Nunca me despi em frente a outro homem.
– Não tem porque pedir desculpa, tem um belo corpo. Um pouco passado, mas... Quantos anos disseste que tens? 43? Pareces mais velha. Vê-se que o teu marido não te dá alegria. Já vamos tratar disso. Desce um pouco o soutien para eu poder ver essas tetas.
– Assim, Barão?
– Assim mesmo. Humm, fartas, bonitas, ainda firmes... Uns mamilos pequenos para o meu gosto, mas para uma gaja da tua idade, estás muito bem. Boas mamas para uma espanholada. Gostas de espanholada, não gostas? É aqui para o questionário.
– Não sei o que é.
– Não? Pena... Depois vemos isso. Agora vamos só apertar o mamilinho, para medir a tua resistência à dor. Assim está bem? Dói muito?
– Ai, dói muito, Barão!
– Muito, muito?
– Muito! Mas não demais...
– Estou a ver. Gostas que te espremam as tetas, não é? Para tirar o leite... Gostas de leite?
– Leite?
– De homem. Nunca provaste? Não chupas o nabo do teu marido?
– Às vezes.
– E ele não se vem na tua boca?
– Não.
– Nem nunca se esporrou na tua cara?
– Nunca.
– E gostavas? Quer dizer, gostavas que um homem se esporrasse na tua cara? Que te enchesse as fuças de nhanha?
– Não sei... Sim.
– Então diz.
– Gostava que um homem se esporrasse na minha cara!
– O teu marido?
– Não!
– Um homem qualquer?
– Sim... Ou o Barão.
– Não perdes por esperar, querida. Lá chegaremos! Vou-te despejar tanta meita nessa cara que vais pingar dos olhos, do nariz, dos cabelos! Consegues imaginar?
– Sim, Barão...
– E a imagem dá-te tesão?
– Sim...
– Muita?
– Sim...
– Diz.
– Tenho muita tesão.
– Mais alto!
– Tenho muita tesão! Estou cheia de tesão!!
– Estás a escorrer lá em baixo?
– Sim!
– Estás a escorrer da cona?
– Siiiiimmmm!
– Como te sentes?
– Suja...
– Sujas? Sentes a cona suja?
– Sim!
– Ok, então diz...
– Estou a escorrer toda da minha cona suja!
– Muito bem. Estás a aprender. Mas quero ver se estás a dizer a verdade. Vamos lá tirar a cuequinha e inspecionar isso.
– Oh!
– Humm, não estavas a mentir. Estás toda melada... Há quanto tempo estás a verter geleias da cona?
– Não sei. Desde o início... Oh, que vergonha, Barão! Sou uma porca!
– És o quê?
– Uma porca!
– Mais alto.
– Sou uma porca!! Sou uma porca suja e tarada! Ai, Barão, apetece-me chorar...
– É bem feita. Senhoras porcas merecem tau-tau. E senhoras sujas que enganam os maridos merecem ser castigadas. Concordas?
– Sim…
– Mais alto. Diz!
– Sim! Mereço ser castigada! Sou uma má esposa!
– Não admira que o teu marido te despreze. Olha para essa pintelheira. É medonha! Pareces um rato pelado! Das duas uma, ou deixas crescer o matagal, ou o melhor é rapar tudo. Isso assim não é carne nem é peixe... Teremos que tratar disso também. Em contrapartida, foda-se, que belo cu!
– Gosta do meu rabo, Barão?
– Gosto do teu cu! E tu, gostas no cu?
– É para o questionário?
– Tudo aqui é para o questionário...
– Não sei.
– Não sabes se gostas no cu?! Não me digas, o teu marido nunca te enfiou o pau nas bordas cagadas? Nunca te enrabou?!
– Não.
– Mas como te podes considerar uma mulher suja se nunca levaste com um barrote nas nalgas?!
– Não sei...
– Não sabes... Bem, fica descansada que não sais daqui sem saber. Cedo ou tarde vou abrir-te esse cu todo, com um pau como nunca vistes! Agora deita-te no sofá e esfrega a cona... Quero ver esse suminho todo a esguichar.
– Sim, Barão.
– Diz-me, o teu marido tem a picha grande? Pela abertura da racha não parece.
– Não sei...
– Como não sabes?
– Nunca vi outra. Não tenho com que comparar.
– Nunca viste fotografias? Não vês porno?
– Já lhe disse que o meu marido não gosta de coisas “esquisitas”. Nunca vi.
– Estou a ver que bela besta é o teu marido. Está visto que não faz ideia de como se deve tratar uma mulher.
Porque é que paraste, eu disse para parares?! Não pares, esfrega bem essa racha porca. Se não sabes se o teu marido tem o pau grande é porque não tem, se tivesse sabias. Mas não te preocupes, tenho aqui uma coisa guardada para ti. Um caralho comprido como um braço e grosso como um punho! Todo para te encher essa cona e esse cu!
– Oh!
– Quando to enfiar pelos buracos nem vais saber de que terra és...
– Oh!
– Isso, geme, querida, geme! Diz-me, quantas punhetas bates por dia? Da maneira que o teu marido te ignora, deves andar a subir pelas paredes, não? Bates o quê, quatro, cinco punhetas por dia? Ou chegas à meia-dúzia?
– Desculpe, punhetas?!
– Sim, não masturbas essa rata?
– Não.
– Nunca?
– Nunca.
– Pois, então, não admira que estejas tão molhada agora, se passas a vida seca... Anda cá, eu ajudo-te!
– Oh, Barão!!
– Pshiu, caluda! Não admira que andes triste. Não há nada como chafurdar nas bordas para levantar o ânimo... Não há como o cheirinho a bacalhau na snaita para levantar a moral às tropas.
Estás a ver como eu faço? Faz isto três vezes ao dia sem te lavar e vais ver como os homens não te largam. Até se ajoelham a cheirar-te o cu quando passas na rua... Vais ser a gaja mais desejada do bairro! Pode ser que assim o teu marido te dê mais valor, quando vir os lobos todos a andar à volta do curral...
– Aaaaaaiiiii, Barão!!
– Pshiu! Chega, vá, levanta a peida... Querias bater no teu marido? Querias que ele te batesse a ti? Pois então, vais ter o que mereces. Toma!
– Ahhhhhhhhhh! O que é isso, o que é que me está a fazer?!
– Pshiu! É o teu castigo! Toma!!
– Ahhhhhhhhhhhhhhh!!!
– Dói?
– Siiimmm!
– Gostas?
– Simmmm!!
– Muito?
– Ai, adooroo...
– Então, toma mais!
– Ahhhhhhhhhhhhhhh!!!!!
– Só vou parar quando me pedires. Só depois passamos à frente. E temos muito pela nossa frente, não temos? Todo um mundo por descobrir... O que é que dizes? Queres mais?
– Sim!!
– Então diz.
– Quero maaaaaaaaais!
– Então toma!
– Aiiiiiiiiiiiiiiihhhhhhhhhhhhhhh!!!
(continua...)
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com